Você é ministro da saúde, fez uma reorganização de serviços, fechou Centros de Saúde e Hospitais e agora descobre que os sítios para onde os deslocou não têm condições? Não há problema. Permita-me que sugira uns contentores. Você é ministra da justiça, reorganizou o mapa judicial, fechou tribunais, deslocou pessoal, fez, numa palavra, uma daquelas “reformas estruturais” e agora não há edifícios para alojar os resultados da sua ousadia reformista? Não há problema. Sugiro uns contentores.
Você é ministro da educação, fechou escolas, reorganizou, empandeirou serviços e agora não tem onde meter alunos, professores, funcionários, recursos? Não há problema. Nada como uns contentores. Você é ministro dos assuntos sociais e não tem estruturas de apoio para disfarçar a miséria que você e os seus colegas andam a espalhar? Não há problema. Sugiro uns contentores.
Você é cidadão, o seu governo esfarrapou-lhe a vida, sente-se roubado, agredido, traído e tem vontade de se atirar a tal governo mas não sabe o que fazer aos patifes que o compõem? Não há problema. Permita-me que sugira uns contentores…
ERRATA:
No parágrafo abaixo, onde se lê “contentores”, dever-se-á ler “celas”. (ou será “jaulas”‘?!)
«Você é cidadão, o seu governo esfarrapou-lhe a vida, sente-se roubado, agredido, traído e tem vontade de se atirar a tal governo mas não sabe o que fazer aos patifes que o compõem? Não há problema. Permita-me que sugira uns contentores…»
Texto sublime.
Faltou somente a referência à música dos Xutos, que o António Almeida fez em comentário. Adivinhem de que tema (muito querido ao Governo) fala a música…
A carga pronta metida nos contentores
Adeus aos meus amores que me vou
P’ra outro mundo
É uma escolha que se faz
O passado foi lá atrás
Num voo nocturno num cargueiro espacial
Não voa nada mal isto onde vou
P’lo espaço fundo
Mudaram todas as cores
Rugem baixinho os motores
E numa força invencível
Deixo a cidade natal
Não voa nada mal
Não voa nada mal
Pela certeza dum bocado de treva
De novo Adão e Eva a renascer
No outro mundo
Voltar a zero num planeta distante
Memória de elefante talvez
O outro mundo
É a escolha que se faz
O passado foi lá atrás
E nasce de novo o dia
Nesta nave de Noé
Um pouco de fé
Sim ! Sinto-me roubado, agredido, traído, e sei o que faria (se pudesse…) aos degenerados que compõem um desgoverno que não é “meu”, porque não contribuí para a perversidade que é a sua existência : Dois ou três (ou mais !) contentores daqueles das demolições, e imediato despejo na mais pútrida e infecta estrumeira…
…E sugeriu muito bem. Mas permita-me juntar à sua sugestão duas outras: umas quantas granadas defensivas atiradas para dentro dos referidos contentores e o posterior afundamento dos mesmos, numa viagem abissal, na Fossa das Marianas. Só para confirmar…