Já é preciso ter azar. Foi nomeado Secretário de Estado da Cultura no segundo Governo Sócrates, mas o Governo durou pouco mais de um ano. No Governo seguinte, o Secretário de Estado Francisco José Viegas nomeou-o Director-Geral do Património, mas meia dúzia de meses depois o próprio Francisco José Viegas demitiu-se. Agora que estava tudo encarreirado, como Presidente do Centro Cultural de Belém, acaba de se demitir o Ministro da Cultura, João Soares, que o nomeara há um mês.
Nada que preocupe Elísio Summavielle, claro. A orfandade em política é algo de muito relativo e muito dependente de múltiplos factores aparentemente desligados entre si. Com sorte, arranja por aí mais um ministro com a mesma indumentária.
A verdade é que, depois de mais este post, estou habilitado a levar umas bofetadas do menino da lágrima. Pois bem, que venha ele, mas de preferência sem avental.
Elísio Summavielle, o menino órfão
João Soares, Maçónico e Ministro da Cultura, representa o que de pior tem a política em Portugal
Não vejo em João Soares uma única qualidade, tirando o facto de ser filho de Mário Soares, que justifique o convite para chefiar o ministério de um Governo em Portugal. Mesmo relativamente à ascendência, convenhamos que foi um excesso de linguagem falar de qualidade, como muito bem demonstrou a Clara Ferreira Alves aqui há atrasado.
Nada de novo. Se João Soares ganhou notoriedade no PS, substituiu Jorge Sampaio na Presidência da Câmara de Lisboa e, apesar de uma carreira sofrível marcada pelo fracasso, manteve-se na crista da onda até chegar ao Governo, foi tudo pela mesma razão.
Isso e o facto de pertencer à Maçonaria, claro.
E interessa-me pouco que o putedo socialista do costume venha com as alegações hipócritas da relação entre a vida pública e a esfera privada. Devem achar que arranjar tacho de 70 mil euros na Câmara de Lisboa para um filho sem qualquer experiência profissional faz parte da vida privada da personagem. Ou que andar a brincar aos aventais com aqueles que a seguir se nomeia para cargos públicos pertence à esfera privada. Isto porque hão-de conceder que os favores escandalosos feitos ao Colégio Moderno enquanto Presidente da Câmara de Lisboa nada têm de privado. Ou as movimentações quase clandestinas que fariam corar de vergonha alguém minimamente sério e que levaram à reposição da subvenção vitalícia dos deputados. [Read more…]
Elísio Summavielle nomeado por João Soares para substituir António Lamas no CCB
Há quatro anos, o Aventar confirmava a notícia que tinha dado em primeira mão sobre a nomeação de Elísio Summavielle para Director-Geral do Património. Hoje, Elísio Summavielle volta a ser notícia por outra nomeação, desta vez para o CCB. Há pessoas assim, toda a sua carreira profissional é uma nomeação. Vão fazendo currículo aqui e ali, nomeados de galho em galho, até que chegam à prateleira dourada onde, face ao seu CV feito de artigos publicados no Diário da República, todos dirão que era a escolha óbvia.
Mas é nestas alturas que dá jeito ver o percurso profissional do nomeado, para separar o trigo do joio. Vá, dê lá um salto. O quê, ainda aqui está? Ainda não foi ver o CV de Elísio Summavielle? Tome lá este rebuçado:
Para caracterizar o trabalho de Elísio Summavielle, bastaria pegar num nome: Museu Nacional de Arqueologia. [de: “A incompetência é a imagem de marca de Elísio Summavielle, o novo Director-Geral do Património“]
A incompetência é a imagem de marca de Elísio Summavielle, o novo Director-Geral do Património
Informa o Público que Elísio Summavielle, Secretário de Estado do último Governo Sócrates, será o novo Director-Geral do Património.
Uma notícia que, «por acaso», o Aventar já deu em primeira mão no dia 5 de Janeiro, ou seja, há cerca de mês e meio.
É por isso que esta nomeação não me espanta. O facto de ser incompetente nunca foi obstáculo para que Elísio Summavielle ocupasse os mais altos cargos na área da Cultura. Foi técnico do IPPC, onde não se lhe conhece trabalho. Partiu então para a Câmara Municipal de Lisboa – Lisboa/1994, naquele que terá sido o primeiro cargo que ocupou graças a ligações políticas.
Chegou então rapidamente a Vice da DGEMN, uma prateleira dourada onde se passeou até ir para o Ministério da Cultura. Aqui, foi Assessor da Ministra Isabel Pires de Lima antes de se tornar Presidente do então IPPAR até 2007. Nesse período, desmantelou o que funcionava no Palácio da Ajuda (com a colaboração de Henrique Parente, recentemente reconduzido por Francisco José Viegas) e conduziu uma política errática que incluíu até a perda de fundos comunitários por inércia. [Read more…]
O Ajuste Directo ao Projecto «O Douro nos Caminhos da Literatura»: A resposta de Elísio Summavielle
Foi hoje introduzido no V. blogue, um texto assinado por Ricardo Santos Pinto -“A promiscuidade e as ligações perigosas de Francisco José Viegas“, cujo conteúdo, em que sou particularmente atingido, e ferido na minha honra, está pejado de mentiras caluniosas. Concretamente, nele é referido um projecto, do qual só conheço o resultado final (a produção de 7 DVD relativos à obra de 7 escritores durienses), e com o qual não tive absolutamente nada que ver, quer na ideia, quer na tutela, na responsabilidade executiva, quer a qualquer outro título. São por isso completamente falsos os TODOS dados ali constantes sobre essa matéria, e sinto-me por isso lesado pessoalmente pelo vosso gesto irresponsável. Quero, no entanto, ainda acreditar que V. Exas se fiaram em fontes urdidas de má fé, e por isso aguardo que o referido texto seja rapidamente retirado do V. blogue, com o pedido de desculpas que me é devido. Caso contrário, assistir-me-à o Estado Democrático de Direito, em que teimo acreditar. Como em tudo na vida, há limites, na honra e na integridade dos indivíduos, que não podem ser ultrapassados.
Sem outro assunto, atento,
Elísio Summavielle
A promiscuidade e as ligações perigosas de Francisco José Viegas
O Governo anunciou recentemente a criação de um novo organismo, a Direcção-Geral do Património Cultural. O Aventar sabe de fonte segura que Francisco José Viegas se prepara para nomear Elísio Summavielle como director-geral desse organismo. Elísio Summavielle, relembre-se, foi Secretário de Estado da Cultura no segundo Governo de José Sócrates.
Dando mostras de um súbito sentido democrático, invulgar na política portuguesa, Francisco José Viegas reconduziu também dois elementos que tinham sido nomeados por Elísio Summavielle, Manuel Correia Baptista e Henrique Parente.
Dando mostras de um súbito sentido democrático. Ou se calhar não.
Em 18 de Maio de 2010, o então Secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, entregou por Ajuste Directo o projecto «O Douro nos Caminhos da Literatura», constituído por 7 DVD’s sobre escritores durienses, no valor de 138.600 euros. Pagaram o projecto, entre outros, a Estrutura de Missão do Douro e a Fundação EDP. Tudo gente boa, como se sabe…
E quem foi o feliz contemplado por esse Ajuste Directo e o responsável pela concepção e apresentação dos DVD’s? Acertaram, o actual Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas.
Há coisas fantásticas,não há?
Comentários Recentes