Entre *caceiteiro e qu’azeiteiro

há um contraste de vozeamento. Direis que *caceiteiro não existe. Existe, sim, garanto-vos. Esteve aqui. Hoje. No Aventar. E é palavra candidata a Palavra do Ano 2023. E só tenho direito a um terço do prémio.

Comments

  1. POIS! says:

    “Caceiteiro” não existe?

    Eu sempre pensei que sim, e designava um tipo qu’aceitava a linguagem do cacete. Tipo o “Malhão do Norte”, embora este empregue “malhar” em vez de “cacetar”. Deve ser para despistar.

    E, na versão sadomasoquista, significa o qu’aceita mesmo levar c’o cacete.

    Ou então será mesmo um regionalismo: um ceceteiro com pronúncia da Beira Interior, ou das ilhas, ou coisa assim. Já ouvi, por exemplo, pronunciar “cabreito”, ou “peito”(1).

    Em conclusão: é muito precipitada, por seja quem for, a negação da existência da palavra.

    Se for candidata a palavra do ano (2) tem o meu voto. Até faço campanha e tudo! Conte comigo!

    (2) Neste caso, não se referindo a nenhuma parte feminina acima da cintura, mas a outra logo mais abaixo…

    (1) Infelizmente, deve haver candidaturas mais fortes: assim como “tanque”, “leopardo” ou “míssil”. Enfim…desde que não seja…”nuclear”…

    • POIS! says:

      Errata: o número das notas está trocado no final. A primeira nota é a (1) (refere-se ao “peito”) e a segunda é a (2) (diz respeito à “palavra do ano”).

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