Terras de sol e não poder ver de frente o sol…
Terra de homens e não poder ver de frente o homem.
(Seferis)
Ontem, mais de 350 mil membros da Resistência marchámos em Tegucigalpa até ao fim da pista do Aeroporto Toncontín, no sítio onde Isis Obed Murillo, o nosso primeiro mártir, morreu naquele fatídico 5 de Julho de 2009.
Antes da saída do companheiro Manuel Zelaya, a actividade cultural organizada por Artistas em Resistência, fez mais uma demonstração da vitalidade com que assumimos a luta.
O momento da descolagem do avião foi comovedor, um inesquecível marco histórico pelas centenas de reacções que provocou, palavras de ordem, lágrimas, promessas de vencer e de refundar um novo país, no meio da despedida do primeiro presidente desterrado, em pleno século XXI, na América Latina.
E como demonstração, o acto simbólico da passagem da faixa presidencial para três representantes da Resistência: o jovem David Montecinos, Dionisia, a «Avó da Resistência» e Juan Barahona, dirigente da FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular). A ex-ministra do Trabalho, Mayra Mejía, foi a encarregada de lhes entregar a faixa.
Enquanto o Estádio Nacional se enchia de militares, as ruas de Tegucigalpa voltaram a sentir o peso da Resistência Hondurenha, cada vez mais fortalecida e decidida.
O nosso caminho para a Constituinte ganha mais força!
Até à Vitória,
SEMPRE!
( Texto de Fabricio Estrada, fotos de Léster Rodríguez e de Mayra Oyuela)
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