Os alunos da Secundária de Ermesinde: Uma educação esmerada

Publiquei há uns meses o relato de uma série de agressões a professores na Escola Secundária de Ermesinde. Tudo rigorosamente verdade, transmitido por professores da Escola e com pormenores que por decência me escusei a transcrever.

Um dos alunos  da Secundária de Ermesinde, sem dúvida um modelo de civismo, brindou o Aventar com um comentário de fino recorte literário. Não poderia privar os nossos leitores de um naco de escrita de tanta elevação intelectual por parte de um aluno que assina com o nome de Unnamed.

OH RICARDO TU DEVES DE TER O FEIJÃO ATRACADO NO CU!!!!

ÉS UM GRANDE PANELEIRO TU E OS JORNALISTA DEVIAM DE IR TODOS PARA A PUTA QUE VOS PARIU.

ÉS UM FILHO DA PUTA DE UM AZEITEIRO!!!

E TRATA LÁ DO TEU BLOGUE DE CHACHA QUE EU NÃO PONHO MAIS AQUI OS PÉS JÁ BOI DO CARALHO.

Este aluno, pelo que sei, deve estar no 11.º Ano. Mais uns anitos e, vão ver, vai ser doutor.

P. S. – Tenho pena que o cobardolas não seja meu aluno. É que, se fosse, teria todo o prazer em ensinar-lhe uma série de regras básicas de civismo e de boa educação. Entre outras coisas, ensinar-lhe-ia que devemos assumir o que escrevemos, ou seja, assinar em nome próprio quando estamos a insultar alguém. E depois sofrer as consequências.
Só não poderia dar-lhe umas palmadas no rabo. É que o menino era capaz de ficar traumatizado.

Agressões a professores na Secundária de Ermesinde

A Secundária de Ermesinde é uma escola com cerca de 5 mil alunos e com os problemas inerentes a uma população das áreas sub-urbanas da cidade do Porto.
Não é, no entanto, uma escola de intervenção prioritária, porque não tem aqueles casos dramáticos que estamos habituados a conhecer nas escolas situadas em zonas mais degradadas, junto de bairros sociais, etc.
Talvez por isso, foi com estranheza que me chegou ao conhecimento de que, só no último dia de aulas do 2.º Período, foram agredidos 3 professores. Nesse mesmo dia, um quarto professor só não foi agredido porque os alunos seguraram o colega em fúria que não concordava com a avaliação
Num dos casos em que a agressão se consumou, o aluno recusou-se a sair da sala depois de actos de indisciplina gravíssimos. Teve de ser a professora a expulsá-lo, porque não havia funcionários no pavilhão. Acabou por sair, não sem antes gozar com ela e pôr-lhe a mão na cara.
A professora fez a respectiva participação e apresentou queixa na Polícia. Até agora, penso que nada foi feito na Escola relativamente a este e aos outros casos.
É uma Escola onde os Encarregados de Educação têm via directa para o Director. É uma Escola onde o Director recebe os alunos que se vão queixar de que os professores são muito rígidos. É, afinal, uma escola com Director. Uma escola que, nos dias que correm, é igual a tantas outras.

* Nota: Após a publicação deste «post», foi com alegria que soube que a Escola Secundária de Ermesinde está realmente a tomar medidas contra o marginal em causa.