A diminuição do número de feriados

Pedro Passos Coelho tem toda a razão. O número de feriados em Portugal devia diminuir. Como trabalhador, é óbvio que os feriados até são poucos. Mas analisando de forma equidistante o problema, como politólogo (só falta o convite), a verdade é que existem uns quantos feriados a mais que deviam ser simplesmente eliminados:
– Sexta-Feira Santa (feriado móvel, última sexta-feira antes do Dia de Páscoa)
– Corpo de Deus (feriado móvel, quinta-feira da segunda semana após o Pentecostes (60 dias após a Páscoa)
– Assunção de Maria (15 de Agosto, elevação de Maria em corpo e alma à eternidade para junto de Deus)
– Dia de Todos os Santos (1 de Novembro)
– Imaculada Conceição (8 de Dezembro, Padroeira de Portugal)
É que, queiram ou não queiram, Portugal é um Estado laico que deve respeitar de igual modo todas as religiões e não dar privilégios a qualquer uma delas. Não ignoro que a maior parte da população portuguesa se diz católica, mesmo que não saiba distinguir muito bem entre ser católico e ser cristão, mas exactamente por isso é que abro duas excepções, a Páscoa e o Natal, sendo que este, hoje em dia, é mais uma Festa da Família e do Consumo do que uma festa religiosa.
No meio disto tudo, o que me espanta mais é a forma como uma certa Esquerda se sobressalta sempre que este assunto vem à baila. Então não é verdade que Portugal é um país laico, camaradas?

Extra-Post: Não ignoro que Pedro Passos Coelho não tinha em mente exactamente estes feriados quando falou do assunto publicamente…