Podem sêrem… não é linguagem de cá.
— Cândido de Figueiredo
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O infinitivo pessoal é um tema fascinante. Distingue-se do infinitivo impessoal por ser flexionado — chamar-lhe flexionável pareceria, à primeira vista, uma denominação mais correcta, mas levar-nos-ia por caminhos tortuosos. A denominação infinitivo flexionado vinga em palcos que me agradam particularmente e há excelentes artigos que se debruçam sobre o assunto (e.g., Madeira et al., 2010; Fiéis & Madeira, 2014).
Gosto imenso do infinitivo pessoal e daquela tão desconhecida regra que determina a incorrecção do recurso à contracção de preposição com artigo ou pronome, quando estes iniciam uma oração infinitiva.
Lembrei-me disto, ao ler hoje o Diário da República, mais concretamente, quando me estatelei naqueles da e do (contracções de de + a e de + o) em vez de me deleitar com uns de a e de o (formas “descontraídas”):
Ninguém reparou no fato?
Ah!
Já agora, venha o resto. [Read more…]
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