Economia e religião nas culturas letradas: o pecado como conceito da reprodução social

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1. O Problema

         Todos os povos idealizam as formas segundo as quais os bens serão produzidos, distribuídos e consumidos. Se esta actividade está ou não dividida em estruturas e instâncias, e qual delas assume precedência por sobre as restantes, é um problema do investigador, cuja técnica de conhecimento contém os limites do seu saber. Pode-se dizer que, para as pessoas que trabalham, o conhecimento daquilo que fazem, como, quando, quanto e com quem passa por avaliações e decisões que dependem também do seu próprio entendimento do mundo. Assim sendo, penso que existe apenas uma forma de abordar este processo, definindo os conceitos que usamos para escutá-lo: se é certo que todos os povos produzem, não é menos certo que todos sabem como o fazer. É neste conjunto que temos de introduzir a dimensão temporal para entender como se combinam as ideias e as actividades. Ao longo do tempo, o conceito de economia tem variado desde o conjunto doméstico que trabalha, dividindo as actividades segundo as formas de classificar pessoas dos gregos clássicos, até à teoria independente que se pronuncia sobre as qualidades das coisas, teorizando e estudando a sua acumulação, cujo controlo passa a classificar as pessoas. [Read more…]

A crise em "letras"

Com 2,5 milhões de euros (uma pechinca comparando com as astronómicas verbas que já se falaram nesta crise) é já possível criar um simulador de crises. Óptimo! Isto quer dizer que não haverá mais crises. Tecnicamente, e prevendo o modo como os mercados vão evoluir, as crises podem ser debeladas mesmo antes de acontecerem, acabando assim com estes “incómodos” para os mercados financeiros.

Portanto, vou aproveitar esta “última” oportunidade para opinar sobre a crise, que muitos dizem até já acabou… [Read more…]