Any Rand é a musa da extrema-direita contemporânea. Com o seu tradicional horror às artes e cultura até uma escritora de 5ª categoria serve, o que se exigem é que seja clara nos objectivos, armada em filósofa e com uma brilhante biografia.
A essência da coisa é a do costume: a afirmação do individual contra o social, algo que já tinha sido a luta de Adolfo Hitler, mas esse queimou-se. É ouvi-la:
E está certo, assumem-se ao que vêm: passar por cima de tudo e de todos para alcançar o sucessom capitalismo em estado selvaticamente puro, portanto, outra coisa não se espera de alimárias.
Que um apanhado pelo clima venha aqui vender tal peixe não me espanta: é a sua natureza, o Mein Kampf vem já a seguir.
Tarada, pedrada, atormentada. Freak. Mas nada de confusões: esta “frente” nada tem a ver com o “Mein Kampf”. É coisa nova, feita de vícios antigos… É gélida e perigosa. Não tem fé nem escrúpulos… E tende a reinar no “mundo moderno”…
A democracia é um “sistema político que iguala desiguais”, diz um.
A democracia é um “sistema político em que todos são escravizados por todos” diz uma.
Quem afirma isto, o que têm em comum? São pessoas da CORTE dos privilegiados, ou ao serviço da mesma. São os seus arautos corneteiros.
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“América para os americanos” . Esta foi uma célebre cornetada do sr James Monroe. Mas o senhor presidente, para quais americanos ele corneteava, para os índios pele vermelha, que já lá estavam quando os ingleses chegaram? “Não, os índios não são nossos iguais, não falam a nossa língua, não têm uma elite, uma classe superior, há um chefe e mais nada, não tem a nossa cultura, logo são selvagens. Nós falamos é para os europeus que gostavam de fazer a nós, o que nós fazemos aos índios!”
Ayn Rand deve ter um guia de conduta social, porquê? Não quis viver numa ilha deserta, aquilo não deve dar para uma individualista, também não deu para Zaratustra, e este era um super homem.
Procurei o guia encontrei muitas citações, mas ainda não consegui encontrar esta:” não faças aos outros, o que queres que façam a ti”. Mas isto é tão lógico, que lhe devia estar implícito, logo não aparece, não foi publicado, … penso eu de que.
Ilha deserta quer dizer, exactamente, ilha sem ninguém ou cheia de individualistas, tipo Ayn Rand.
Hitler? Neo-nazismo? Nunca senti curiosidade em ler o Mein Kampf, mas a crença na afirmação do individuo é algo incompatível com uniformes, marchas militares, guerras, não lhe parece?
Se quiser que recomende algo a seguir, pegando nas suas últimas palvras, experimente “The Road to Serfdom”.
Sei que conhece, mas para alguns visitantes que não tiveram o privilégio, deixo um vídeo, já que ao contrário do que afirma a meu respeito, a coisa vai mais por aqui:
Enfim, negam sempre o avô. É feio, e não é digno de um bom netinho.
Sim, na essência “filosófica” é uma mera evolução na continuidade: o mesmo ódio aos fracos, o mesmo triunfo do fortes, o mesmo mal.
Não me venhas com tretas sobre liberdade, mera nuvem de fumo para tentar esconder o óbvio: à primeira hipótese virá a ditadura do costume, para os falhados, é claro, os triunfadores terão toda a liberdade. E nesse aspecto esta mentecapta disfarça muito mal o ódio que lhe vai na alma.
Até porque em democracia nenhum destes conceitos, político ou económico, sobrevive.
Sobre as ideias formatadas* da SrªRand releva o documentário “All watched over by machines of Loving Grace” Adam Curtis, BBC, 2011, que lhe recomendo sem reservas.
Vá ler um livro dela e pare de ser massa de manobra da esquerda. Peguei A nascente e a virtude do egoísmo para ler ,depois de ver em um blog esquerdista, a chamarem de psicopata. Esperei encontrar um lixo humano em seu texto,e o que li foi um dos livros mais bem escritos,bem construídos e uma filosofia de grandeza do ser humano,sem dúvida uma obra incrível e fora de qualquer coisa que eu já tenha lido em minha vida. Ayn Rand estava à frente do seu tempo. Se você parasse de ser massa de manobra e começasse a pensar por si mesmo,começando por abrir um livro dela e parar de ir pela mente dos outros,veria o quanto é inconsistente comparar sua filosofia com Mein Kampf.
Ó coxinha, bem escrito? filosofia de grandeza?
Isso é muito Olavo, ou maconha marada.