As ditaduras e a instrução

claustro mosteiro trapenses

 Para a Sra. Dra. D. Dulce de Freitas.

Este espaço de debate, tem sido usado para esclarecer os conceitos de educação e de instrução. Tema recorrente neste espaço, mas ainda não esclarecidos. Pelo que novamente os trago para debate, à luz das minas conversas com uma amiga, que eu denominava Titucha e que muito me esclareceu. 

1. Os eruditos.

A ditadura não é virtual, é a materialidade da acumulação do poder nas mãos de apenas uma pessoa que governa. A ditadura não é virtual, assume todos os poderes para mandar como entende. Para agarrar qualquer um que pense de forma diferente. Qualquer um que deseje a divisão do comando do poder.

A ditadura apoia-se, normalmente, nas armas e na proibição de pensar de todos os seres que queiram ser diferentes. Principalmente, na proibição de pensar. Os perigos para uma ditadura não são os opositores políticos: esses são assassinados. Os seus perigos são os intelectuais das ciências definidas, normalmente, como sociais.

De entre eles, qualquer um capaz de pensar de forma diferente e organizar forças para se opor ao ditador. Ditador nunca eleito pelo voto, sempre apoiado pelos interesses de proprietários de bens de produção, a sua gestão e a sua autoridade sobre a força de trabalho, gestores que os possuem e os querem libertar. O objectivo do ditador é lucrar, ganhar, triplicar o poder sobre os bens e as pessoas.

A ditadura é a cobiça dos proprietários que apertam os laços sociais, da memória e do pensamento, para lucrar sem pagar e aumentar a mais o valor já incrementado na democracia formal gerida entre proprietários de bens e proprietários de força de trabalho. Tal e qual Tomás de Aquino define, tal e qual Ludwig Feurebach, professor de Karl Marx, apela para a greve, como Aristóteles tinha já definido, como Durkheim fala mais tarde, como Wagner escreve nas suas quatro óperas, escritas entre 1848 e 1874: O Anel dos Nibelungos, como Max Weber analisa na sua obra a tirania religiosa para os diferentes grupos de fé espalhados pelo mundo no seu texto publicado em alemão em 1920 y em castelhano em 1984, a primeira edição dos seus textos escritos entre 1898 e 1905, reunidos num texto denominado Ensaios sobre sociologia da religião, que como começa com o seu afamado A ética protestante e o espírito do Capitalismo, e continua com os textos Las sectas protestantes y el espíritu del o capitalismo, publicado em 1915, assim como La ética económica de las religiones universales. Ensaios de Sociologia comparada de la religión, de 1920 Textos todos reunidos em edição Castelhana da Editorial Taurus de Madris, a partir de vários ensaios, publicados como Gesammelte Aufätze zur Religionssozociologie. [Read more…]