Eu quero o meu Porche!!!

Luís Campos e Cunha (ex-Ministro das Finanças de Socrates o Portugues – foto abaixo), acaba de entrar na imortalidade com a afirmação:
“Não sei para que é que querem gastar dinheiro no TGV se podem perfeitamente oferecer um Porsche a cada português gastando menos”.

A Agenda Pessoal de Cavaco

Assistimos hoje em Portugal a uma agenda política bloqueada face aos timings da recandidatura de Cavaco Silva a um segundo mandato.
Continuamos também a assistir a uma forma de fazer política baseada apenas no calculismo frio e na gestão das agendas pessoais onde impera a táctica em detrimento de valores que deveriam ser intrínsecos a todos os que estão na vida pública.
Num país dito “normal” e depois de o Governo ter deixado o País no estado em que todos nós sabemos, só lhe restaria uma opção – o despedimento por justa causa. Depois de suspeitas, de mentiras, de trapalhadas, surgiu a crise e a falta de preparação de José Sócrates em liderar este processo de reacção. Já ninguém acredita que é o actual Primeiro-ministro que vai impulsionar o país. José Sócrates já nem consegue ter forças para moralizar as suas tropas (entenda-se os membros do governo) e muito menos para impor, junto dos seus, medidas de contenção e de rigor.
Mas quem está conivente com esta apatia é Cavaco Silva. O Presidente da República assume a sua cumplicidade com este clima de podridão, pois não toma as medidas certas que este tempo exige. Neste contexto, não se pode deixar em claro que o Presidente da República fez declarações ao país sobre o estatuo dos Açores, sobre um problema informático no seu computador (escutas de Belém) e recentemente sobre o casamento gay. Cavaco Silva recusa-se a comprometer o seu estado de glória eleitoral, apenas por ambições pessoais. O país precisa de mais do que intenções. O país exige que o Presidente da República tome medidas duras para dar sinais, internos e externos. O país exige sinais para poderemos sair deste estado calamitoso em que nos encontramos. O país exige que José Sócrates seja rapidamente substituído.
Face a esta realidade o maior partido da oposição está uma vez mais refém da agenda de Cavaco. Pedro Passos Coelho tem que jogar sempre à defesa, pois sabe que tão cedo não vai ter eleições e que tem que se resguardar. O líder do PSD sabe que não vai ser Primeiro-ministro já amanhã e que provavelmente o caminho vai demorar mais tempo que o desejo de muitos. O seu capital de esperança e de credibilidade que conseguiu granjear pode inclusive desvanecer ao longo do tempo… E sendo assim só resta esperar… Esperar uma vez mais por Cavaco!
Os interesses nacionais deveriam estar sempre à frente dos interesses particulares alicerçados na vontade de uma reeleição. Portugal merecia melhor.

Sócrates e a Podridão

O nosso pais está podre.
No final da campanha para as legislativas só podemos concluir que o “crime compensa”.
Vejamos:
José Sócrates conseguiu aniquilar totalmente os focos de contestação que existiam e que poderiam contribuir para a sua derrota. Conseguiu acabar com o Jornal Nacional da TVI. Conseguiu rebentar com a credibilidade de um jornal de referencia (Público) e provocar, a mais que previsível, saída do seu Director (José Manuel Fernandes). Conseguiu inverter o caso das escutas, colocando toda a carga negativa em Cavaco Silva (tido por Sócrates como um rosto da sua oposição). Tudo isto em plena campanha eleitoral! Mais, conseguiu a extraordinária faceta de reverter tudo a seu favor. Conseguiu mesmo fazer-se de vitima e manipular tudo e todos para que se crie a ideia da cabala contra si… “Freeport nunca existiu”, “O seu braço direito e esquerdo, Pedro Silva Pereira, nunca foi constituído arguido no caso Freeport”, “A Universidade Independente foi especulação jornalística”, “Os projectos assinados por outro foi invenção dos jornais”, “A falsificação da ficha interna de deputado nunca existiu”.
Sócrates conseguiu mesmo vestir a pele de cordeiro e “fingir” que nada teve a ver com isto. Conseguiu mesmo criar a ideia que o PSD esteve por de trás desta manigância…
O pais está podre e Sócrates é o seu principal responsável. O país tem medo e Sócrates foi quem mais contribui para este estado de coisas. Os jornalistas já não defendem a sua classe e os seus pares e foi Sócrates que os dividiu.
O PSD veio defender a liberdade, a democracia e a tolerância e ninguém lhes passou cartão. Isto apenas acontece porque o país está podre tal e qual como a nossa democracia. E o principal responsável é o PS!
Eu, como cidadão que quero continuar a ser livre, digo NÃO! Não ao absolutismo, não à ignorância, não à asfixia, não ao controlo totalitário da comunicação social, não à perseguição, não à podridão!
Por tudo isto, EU VOU VOTAR! Por tudo isto, e apesar de não simpatizar com Ferreira Leite, eu vou votar PSD. O voto útil contra a podridão é no PSD.

EDUARDO PRADO COELHO – IN PÚBLICO

PRECISA-SE DE MATÉRIA PRIMA PARA CONSTRUIR UM PAÍS
Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007), teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos.
Façam uma leitura atenta.
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos… e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é ‘muito chato ter que ler’) e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser ‘compradas’, sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como ‘matéria prima’ de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa ‘CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA’ congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates,
é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte…
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada…
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa ‘outra coisa’ não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados… igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começaa ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda…
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro… Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?… MEDITE !
Ed Prado Coelho

Será que a RTP Porto está mesmo ao Serviço de Elisa Ferreira?

Tenho estado atento, em particular nos últimos dias, à comunicação da RTP Porto, mais propriamente aos serviços noticiosos.
Não vou aqui e agora reflectir sobre o seu serviço público (discussão sem dúvida muito importante), mas sim sobre a parcialidade que nos últimos tempos a RTP Porto tem demonstrado.
E para sermos objectivos e pragmáticos, vamos a factos das últimas semanas:
1. Inauguração da Feira do Livro. Regresso à Avenida dos Aliados. SIC e TVI estiveram presentes. A RTP faltou;
2. Apresentação do novo projecto de reformulação do Palácio de Cristal (Pavilhão Rosa Mota). SIC e TVI estiveram presentes. A RTP faltou;
3. Sessão formal de inauguração do Sea Life, Grupo Merlin (segundo maior grupo mundial na área do entretenimento, logo a seguir à Disney). SIC e TVI estiveram presentes. A RTP faltou.
Obviamente que não existem coincidências. Ainda para mais quando é a RTP a estação televisiva que de longe tem mais meios técnicos e humanos para poder fazer cobertura televisiva na Cidade do Porto. A SIC e a TVI com recursos escassos conseguem fazer reportagem, mas a RTP falta sistematicamente.
É pena que assim seja. A RTP Porto é sem dúvida um dos poucos meios que ainda sobrevivem ao centralismo estúpido e burocrático instituído pelos sucessivos governos. Mas, com muita pena minha, hoje está a prestar um serviço parcial e autoritário ao serviço de uma candidatura partidária. Nunca, como hoje, se viu a RTP Porto ao serviço de um interesse partidário. Os bons jornalistas que existem na RTP não merecem isto. O cúmulo desta partidarite está mais uma vez bem patente na escolha de Elisa Ferreira para comentar a relevância de Carlos Candal na democracia portuguesa. Carlos Candal não merecia isto (pessoa que aprendi a admirar pela sua frontalidade e força das suas convicções). O trágico desaparecimento de Carlos Candal, fundador do Partido Socialista e um dos rostos da história do Partido, é comentado por Elisa Ferreira, uma independente, sem ligação nenhuma ao Partido (como ela sempre está a dizer). Já não há vergonha. Uma instrumentalização da RTP Porto como nunca se viu.
Este trabalho, pouco inteligente diga-se, mas instrumental e ao serviço de Elisa Ferreira (candidata à Câmara Municipal do Porto) tem um rosto. Em breve será denunciado!

O baile de Elisa Ferreira

Elisa Ferreira mais próxima da Europa… apenas!