Uma bem conhecida lição


Com a crise do Egipto aprendemos uma coisa: nos americanos não se pode confiar.

A teimosia de Mubarak e a obstinação do Povo Egípcio

Praça Tahrir - CairoOntem, em diversas cidades egípcias,  havia imensa esperança na retirada de Mubarak. No santuário da revolta, a Praça Tahrir no Cairo, a expectativa do povo estava ao rubro. Quem pôde e quis, à volta do globo, testemunhou. A complementar as imagens,  notícias de diversas fontes, da BBC à Reuters, indiciavam que Mubarak estava prestes a demitir-se.

Cerca de 22:00 horas no Cairo, finalmente, via TV, o ditador surgiu a discursar às massas. Ao ruir das expectativas, eclodiu a imensa frustração dos cidadãos na Praça Tahrir; e certamente em muitas outras praças, ruas e ruelas do Cairo, de Alexandria, do Suez e de, sabe-se lá, quantas mais localidades e povoações do país. Mubarak confirmou-se disposto ao sacrifício de prolongar os 30 longos anos de presidente, até Setembro próximo. Prometeu  alterações da lei constitucional e respeitar, agora sim, um povo,  que ele próprio desprezou ao longo de três décadas. A Omar Souleiman, o vice-presidente e homem de confiança dos EUA, delegará poderes no sentido da democratização do Egipto. [Read more…]