Cavaco Silva e a rentabilidade “muito discutível”

Cavaco Silva questionou ontem os gastos de milhões em projetos sociais de rentabilidade “muito discutível”. Isto num evento da Santa Casa da Misericórdia. Sem se rir.

Mas não ignoremos o alerta deste ícone maior da velha guarda da porta rotativa. A julgar pela compra e venda de acções da SLN, pela permuta na Herdade da Coelha e pelo financiamento que as suas campanhas receberam de sacos criativos do BES, Cavaco é, efectivamente, uma autoridade no que toca a projectos de rentabilidade “muito discutível”.

Sofia Vala Rocha: diz que é uma espécie de sketch dos Gato Fedorento

Segundo Sofia Vala Rocha, política de carreira do PSD, com múltiplos cargos ocupados na CM de Lisboa, que vão da assessoria à vereação, o problema da habitação, em Portugal, decorre sobretudo de uma narrativa criada propositadamente para o efeito. E acrescenta que, comprar uma casa na Avenida da Liberdade custará milhões, mas que, em Carnide, assegura, é possível comprar uma “excelente casa” por 150 mil euros.

A vergonha alheia evidente nos olhos e nas expressões dos seus companheiros de partido, a começar por Luís Montenegro, diz tudo sobre o delírio ideológico de Sofia Vala Rocha. Podia ser um sketch dos Gato Fedorento. Só que não. É o PSD em 2023.

FAKE NEWS vindas de Portugal

Supostamente, o pequeno país situado no extremo oeste da Europa é governado há sete anos por um Partido Socialista.

Após analisarmos alguns dados estatísticos do dito país, bem como extensa documentação de políticas e declarações dos seus governantes, estamos em posição de garantir que o nome auto-atribuído pelo partido no governo não passa de FAKE. Conforme se constatou, o conteúdo dos cérebros de todos os elementos do governo e dos seus programas são inteiramente neoliberais e têm conduzido a uma espargata tão aberta entre pobres e ricos que ameaça esgaçar irremediavelmente o tecido social. Disso é também indicador o crescimento acelerado da extrema-direita.

Ao nível da comunicação social, é surpreendente a proliferação de comentários pró-neoliberais que requerem uma aplicação ainda mais rigorosa desta ideologia. Obrigados a sobreviver nesta pretensa “normalidade”, os portugueses apresentam já fortes indícios de, em massa, padecerem de esquizofrenia.

O poder de persuasão no discurso político

Lição n.º 1: Concentrar elementos do mesmo campo semântico. Exemplo: “Erguemos os alicerces necessários para podermos afirmar hoje, com confiança, que não começámos pelo telhado. A Habitação foi sempre uma prioridade para nós“.