Há tantas razões para gostar de Espanha

Hoje pode ser porque o Júri do Prémio Príncipe de Astúrias decidiu premiar Philip Roth. Diz o Júri sobre o romancista norte-americano:  “Personagens, factos e argumentos compõem uma complexa visão da realidade contemporânea que se debate entre a razão e os sentimentos, como o signo dos tempos e o desassossego do presente. Possui uma qualidade literária que se reflecte numa escrita fluida e incisiva”.

Depois do clamoroso erro de casting da Academia sueca, que, trocou o Nobel da Literatura que cabia a Roth por um da Paz para um seu conterrâneo, a Fundação Príncipe das Astúrias escolhe uma vez mais um premiado maior do que o prémio  e faz alguma justiça a este romancista.

Se ainda não leram, aproveitem o pretexto. Humor feroz, inquietação, sexo, cinismo e lucidez, e momentos líricos arrancados literalmente da merda, como na magnífica passagem do seu tributo à memória do pai, Património, na tradução de Fernanda Pinto Rodrigues: [Read more…]

Place your bets

Entramos na emocionante recta final e Oz está na dianteira, com as apostas a 4/1. Na sua peugada está a argelina Assia Djebar, logo seguida da americana Joyce Carol Oates. Mas os fãs do velho Philip ainda não perderam a esperança de no dia 8 poderem dizer:  “Vá lá, desta vez os suecos esqueceram-se do politicamente correcto e escolheram um judeu americano e misógino, que sabe escrever”. As apostas estão a 7/1 mas acreditamos que o velho Philip ainda aguenta o estirão final. Mr. Roth