O regresso de Tancos fez mossa. De acordo com uma das sondagens diárias, a da Pitagórica (JN/TSF/TVI), o PS deslizou para os 37,1%, menos 3,5% do que no início da semana. Uma mossa que (ainda) não faz assim tanta mossa, e que mantém os socialistas a 10,7% do PSD, que também termina a semana em queda, ainda que de apenas duas décimas, para os 26,4%. Considerando os 3,6% atribuídos ao CDS, a direita parlamentar vale, neste momento, 30% do hemiciclo. Mas pode valer 33,8%, se lhes juntarmos a IL (2%), o Chega (1,1%) e o Aliança (0,7%).
No ano IV d.G. – depois da Geringonça – a caminho do PREC, do Estado Novo, da Venezuela e das garras do Diabo, a direita não vai além dos 33,8%, a uma semana das Legislativas. Renovou-se (bem) depois da fragmentação, mas andou tempo demais agarrada ao discurso gasto do fim do passismo e deixou-se ficar ainda mais para trás. O país continua com inúmeros problemas nos serviços prestados pelo Estado, os escândalos sucedem-se, e a direita não consegue apresentar uma proposta capaz de mobilizar o eleitorado. Apesar de Tancos. E das golas. E das nomeações de familiares.
Se os números do défice revelados no início da semana foram oportunos, a entrada em cena de um dos maiores escândalos da história do regime democrático não lhe ficou atrás. Os períodos pré-eleitorais são sempre muito férteis em aparições inesperadas, e Tancos teve um impacto decisivo na queda do PS. Ainda assim, não só continua isolado, com larga vantagem sobre o PSD, como tem a possibilidade de necessitar de apenas um parceiro para conseguir um acordo para governar. O BE, com 10,4%, ou a CDU, com 6,4%, são opções. O PAN, apesar dos seus 3,1%, poderá ter também uma palavra a dizer na arquitectura do próximo governo Costa, assim como o Livre (1,3%), na eventualidade de eleger um deputado. Contas feitas, a esquerda parlamentar – excluo destas contas o PAN – valia ontem 53,9% das intenções de voto, 55,2% se lhe juntarmos o Livre.
A uma semana das eleições, a vitória do PS parece certa. E se é verdade que esta semana poderá trazer surpresas, os números de PSD e CDS, com ou sem pequenos partidos, não são nada animadores para o lado direito do espectro. Resta saber que Tancos nos reserva esta semana, e se será capaz de atingir António Costa em cheio. A julgar pela forma como tem flutuado sobre os vários casos que se acumularam ao longo destes quatro anos, parece uma missão quase impossível.
A ideia de que o PS irá alcançar uma maioria absoluta é manifestamente exagerada. Com ou sem Tancos, com ou sem números do déficit no limiar do zero, com ou sem diminuição do desemprego para números históricos, com ou sem uma CS a trabalhar para os donos disto tudo de forma meticulosa, agendando notícias e escândalos a conta gotas, o PS só por milagre, ou pior ainda, por manifesta estupidez de um povo, lá chegaria à maioria absoluta. Se há uma coisa que as maiorias absolutas nos revelaram ao longo destes 45 anos de democracia, foi a de que a corrupção se potenciou nesses períodos.
É verdade que numa primeira fase, a direita desorientada e sem uma agenda credível, tentou que o PS alcançasse uma maioria absoluta, na vã tentativa de os verem estatelar-se mais à frente, como tem sido o seu registo político dos últimos quarenta anos. A CS foi traçando um cenário vitorioso ao PS, tentando diminuir Rui Rio, uma espécie de direita mole. Apercebeu-se tarde e a más horas, que isso seria de todo impossível.
É neste quadro que se apressou a mudar de narrativa, tentando agora a todo o custo, não uma vitória de Rio, mas uma vitória minúscula de Costa, e uma derrota honrosa para Rio, que permita de uma vez por todas o regresso ao Bloco Central. “Do mal o menos!”
Só que uma vitória minúscula do PS, jamais dará um Bloco Central sem um PS refém das exigências do PSD, a não ser que os socialistas se queiram suicidar. Uma diferença no score eleitoral entre PS e PSD inferior a 8%, estando ambos coligados, será a curto prazo a vitória do PSD nas legislativas.
Por mim, só tenho pena de que os votos nas eleições legislativas não sejam como as dos clubes de futebol.
Com a minha idade votaria para aí umas 20 vezes no PS porque me restituiu os roubos do governo anterior e me deixou viver com tranquilidade nestes últimos 4 anos.
Escândalos? Foi o governo que assaltou Tancos? Que incendiou o centro do país em 2017 (no país mais poderoso do mundo (USA) ardeu este ano uma cidade inteira (Paradise)? Nomeou mais familiares do que Cavaco que só em mulheres de ministros foram para aí 17 (imagine-se se tivessem contado os primos e primas e afilhados)?
As golas, que não eram para combater os fogos, batizadas de inflamáveis, em que outro país do mundo seriam um escândalo?
Portugueses, leiam o livro do “Vitor Gaspar” do Rio e vejam o que a criatura propõe para o país: impostos para todos menos para as empresas.
https://expresso.pt/politica/2019-04-03-Rio-elogia-colaborador-que-quer-familias-pobres-a-pagar-IRS-mas-nao-diz-se-concorda
https://www.dinheirovivo.pt/economia/conselheiro-de-rio-quer-reduzir-frota-do-estado-e-usar-a-uber/
Com toda a propagando na “comunicação social”, feita aos partidos do sistema capitalista, e responsáveis do que se passa em Portugal, principalmente contra os trabalhadores Portugueses. Fizeram de tudo para furarem às greve e criaram um sistema de terrorista contra os trabalhadores que se manifestavam, e fizeram greve, e não só. Espero, que nunca se esqueçam!
E os principais responsáveis foi o governo de direita do PS de Costa, com o total apoio das suas muletas (PCP/VERDES e BE), Marcelo, e as centrais sindicais. E o PSD e CDS a baterem palmas!
Já agora:
Uma frase muito conhecida, que a “comunicação social”, fez o “favor” de a publicar do Jurista Arnaldo Matos; “isto e tudo um putedo”, e pelos vistos, ele tinha razão!
Um candidato pelo círculo eleitoral de Lisboa
Deram prioridade a recuperar as armas… e preparavam-se para deixar a PJMilitar a arder sozinha!
Muito PS, que sempre procura uns palhaços para dar à queima e manter a matilha a navegar.
Bem fez o Ministério Público.