O meu prezado colega Carlos Garcez Osório aponta uma série de erros ao meu post A promiscuidade e as ligações perigosas de Francisco José Viegas. Elídio Sumavielle, por seu lado, veio ao Aventar dizer de mim o que Maomé não disse do toucinho.
Não tenho muito mais a dizer, a não ser que factos são factos:
. O Ajuste Directo em causa foi entregue no dia 18 de Maio de 2010. O Secretário de Estado da Cultura, nomeado em Outubro do ano anterior, era Elídio Summavielle.
. A Direcção-Geral de Cultura do Norte é um organismo tutelado pela Secretaria de Estado da Cultura e não me parece que possa fazer ajustes directos de quase 30 mil contos sem autorização superior.
. Francisco José Viegas foi o mentor, o coordenador e o apresentador de todo o projecto, sendo que, em nenhum momento, pus em causa a qualidade de documentários que nunca vi e de que nunca tinha ouvido falar.
Por último, se achei curioso ver o Carlos a defender a lisura de processos do Governo anterior, vi com compreensão a forma como Elídio Summavielle se defendeu. O sítio de onde o fez, o belíssimo Palácio Nacional da Ajuda, certamente inspirou-o a produzir aquele belo naco de prosa.
Quanto a Francisco José Viegas, e repetindo algo que já disse ao Carlos Garcez Osório pessoalmente, não reconheço qualquer integridade a alguém que ataca com todas as forças a construção da Barragem do Tua mas que, chegado ao Governo, esquece imediatamente tudo o que defendeu. Não tem qualquer integridade quem é nomeado para defender a Cultura e o Património e, ao invés, defende a EDP e os interesses privados.
No fim disto tudo, a única pergunta que pensei que fariam e que ninguém fez nem o próprio negou: Elídio Summavielle vai mesmo ser o próximo Director-Geral do Património?
Comentários Recentes