“Até lá não me doa a mim a cabeça”

É trágico que perante resultados claramente insuficientes da COP26, ministros do Ambiente sejam os primeiros a dizer que enfim, está tudo nos conformes…easy going.

Já cá não estarão, quando for tarde demais…

COP 26

Confesso que percebo muito pouco de questões climáticas. Suspeito que não sou o único. Pior, desconfio que muita gente que fala do “alto da burra” sobre o tema percebe tanto ou menos. Muito pior ainda, estou profundamente convicto que grande parte das “sentenças” tão absolutas, tão “sapientes” e tão desdenhosas, são muito mais determinadas por agendas pessoais e políticas que, propriamente, pela preocupação com o futuro do planeta.

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Anda um espectro pela Europa, o seu nome é Vladimir Putin, e é bom que os poderes da velha Europa se aliem para lhe fazer frente

A ameaça a Leste nunca deixou de o ser, apesar do alegado desanuviamento da era Yeltsin. Vladimir Putin, uma espécie de Estaline 2.0, tem hoje um poder desmesurado, reforçado por quatro anos de enfraquecimento do hard power ocidental, uma das muitas consequências do consulado do idiota-útil Trump, e representa, agora mais do que nunca, pelo menos desde a desintegração da União Soviética, uma ameaça permanente para as democracias liberais da Europa. Vale a pena ler a peça da jornalista Ana França, no Expresso, que sintetiza bem aquilo que se está a passar.

Comecemos pela Ucrânia: em 2014, Putin invadiu e anexou a Crimeia. Num ápice e sem que a comunidade internacional movesse mais do que os lábios e os dedos para declarações contidas, cobardes e circunstanciais. Desde então, tem apoiado os separatistas russos na região de Dombass, parcialmente controlada pelas milícias apoiadas pelo Kremlin, onde o risco de novo Anschluss é real. Desde então, mais de 14 mil pessoas perderam a vida no conflito.

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