Hillary quê?

A campanha de Bernie Sanders já chegou cá (twitter e facebook em português).

Votar numa lavandaria

Só mesmo nos EUA.

Ontem, em Chicago, os eleitores podiam votar em escolas e igrejas, quartéis de bombeiros e esquadras policiais, centros de dia e blocos residenciais. Mas também numa lavandaria self-service, ” a melhor montra para ver a democracia americana em acção”, lê-se no PÚBLICO de hoje. Explicação para o «fenómeno»: “não só porque aumenta o universo de possibilidades dos eleitores, mas também porque torna o voto mais prático, menos solene, mais próximo do dia-a-dia das pessoas”. Todos os estabelecimentos comerciais podiam receber uma mesa de voto, excepto os locais que vendem bebidas alcoólicas.

É caso para dizer se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé. Não acho muita piada… Há locais próprios para tudo e misturar alhos com bugalhos não me parece ser grande ideia, não obstante ter que admitir que os americanos «mexem-se» e têm ideias loucas que lá terão resultados, pelo menos quantitativamente. «Não deixe de votar, mesmo que não tenha pensado nisso ou refletido muito»,  «É fácil, barato e muito cool».

Imagino a senhora com seus filhos na dita lavandaria: um olho neles, um olho na roupa a girar na máquina e outro no voto, numa pressa, ouvindo ainda o desabafo político tendencioso dos restantes utentes do estabelecimento…

A abstenção em Portugal ficava resolvida se em cada canto e esquina houvesse uma mesa de voto?

Democracia = comodidade = banalidade?

A jornalista K. Gomes afirma algo que me deixa de boca aberta: “Talvez não haja nada mais democrático que votar numa lavandaria”. E esta hein?