Sempre tive uma boa opinião sobre Maria Flor Pedroso enquanto jornalista da Antena 1.
Mas o poder corrompe. Suspender um programa durante a campanha só porque incomoda o Governo, ou fornecer informação privilegiada a uma entidade sob investigação, é a antítese do jornalismo.
Maria Flor Pedroso fez isso tudo, mesmo que o Conselho de Redacção da RTP diga que não há provas.
Se o fez por ter sido pressionada superiormente, como nos tempos de Manuela Moura Guedes ou de Marcelo Rebelo de Sousa, é grave.
Se o fez de moto próprio, é ainda mais grave. Porque mostra uma ausência total de isenção e de imparcialidade. E um jornalista assim não pode ser levado a sério.
Quando foi receber o candidato do PS à entrada da RTP, de forma subserviente, Maria Flor Pedroso mostrou ao que ia. Depois disto, mais vale aproveitar a onda e ir trabalhar para a “Acção Socialista” ou para o “Povo Livre”.
É que, enquanto jornalista isenta e independente, estamos conversados.
Certo, mas as pressões a que os jornalistas estão sujeitos para ganhar uns cobres, não são coisa pouca. Daí a preocupação permanente e explícita para agradar ao poder, pensando que a escada da ascensão social passa por aí. Claro que quem sofre é o pp jornalismo, cada vez mais uma caixa de ressonância das cliques instaladas. E o leitor? Ora que se lixe….
Maria Flor Pedroso como jornalista, é uma excelente profissional. Como Directora de Informação da RTP, pôs-se a jeito. Não devia, mas fê-lo. Errou de forma infantil. Logo, só tinha que abandonar o cargo.
Em política, pôr- se a jeito, é sinal de: “já foste”! (Isto num país civilizado).
Já Sandra Felgueiras como jornalista, deixa algo a desejar, apesar da pertinência dos temas levantados. Ainda não me esqueci da noite em que aquele criminoso se entregou em directo para a RTP, depois de uma perseguição policial de vários dias, com uma entrevista à digníssima jornalista, ultrapassando todos os códigos deontológicos da profissão. Ora, quem abriu as portas ao sensacionalismo da Senhora, foi a própria RTP, que nessa altura lhe deu protagonismo.
“Ora, quem abriu as portas ao sensacionalismo da Senhora, foi a própria RTP, que nessa altura lhe deu protagonismo.”
Se calhar a pequena quer seguir as pisadas da mãe, ir para a politica. O 1º Min do UK começou assim
Não precisava exagerar com essa do’ir receber à porta’.
Quando não há política a discutir, discutem-se os casosinhos de diz que disse. Entretanto, os Carlos Alexandres deste país vão salivando com a glória que os espera.