O exemplo de Ernesto Melo Antunes

Fundação Calouste Gulbenkian (sala 2), 27 e 28 de Novembro de 2009

 

Militar, Pensador e Estadista, Melo Antunes (1933 – 1999) foi sobretudo um cidadão comprometido que deixou a sua marca e testemunho em diferentes momentos do século XX português. Primeiro, em plena ditadura, ao tentar apresentar-se como candidato oposicionista (na lista CDE) às eleições legislativas de 1969.

 

Foi um dos primeiros a aderir ao Movimento dos Capitães e a participar activamente no movimento que levou ao derrube do regime. É incumbido de redigir o Programa das Forças Armadas, por ser um dos mais politizados elementos do movimento.

 

Membro da Comissão Coordenadora do Programa do MFA e Conselheiro de Estado, assume sucessivamente responsabilidades governativas.

 

Homem de cultura e de forte consciência cívica, Ernesto Melo Antunes é uma figura central da História Contemporânea Portuguesa que curiosa e inexplicavelmente, continua a ser um desconhecido para a maioria dos Portugueses

 

Podem encontrar o Programa em www.ernestomeloantunes.com.pt

Nos 10 anos da morte de Melo Antunes

TEXTO DE VASCO LOURENÇO

 

Foi já há dez anos que o Ernesto Melo Antunes nos deixou.

 

Um grupo de amigos decidiu organizar-lhe uma homenagem, a que a Associação 25 de Abril aderiu, constituindo-se parte integrante na comissão organizadora da mesma.

 

Pretende-se evocar o seu exemplo de Liberdade e Consciência Cívica e, para isso, organizar-se-ão alguns eventos de que futuramente vos daremos informação.

 

Podemos adiantar, desde já, que a 27 e 28 de Novembro de 2009 se realizará um fórum nas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian. Igualmente está em preparação uma biografia, da responsabilidade da historiadora Maria Inácia Rezola.

 

Foi, entretanto, produzido um programa pelo jornalista Mário Figueiredo para a RTP Memória, com uma entrevista a Joana Melo Antunes, Manuela Cruzeiro e Vasco Lourenço, que será transmitida nos próximos dias 23 e 24 de Outubro, respectivamente às 22h30 e às 08h30.

 

Sugerimos que não percam essa emissão, pois nela serão passadas duas significativas intervenções de Melo Antunes, nomeadamente a que o marcou para o resto da vida, quando em 25 de Novembro de 1975 defendeu que o PCP não podia ser excluído da construção da democracia em Portugal.