Na Sexta-feira, dia em que o banco faliu, a agência de notação financeira Moody’s ainda atribuía rating A ao Silicon Valley Bank.
Sim, o banco dos unicórnios, que faliu na semana passada e levou consigo o Signature Bank, conhecido pela ligação ao metaverso das criptomoedas. Outra bomba-relógio que ainda nos vai dar muitas dores de cabeça.
Ninguém sabe bem como isto acaba. Há quem garanta que não estamos perante um novo Lehman Brothers, quem fale em risco sistémico, quem tenha teorias para todos os gostos. Uma coisa é certa: boa coisa não virá dali.
Custa-me estar sempre a bater no ceguinho (ainda se pode dizer “bater no ceguinho”, certo?), mas venho sempre ter aqui: o capitalismo e as suas instituições estão descontroladas, a soldo de interesses sinistros. E devem ser profunda e urgentemente reformadas, sob pena de colapsarem e nos levarem com elas.
E os Estados, cujas dúvidas flutuam ao sabor das notas atribuídas por agências sem credibilidade como a Moody’s, devem libertar-se deste ciclo viciado e corrupto.
Quem não quer perceber tem uma forte probabilidade de ser bem sucedido.
Pois ora bem!
Brindemos ao grande sucesso de Vosselência!
Claro que tem risco sistémico, foi o que o Fed garantiu para salvar todos os depósitos, e quem é que tem autoridade para discordar da sua competência para fazer o que nos garantiam que era impossível? Ninguém, é a tal de independência técnica que nada tem de política para decidir quem ajuda e quem não ajuda, por muito que insistam que não é possível nem há dinheiro. Afinal, olha, cria-se do nada!, e a inflação continuará também o seu caminho impossível de diminuir.
E não é também que os maluquinhos perigosos da heterodoxia que nada percebem de economia continuam a acertar na descrição e previsão da realidade, ao contrários dos neoliberais credíveis da praça? Só pode ser sorte, claro, o melhor é ignorar a excelente peça do excelente Tankus sobre o impossível.
https://www.crisesnotes.com/every-complex-banking-issue-all-at-once-the-failure-of-silicon-valley-bank-in-one-brief-summary-and-five-quick-implications/
Podia-se falar do Credit Suisse, esse banco em dificuldades completamente surpreendentes a quem vê no que se mete, mas, olha, não é que há sempre forma de resolver?
Podíamos limitar a eficiência de os deixar fazer merda da grossa, mas não era a mesma coisa, nem garantia os mesmos empregos.
O banco queridinho da elite wook do vale do silicio rebentou como uma castanha Poommm!
A pérola ESG , sempre a investir em “sustentabilidade” não se susteve !
Mas é só esperar um pouco mais, pois quando os negócios são conduzidos com critérios que não sejam a racionalidade económica , a coisa corre mal.
Toda a economia zombie ESG seguirá o mesmo caminho.
E claro o que é que o “comuna” típico pensa: é o Capitalismo. Enfim se fossem inteligentes não eram comunas.
Joana Quelhas
Rebentou? Mas, mas… os financiadores da política perderam algum e ainda ninguém noticiou?
O que vale é que o Credit Suisse ou o Wirecard era o pico da racionalidade económica em fazerem negócios estranhos.
Pois é, ó Qwuwelllhhhass! (1)
A teoria liberalesca tem um azar do caraças!
Vai tudo bem, funciona tudo na perfeição, a mãozinha invisível cumpre o seu papel aliviador dos mercadeiros, e eis que senão…
Saltam de lá dois bancos da “elite fofinha silicona” e mais um da “elite suíça omolavamaisbranqueadora” e dão cabo de tudo!
O Estado mete-se ao barulho e tal e…temos que esperar pela próxima para continuar a dizer como o Cidade Berço Pinto Liberalesco que “aquilo funciona”.
E claro, o que é que o “liberal” típico pensa? É o Estatismo Socialista. Enfim, se fossem inteligentes não eram liberais.
(1) Continua a seguir-se a máxima do Alencar, aqui sabiamente introduzida por Vosselência, “não se menciona o…Vosselência!”
A ver como as empresas das rondas de investimento se safam agora.
Não contente com o resultado dos outros para a subida das taxas de juro a apanhar a finança na mão, a eurolândia salta para a frente a repetir o erro de 2008, com Frankfurt pronto a +0.5% e Bruxelas a apelar que a austeridade comece já.
Apertem o cinto, que aqui ninguém vai incendiar a rua a cantar o equivalente à marselhesa.