Mais uma machadada em Abril!

Numa entrevista ao JN em 7 de Fevereiro, o Sr. Ministro da Cultura (Ministro sem Ministério, diga-se), aborda as questões do Património Cultural. Cito :

“O património é exatamente aquilo que não é efémero e que garante a nossa identidade. Nós todos vamos passar, mas há uma permanência e uma continuidade, um conjunto de elementos, que são a nossa memória coletiva e que existem além do período em que nós vivemos. Portanto, preservar o património é garantir a memória. E a memória não é apenas um olhar nostálgico sobre aquilo que fomos, é uma forma de nos projetarmos, de olharmos para o futuro. E é por isso que nós precisamos, por um lado, da preservação do património – e isso, aliás, eu tenho dito várias vezes, e a prioridade política em 2023 no Ministério da Cultura é olhar de forma diferente com o investimento político, desde logo, e numa atenção particular àquilo que é o nosso património, os museus, os monumentos nacionais… Mas o património não é apenas um olhar de memória, é a forma como nós dinamicamente olhamos para a sociedade que somos hoje e procuramos projetar o futuro.”

Estas declarações merecem-me um grande LOL!

Para o Sr. Ministro, “olhar de forma diferente” é o que ele está a fazer, que é desmantelar a administração pública da área do Património Cultural, uma conquista do 25 de Abril!

O que é que interessa, por exemplo,  uma Igreja em Freixo-de-Espada-à-Cinta, propriedade do Estado, Monumento Nacional (Grão Vasco, esse mesmo, João de Castilho, o do Mosteiro dos Jerónimos) ?

O que é que interessam outros Monumentos, Igrejas, Castelos, Sítios Arqueológicos do país? Se ainda estivessem no Bairro Alto…….

Comments

  1. Paulo Marques says:

    Interessam se renderem, que não há dinheiro e é preciso racionalidade e poupança. Isto de ser pobre e honrado exige sacrifícios, que diabo!

    • Orlando Sousa says:

      Há dinheiro, há.

      • Paulo Marques says:

        Ao contrário da TAP, não garante turismo de bêbados. Ao contrário de garantias às rendas, não mantém o sistema à tona e as portas giratórias abertas.
        Só há quando for o novo “foco” de Bruxelas, e durará pouco.

    • Anonimo says:

      Residências no palácio de Mafra, já.

      • Paulo Marques says:

        Há que pôr a Pena a render também, só a vista eram 1000€ por noite. Não pode ser só o Panteão.

  2. Anonimo says:

    Mandar abaixo todos os símbolos do imperialismo colonial.

    • Orlando Sousa says:

      O Mosteiro dos Jerónimos?

    • Paulo Marques says:

      Olhe que não, não se paga a conta e aquilo eventualmente cai sozinho como desastre natural.

  3. Amora de Bruegas says:

    Abril, crimes e assassinatos mil!
    De facto, Abril74 tem um património!
    Chama-se guerras civis em Angola…., milhões de morots, corrupção, endividamento, empobrecimento, viver de mão estendida, estagnação económica, pedofilia e desenvolvimento de comportamentos contra-natura! Ou seja, uma grande aberração!

    • POIS! says:

      Ora pois!

      Esqueceu-se Vosselência do “património” de sacristas. padrecos, bispotes, cardialeiros e outros beatolas, uns que abusaram de menores durante anos e outros que foram encobrindo.

      Enquanto Amoras beateiras enchiam sacristias, papavam missas e devoravam hóstias à fartazana sem toparem pêvea.

    • Paulo Marques says:

      Milhões? Biliões, a juntar aos quatriliões de mortos pelo judeo-bolchevismo, que é tão decadente que até resiste dois séculos!

  4. Ana Moreno says:

    Eu diria que este(s) governo(s) estão apostados em destruir o património e a identidade a todo o custo. Desde o acordo ortográfico à venda do território e do património.

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  1. […] documento em causa prende-se com o que já abordei aqui e aqui, e as consequências danosas para o nosso Património […]