mais um Natal de miséria?
“History will judge you” – Greta Thunberg
Estes irresponsáveis e cobardes governos do mundo que são culpados da situação a que chegámos andam há mais de 30 anos a lamber as botas ao negócio, às multinacionais e aos fundos financeiros, sem capacidade nem vontade de mudar este sistema predatório e poluidor, abrem-lhes todas as portas para lhes aumentar o lucro e o poder, vergam-se aos lobbies, mantêm, em todos estes anos, os combustíveis fósseis sabendo que o planeta está a aquecer, ainda os subsidiam, dão às grandes empresas todas as regalias, fazem tratados de livre comércio e alimentam uma justiça privada exclusiva à custa dos cidadãos, argumentam com postos de trabalho, sabendo que a transformação é inevitável, esta cambada destes governos não se importam de lançar o planeta e as pessoas para o abismo e continuam a falar de crescimento e competitividade, estes governos são assassinos e culpados.
Filipa Martins, a atleta que Marcelo não parabenizou

Marcelo não condecorou Filipa Martins, a atleta portuguesa que alcancou os melhores resultados de sempre num Mundial de ginástica artística. Nem os parabéns lhe deu. Estava muito ocupado a imiscuir-se na vida interna do PSD e a interferir nas negociações do OE22. Não dá para tudo. E, de facto, como a Filipa afirma, e bem, a ginástica artística não tem bola. Nem a senhora se chama Ronaldo. Ou Cristina Ferreira. Ou qualquer outra vedeta televisiva a quem Marcelo ocasionalmente liga, em directo, para parabenizar um nada qualquer.
Feels So Good
Chuck Mangione toca Feels So Good, em 2 de Junho de 1978, durante o 271.º episódio do programa The Midnight Special, de Burt Sugarman.
Dedico esta interpretação ao j. manuel cordeiro, o nosso campeão da rubrica Hoje dá na net. Ele sabe porquê.
A culpa é… do Socialismo?

Notícia da TVI
Enquanto dois mil bilionários tiverem mais riqueza do que 60% da população mundial, continuará a haver desigualdade.
Ninguém é ou se torna milionário ou bilionário a trabalhar honestamente. As maneiras de o conseguir passam por heranças e/ou exploração selvagem de trabalhadores (horários de trabalho não balizados, salários perto de 0, mão-de-obra infantil, etc), o que constitui um dos mais pesados e prolíficos motores do capitalismo.
O próximo passo? Taxar realmente as grandes fortunas. Ilegalizar offshores. Mudar as leis do trabalho.
Enquanto não se tiver mão nisto, continuando com a lenga-lenga da “liberalização da economia”, continuaremos a ver as desigualdades acentuarem-se. Ninguém trabalha o suficiente para ser milionário; e atrevo-me a dizer que quem é milionário… não trabalha; arranja quem trabalhe para ele. E “ele” – o milionário – explora as necessidades de quem para ele trabalha ao máximo. Só assim se justifica esta acumulação pornográfica de dinheiro, que insulta a inteligência de quem trabalha.
Não existe bom e mau capitalismo.
Existe capitalismo.
E é assim que este funciona.
E como os reaccionários neo-liberais e neo-fascistas tanto gostam de nos neo-enganar: a culpa, essa, deverá ser, apenas e só… do socialismo. Está na cara!
Sentido de Estado e a memória curta da direita: o caso do irrevogável Paulo Portas

Agora que o chumbo está consumado, e voltando ao spin dos últimos dias, a propósito das críticas que foram sendo feitas à postura do BE e do PCP, esses bandalhos que estavam a enganar o país com uma encenação desavergonhada, confortavelmente instalados no bolso das moedas de António Costa, e que acabariam por vender o seu voto e a sua integridade por cinco tostões, mas que lá se juntaram aos seus detractores para sepultar o que restava da Geringonça – paz à sua alma! – vamos lá viajar até 2013. E vamos de submarino.
Aquando da demissão de Paulo Portas – que era irrevogável, assumia o próprio em comunicado – o país mergulhou numa crise política que significou um aumento de 8% dos juros da dívida pública, qualquer coisa como 2,3 mil milhões de euros. Foi este o preço da birra do último governo de direita: 2,3 mil milhões de euros. Acontece que as convicções de Portas, mais a irrevogabilidade da sua demissão, tinham, também elas, um preço, que Passos Coelho decidiu pagar: promoveu Portas e vice-primeiro-ministro e cedeu mais um ministério ao CDS-PP, desta feita o da Economia, com a pasta a ser entregue a Pires de Lima. E o irrevogável deixou de o ser.
[Read more…]Seis meses sem democracia para pôr tudo na ordem, em versão fast forward

Imagem: DN
Leio estupefacto que, durante não se sabe quanto tempo, Marcelo-Rei-Sol será o único a fiscalizar a acção governativa do governo desautorizado.
Com a anunciada dissolução do Parlamento, todos os caminhos políticos dos próximos meses passam por Belém. Marcelo fica sozinho na vigilância do sistema político: o Presidente passa a ser a única instância de controlo do poder legislativo e político do Governo, passa a ter a última palavra nos diplomas que ainda possam sair da Assembleia da República e até pode condicionar os calendários políticos, em particular dos partidos da direita em fase de eleições internas. Durante cerca de três meses ou um pouco mais, o comando é seu. [Público]
Em 2008, Manuel Ferreira Leite aventou se “não seria bom haver seis meses sem democracia” para pôr “tudo na ordem”. Elucidaram os tradutores das intenções que a então líder do PSD estava a ser irónica. Terá Marcelo-Rei-Sol levado a ideia a sério e, no seu estilo frenético, resolver pô-la em prática, não em seis, mas em “três meses ou um pouco mais”? Na altura, o PS não gostou da possibilidade. Gostará agora?
Já houve coisas a começarem assim. Prefiro não acreditar que acabemos num 24 de Abril. Porém, os indícios são preocupantes. E representam um péssimo sinal para a democracia, esteja esta opção prevista ou não na Constituição que Marcelo-Rei-Sol jurou defender.
Nota: António Costa jogou o seu trunfo da crise política quando a direita está desorganizada, numa possível jogada de ganho político. Marcelo trocou-lhe as voltas, criando espaço para a direita para se organizar. Uma vez mais, o interesse partidário acima do interesse do país.
Energia, autarquias e comunidades
“Somos donos da nossa energia” é o lema da Coopérnico, que visa trazer energia renovável para mais perto dos cidadãos. Nesse sentido, vai publicar o guia “Comunidades de energia“ e realizar eventos sobre Co-criação de Comunidades de Energia em Portugal: o papel das autarquias
A Energy Cities, uma rede de mais de mil municípios europeus (incluindo vários em Portugal) cuja missão é apoiar o processo de transição climática nas cidades, e a Coopérnico CRL, a primeira cooperativa de energias renováveis em Portugal a comercializar eletricidade, irão publicar a tradução portuguesa do guia “Comunidades de energia: um guia prático” e, no contexto do seu lançamento, vão organizar a conferência e workshop “Co-criação de comunidades de energia em Portugal”.
Podem inscrever-se aqui para o evento online, que se realiza a 3 de Novembro e para as sessões presenciais em Vila Nova de Gaia, que terão lugar no dia 17 de Novembro.
Se não gosta das boleias que o estado português deu e dá à EDP, informe-se sobre alternativas.
Comprovativo de transferência
Bíblico
Milagre! Milagre! Milagre!
Caiu a “Geringonça” e muitos ressuscitaram. Eu creio na vida após a morte!
6 anos de delirante “método Betadine”
Vamos lá ver se entendem de uma vez por todas: raramente (raramente é um eufemismo) o Estado tem dinheiro próprio; os colossais recursos que “gere” (outro eufemismo, a palavra correcta seria “delapida”) resultam dos impostos, contribuições, taxas e “taxinhas” que somos coercivamente forçados a pagar; isto é, o tal “dinheiro do Estado” é produto de uma espécie de “racketeering” em que, legalmente, se obriga o Contribuinte a pagar por uma protecção que depois pode ou não ocorrer (normalmente, não).
[Read more…]Deve ter ido pagar as quotas para poder votar no Rangel…
Perguntas que importam ser respondidas por PS e PSD.
Perante a quase inevitável dissolução da Assembleia da República e convocação de eleições, é tempo de colocar algumas questões. A primeira terá que ser endereçada ao Presidente da República, irá Marcelo Rebelo de Sousa privilegiar a sua área política, mantendo em funções um governo de gestão, para dar tempo a PSD e CDS de resolverem as respectivas disputas internas? Ou respeitará os superiores interesses do país, marcando eleições para Janeiro?
Aos partidos, em especial os que querem formar governo, PS e PSD, é exigível que se deixem de retórica inútil ou chicana política, discutindo questões passadas e anunciem aos portugueses o que pretendem fazer em assuntos da maior importância para os nossos bolsos. [Read more…]
Marcelo, Rangel e a selfie da filhadaputice
Aquilo que Marcelo Rebelo de Sousa fez a Rui Rio, ao receber Paulo Rangel em Belém, não na qualidade de eurodeputado, mas na de candidato a líder do seu partido, que vem a ser o mesmo do presidente, tem um nome. Chama-se filhadaputice.
A filhadaputice torna-se ainda mais filha da puta se considerarmos o momento que vivemos, com o chumbo do orçamento iminente, a possibilidade de dissolução da Assembleia da República e as internas do PSD no horizonte. Internas que Rangel está a tentar, a todo o custo, antecipar, correndo atrás de assinaturas para um conselho nacional extraordinário. Terá reunido com o presidente para coordenar o calendário da dissolução da AR? Não sabemos. Mas sabemos que já cheira a sangue e a poder, que Rio está na linha da frente para ser primeiro cordeiro a ser sacrificado e que o velho Marcelo, não o performer das selfies, está oficialmente de volta.
Repito o que já escrevi estes dias: Rangel está em melhor posição que Rio para derrotar Costa nas urnas. E em pior para formar governo, por ter queimado as pontes com o CH, cujos deputados poderão ser fundamentais para a aritmética à direita. Da minha perspectiva, que tenho como prioridade máxima a reposição do cordão sanitário com a extrema-direita do lado de fora, Rangel serve melhor os meus interesses do que Rio. Mas esta sequência de punhaladas nas costas de Rui Rio, à qual se junta agora Marcelo, é reveladora daquilo que poderá vir a seguir. Não surpreende. Rangel tem a escola dos grandes escritórios de advogados neste país. É um lobo com pele de cordeiro. Mal por mal, de Rio sabemos o que esperar.
A encenação, afinal, era à direita
O spin da direita funcionou e o alegado controle da comunicação social por parte da esquerda, sem surpresas, revelou-se mais um embuste bem sucedido da direita. Durante semanas, lemos e ouvimos deputados-cronistas, senadores de Domingo a noite e profissionais do spin, todos a insistir na mesma tecla: o OE22 seria aprovado, sem dúvida alguma, e as difíceis negociações em curso não passavam de uma encenação. PCP e BE estavam, literalmente, no bolso de António Costa. Um esquema bem montado que está aí para nos recordar que os radicais da direita trauliteira passista nunca foram embora. Rangel, como outros antes dele, é apenas a sua mais recente barriga de aluguer. Mas a crise política tem um e apenas um culpado. Chama-se António Costa. Foi ele que não quis aceitar os termos dos partidos de esquerda para garantir o seu apoio. A ver vamos, se a esquerda ainda vai a tempo de sacar um coelho da cartola até Quarta-feira.
Paulo Rangel, a crise política e a incompetência da direita
Apesar de situação delicada em que se encontra a esquerda e, em particular, o governo de António Costa, o PSD decidiu, uma vez mais, dar a mão ao regime vigente. Bem sei que Paulo Rangel tinha a coisa bem estudada, montou e pôs um prática um plano bem pensado e estruturado, e até contou com o contributo de altas personalidades do partido, que, de forma mais ou menos dissimulada, se prontificaram a apoiar o assalto ao castelo da São Caetano. Azar o deles, a política não é uma ciência exacta e as sondagens autárquicas não se confirmaram, oferecendo a Rui Rio um prémio de consolação que foi bem para lá do expectável e daquilo que está direcção do PSD podia aspirar. E que pôs em causa o plano de Paulo Rangel, que contava com um desaire nas Autárquicas para chegar, sem sobressaltos, ao topo da hierarquia do partido.
Sucede que já era tarde demais para Rangel recuar. E com o exército passista mobilizado à sua volta, com a perspectiva de regressar ao governo e de pôr as mãos na bazuca, colocar o plano em lume brando já não era opção. Vai daí, Rangel não teve outra opção que não fosse avançar. E Rio, com toda a legitimidade, decidiu defender a sua posição, depois de três anos e meio de travessia no deserto. É natural que não queira ser o António José Seguro de alguém que, ainda há meses, dizia estar de pedra e cal com o ainda líder do PSD. E com razão, diga-se. E escrevo isto com a certeza que Rangel está em melhores condições para derrotar Costa nas urnas.
[Read more…]«Marcelo tão depressa diz que dissolve AR como que vai tentar ver se é possível viabilizar OE».
Há duas hipóteses: intervenção urgente, mas bem remunerada, de um professor de Português (e o OE2022 é viabilizado) ou dissolve-se a AR. Tertium non datur.
Foto: Reuters/Adriano Machado
Paulina Chiziane (Prémio Camões 2021)
Nótula: Os meus agradecimentos ao meu colega Euclides Antônio Lazzarotto, por, parafraseando Chiziane, me ter dado a descobrir mais uma das maravilhas que esta língua tem. E ao José Mário Teixeira, por achar (e bem) que o Aventar é um lugar indicado para alojar esta pérola.
Não ao Cartão do Adepto!
Infelizmente, vamos com mais de dois meses de futebol na atual época e a maior agressão à liberdade individual dos adeptos alguma vez vista continua em vigor. Continuamos a ter os adeptos divididos entre potenciais criminosos que têm de ser perseguidos através de um chip e os que não. Neste momento, levar uma bandeira, uma faixa ou um instrumento de sopro para um estádio de futebol só é permitido se o Governo souber onde andas. E se tiveres menos de 16 anos? Não podes levar uma bandeira de qualquer maneira, porque nem podes entrar nas zonas para quem tem Cartão do Adepto.
Ao contrário do que previa, confesso que os adeptos portugueses estão a dar uma excelente resposta. As zonas do Cartão do Adepto estão ao abandono. Os próprios grupos estão a resistir como podem, contornando a lei feita às três pancadas. Tal como já nos habituou, o Estado português adora importar ideias que não resultam. Mas desta vez, já não sou eu a dizer que o Cartão não resulta. É a realidade que o diz. [Read more…]
Ricardo Salgado e a ala psiquiátrica de Caxias

Irmgard Furchner, uma alemã de 96 anos que, aos 18, era secretária no campo de concentração de Stutthof, começou esta semana a ser julgada por alegadamente ter contribuído para a morte de 11412 vítimas da barbárie nazi. Atrás da secretária.
Furchner não é a primeira nonagenária a ser chamada pela justiça alemã, pese embora as dúvidas sobre o seu envolvimento directo naquelas mortes. Tinha 18 anos, estava, como a maior parte dos alemães daquele tempo, brainwashed pela propaganda nazi, cumpria as ordens – administrativas – que lhe eram impostas e é pouco provável que tenha disparado algum tiro ou ligado as câmaras de gás. Apesar de tudo isto, a justiça alemã não teve dúvidas nem vacilou. A justiça é para cumprir e os alemães não brincam. Talvez isso ajude a explicar muita coisa.
[Read more…]Não quero pagar a transição energética
Talibãs do politicamente correcto, pretendem impor a sua visão dogmática à sociedade, apresentando como verdade cientificamente inquestionável, matéria que está longe de consensos científico e levanta questões ainda por responder. Os que não embarcam na agenda, são apresentados como negacionistas ou excêntricos, na melhor das hipóteses.
No entanto, existem evidências históricas que o clima do planeta Terra era mais quente que hoje, entre 800 e 1200 DC. Já entre 1350 e 1850 DC era mais frio que hoje. Se é irrefutável que a temperatura aqueceu nos últimos 150 anos, é questionável que seja apenas como nos tentam vender, motivada pela revolução industrial, ou poderemos então apontar os vikings como responsáveis pelo anterior período de aquecimento? Obviamente que o primeiro destes factos é omitido pela corrente dominante e acéfalos avençados, já o segundo é propagado até à náusea. Não interessa que os cidadãos, possam levantar questões que coloquem em causa o pensamento oficial. [Read more…]
Propostas concretas? Re-jei-ta-do!
- Em Setembro, foi votado o Projecto de Lei do Bloco de Esquerda que pretendia introduzir um regime de preços máximos nos combustíveis, adoptando medidas anti-especulação que evitem a subida generalizada dos preços impulsionada pelo mercado.
Sessão contínua: secção ou *seção?
O googledocs, ferramenta utilizada em muitas escolas, propõe que se escreva “seção” no lugar de “secção”. Os alunos que recorrerem a este instrumento tenderão a considerá-lo uma autoridade, pelo que muitos passarão a escrever “seção” e, destes, alguns passarão a pronunciar de acordo com a grafia.
Helena Figueira explica, chega mesmo a garantir, que “secção” é grafia portuguesa que permanece inalterada pelo chamado acordo ortográfico (AO90). A infopédia não faz referência a “seção”, o Priberam informa que é grafia brasileira, tal como acontece com o Vocabulário Ortográfico Português. Este, no entanto, na coluna da direita, anuncia que a pronúncia lisboeta é sɛ.sˈɐ̃w (ou seja, seção).
Em que é que ficamos? Ortograficamente, em nenhures, ou seja, no país desencantado do AO90.
Ah, mas os professores têm de explicar aos alunos como é que se escreve e tal e coiso!
Longe de mim desvalorizar os oficiais do meu ofício, mas deixai-me explicar-vos o seguinte: [Read more…]
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