A variante mais perigosa de todas

A marca Covid, reconhecida mundialmente como líder mundial da promoção do medo, é uma mina infinita de volumes monstruosos de dinheiro. Como tal, há que não deixar a vaca parada a pastar; urge ordenhá-la com o vigor que os benefícios exigem. Como tal, já foi anunciado um novo modelo de Covid. As autoridades já revelaram que se irá chamar Omicron® e terá todas as funcionalidades da versão anterior – como tosse, garganta dorida e desaparecimento, com o olfacto, de qualquer tipo de razoabilidade e lógica – mas apresenta também algumas actualizações à versão original, que a tornam particularmente notável. Este anúncio surge com um precioso timing, a tempo da campanha pelos boosters obrigatórios para todo o mexilhão. Apesar de ter surgido em África – alguns rumores sussurravam que teria sido no Botswana – a marca aconselha a que a origem não seja classificada como africana, por transparecer preconceito racial. Alguns críticos da especialidade já se desfizeram em elogios – como é o caso de Alexander De Croo, primeiro-ministro belga e consultor financeiro de profissão – que já classificou este modelo de Covid como “Covid-21”, pela sua incrível capacidade de propagação. Sajid Javid, secretário da Saúde britânico, foi ainda mais longe e adiantou que tudo indica que o Omicron® se trata da variante mais perigosa de todas. Esta consideração pode assemelhar-se a uma pueril tentativa de propagação de pânico, com adjetivação infantil e linguagem de bicho papão. Mas não se faça confusão; é apenas a opinião imparcial de um especialista maravilhado com a qualidade do produto.

Esta nova versão do Covid vem com alguns features de interesse maior. O que mais me saltou à vista foi definitivamente este:

O Omicron® vem com esta irresistível particularidade: oferece toda a gama de efeitos nefastos de qualquer vacina experimental do mercado. O leitor poderá estar a indagar-se a que se deve então a autêntica explosão de problemas cardiorrespiratórios na população, algo bem espelhado nas complicações do foro cardíaco que grassam o mundo do desporto nos últimos meses, fenómeno que está a começar a ficar difícil de varrer para debaixo do tapete, porque a lista vai já em centenas de ocorrências, a maioria resultando em morte, e ainda há um número cada vez maior de “celebridades”, maiores ou menores, a sofrer de problemas que é razoável assumir terem resultado da injecção mandatória.

Pois acontece que os efeitos do Omicron® são tão potentes – não é por acaso que esta é a variante mais perigosa de todas – que pode apresentar efeitos retroactivos. Indivíduos que ainda não padeciam de Omicron® faleceram já de problemas cardíacos decorrentes de futura infecção. O futuro está aqui, meus amigos. Qualquer associação de complicações cardíacas com a vacinação em massa, e não com a nova variante do Botswana, é uma linear negação da Ciência e todos os seus pilares.

Alguns haters da marca começaram já a lançar maliciosos rumores sobre o novo produto. Não passam, naturalmente, de invejosas carpideiras e provocadores negacionistas. Vejam, por exemplo, o que ousou dizer Angelique Coetzee:

Estamos claramente perante críticas encomendadas pela concorrência. A marca roga-vos então para que não acreditem no que pensam ver, não acreditem no que pensam ouvir, não acreditem no que pensam concluir. Acreditem neles, e só neles, que tudo farão para nos levar a porto seguro. Mas não prometem nada. Ou não se tratasse esta da variante mais perigosa de todas.

Comments

  1. Francisco Figueiredo says:

    Que nunca ninguém tenha a ideia terrível de te cortar os dedos. Grande texto, Diogo.

    • POIS! says:

      Pois não seja exagerado, ó Figueiredo!

      Eh, pá! Se lhe cortarem os dedos não é assim tão dramático! Já há bons reconhecedores de voz, o homem pode ditar! Ou mesmo transformar-se em “influencer”, daqueles que botam postas de pescada vestidos com pijamas de marca.

      Eu até lhe dava um conselho: transformar os posts em canções. tipo “Omicron É Bem Bon” ou “Omicron, Por ti Bate o Meu Coraçon”. Havia de ver que a mensagem chegava a muito mais gente, assim só chega aos cotrintintins e familiares.

      “Ideia terrível”? V: Exa. saiu cá um descomedido, ó Figueiredo! Francamente!


    • Por acaso foi um grande texto.
      Foi precisa alguma paciência para o ler todo.

    • Carlos Almeida says:

      Figueiredo

      Um grande texto ou um texto grande ?

      Em português são coisas diferentes

    • POIS! says:

      Pois, mais um sinal de alarme!

      Allô cotrintintins! Allô cotrintintins!

      Liberais suíços fecham aquilo tudo! Liberais suíços fecham aquilo tudo!

  2. Paulo Marques says:

    Imaginem achar que uma doença cardio-respiratória não causa miocardia. LOL.
    A estupidez como motivo de orgulho, nos liberais perto de si.

  3. Luís Lavoura says:

    Entretanto, a atual vaga de infeções por SARS-COV-2 parece estar já em fase decrescente. Os números de infeções na Áustria estão a descer vigorosamente e nos Países Baixos, Bélgica e Alemanha (e quiçá Portugal também) parecem já ter atingido o topo. Como é próprio das epidemias, depois da tempestade vem a bonança.


    • Olá. Vim só para lembrar que a Austria está em confinamento.

  4. Teresa Palmira Hoffbauer says:

    A epidemia está fora de controle e eu estou a perder a paciência.
    A explosão de casos de Covid-19 apesar da vacinação preocupa os cidadãos alemães. O governo não descarta novas medidas para evitar uma quarta onda de contaminações. Com a nova variante e alta de casos e mortes, a Alemanha vive clima de „déjà vu“ Eu receio viver para sempre em isolamento e nunca mais ver a minha querida cidade invicta… e nunca mais te dar um beijo, Diogo.

  5. Filipe Bastos says:

    Não tema, Hoffbauer: o Paulo Marques já nos trará links da Pfizer, perdão, de Harvard a explicar porque é o Omicron(R) a pior praga desde os gafanhotos, porque temos de obedecer ao governo como bons meninos e porque precisamos de pelo menos três vacinas por variante. Lá para 2029 a coisa há-de melhorar.

    Ou não. Se calhar nunca vai melhorar. Os “forever lockdowners” acham que não; máscaras e restrições sem fim à vista.

    Para os Marques, tanto faz. Desde que não façamos ondas, que o status quo fique igual, o governo seguro e impune, e que quem tem o dinheirinho continue a tê-lo, tudo está bem.

    • Paulo Marques says:

      A ignorância também serve aos maoístas, mas a mentira fica-lhe mal. Já disse no outro post, não é a pior praga porque ninguém faz ideia.
      “que quem tem o dinheirinho continue a tê-lo”, diz o menino que prefere que o estado pague por exames e tratamentos caros, incluindo aos danos cardio-respiratórios causados por uma doença cardio-respiratória. Tá certo, filho, não estudes que dá muito trabalho, e ainda te arriscavas a ganhar 4000€ em início de carreira.

  6. César P. Sousa says:

    Diclorodifeniltricloroetano , tambem conhecido por DDT,.
    O sábio Hoffside , deveria tomar uma colherinha deste fármaco
    milagroso todos os dias ao pequeno almoço.e veria que estes
    escrevinhanços ditados pelo seu cólon rectal iriam melhorar ràpidamente. Se não encontrar na farmácia mais próxima de si,
    poderá pedir ao seu primo em Berlim que lhe envie uma botijazitla de ZIKLON B que faz o mesmo efeito.
    Já agora morro de curiosidade em saber o curriculo científico da sotoramédica sul africana autora de tal estudo..
    Sr.Hoffside ,faça o favor de ir lamber sabão e de convidar um tal de Figueiredo para lhe limpar os beiços.
    Abraço.

    • Paulo Marques says:

      Se não bem em dose de cavalo com sabor a maçã, não quero.

  7. Elvimonte says:

    A dra. Angelique Coetzee, médica e presidente da South African Medical Association (talvez o equivalente da nossa OM) e outros médicos começaram por estranhar (a 17-18 de Novembro) as diferenças de sintomatologia que começaram a surgir em pacientes infectados e a ausência de gravidade da doença. “A change in clinical picture”, segundo ela.

    Com a omicron os sintomas relevantes resumem-se a dores de cabeça, dores nas articulações e musculares em associação com fadiga extrema. Não se regista perda de paladar nem de olfacto e a tosse também não aparece como sintoma predominante.
    Segundo o dr. Rudo Mathivha (Soweto’s Baragwanath Hospital), parece haver uma alteração no perfil demográfico dos infectados, que são mais do sexo masculino e com idade abaixo dos 40 anos.
    Pelo menos na área de Pretoria, não se tem registado grande afluxo de doentes aos hospitais.

    Em entrevista, algumas das declarações da dra. Angelique Coetzee:

    “It may be it’s highly transmissible, but so far the cases we are seeing are extremely mild. Maybe two weeks from now I will have a different opinion, but this is what we are seeing. So are we seriously worried? No. We are concerned and we watch what’s happening. But for now we’re saying, ‘OK: there’s a whole hype out there. [We’re] not sure why.’ Looking at the mildness of these symptoms, I think it´s been missed in other countries”.

    Do ponto de vista do genoma (vd. gisaid.org), a variante omicron apresenta, relativamente ao vírus original, 50 mutações no total, 32 na proteína S, sendo 10 no RBD (receptor biding domain). A generalidade destas mutações já estavam presentes em variantes anteriores embora não em simultâneo.

    Decorridas menos de duas semanas após a descoberta desta variante não há registo de problemas cardíacos ou formação de coágulos, ocorrências que, como está bem documentado, constituem alguns dos efeitos adversos agudos das vacinas.

    De acordo com o Prof. Karl Lauterbach, epidemiologista clínico e mais que provável futuro ministro da saúde da Alemanha:

    “It could mean omicron is optimized to infect, in line with how most respiratory viruses evolve. And more infectious, less lethal.”

    PS – Quando leio os seus textos aqui no Aventar fico com a sensação de que está a dar “pérolas a porcos”.

    • Carlos Almeida says:

      Sr Elvimonte

      Até que enfim diz alguma coisa com nexo

      Extremo cansaço e outros sintomas não muito graves

      Esta certo, ja tinha visto essa informação em meios estrangeiros, mas ainda não em Portugal:

    • Paulo Marques says:

      Era bom, e uma possibilidade enquanto ninguém mede.
      Mas só há uma questãozinha; o triplicar (salvo erro) da ocupação hospitalar da AS por Covid19 desde então não aconteceu por hipocondríaquisse, porque não têm recursos para isso. Tudo ainda é contraditório.

    • POIS! says:

      Pois mas, Docteur Elvimont D’Ordure…

      Relembro que o também cientista, e também sul-africano sul-africano Madimoyo Tototetzee, numa sessão pública recente, tinha afirmado de forma enigmática “está aqui imenso calor, era melhor ligarem o ar condicionado”, ao que a Professora Miryam Rastapossa terá retorquido “na minha terra os trolhas pegam às oito e espantam os andoriscos de bico redondo”.

      Creio que este interessante diálogo ilustra bem as contradições científicas ainda existentes e acrescenta ao de V. Exa. um importante contributo. Contributo esse que, esperemos, não seja taxado em sede de imposto de selo.


  8. Disse tudo. É mesmo uma marca, são mesmo negócios.