
Registo de parcialidade: não gosto dela nem um bocadinho.
Desde logo pelo género de pessoa que demonstra ser. Há dois tipos de líderes políticos: aqueles que se distinguem independentemente da autoridade que o cargo que ocupam lhes possa dar e aqueles que utilizam a sua posição institucional para reforçar exponencial e ilimitadamente a autoridade que pessoalmente lhes falha. Lagarde pertence, nitidamente, a este último grupo.
Mais, as considerações frias, intransigentes, impiedosas, quase psicopatas (falta de empatia social e humana, desdém pelos outros, narcisismo, cinismo e descaramento sem limites para alcançar os seus próprios objectivos, etc.) que faz acerca das ajudas estatais às (terríveis) dificuldades que as Famílias atravessam, só me reforça a convicção que, nestes tempos, os critérios de nomeação ou escolha dos executivos públicos se baseiam essencialmente em pressupostos absolutamente errados, nomeadamente aqueles que privilegiam quase exclusivamente a inteligência em detrimento avassalador da empatia humana.
Continuando no arriscado campo da especulação dada a natural ausência de informação privilegiada que a sustente, apostaria que há ali uma qualquer disputa de poderes que consolida as péssimas opções do BCE.
Já no que diz respeito à competência técnica e não sendo um especialista, dois factos parecem-me relevantes:
A) a indesmentível constatação que a Senhora só conhece apenas uma e uma só ferramenta financeira para solucionar situações de crise: impor (aos outros, claro) e à força a frugalidade (como já havia demonstrado no FMI);
B) 10 (dez) aumentos consecutivos das taxas de juro em apenas 14 meses, se realmente fossem meio idóneo e eficiente para resolver o problema, eram “coisa” para já ter colocado a inflação em valores aceitáveis. Porra, se fosse realmente esse o “bom caminho”, 10 aumentos seguidos (ênfase no 10), já nos deviam ter colocado em deflação. Além que é convicção generalizada que a descida nos valores da inflação que se tem verificado, se deve muito mais à estabilização (ou mesmo recuo) dos preços das fontes de energia que propriamente às ineficientes medidas do BCE.
E também parece ser crescente a convicção que a estratégia de Lagarde, repito, a única que tem para oferecer, não funciona neste género de inflação que agora enfrentamos. Diminuir o poder de compra, reduzir a dinâmica dos mercados ou torpedear o investimento, parecem ter tanto efeito nesta inflação quanto uma “mezinha do Professor Saná” na recuperação de um desgosto de amor.
Em linguagem de “oficina”, isto é mais ou menos como se um carro avariasse e o seu condutor insistisse sucessivamente em encher o depósito de gasolina. Enchê-lo 10 vezes seguidas. Para posteriormente perceber que o problema não era falta de combustível, mas outra coisa qualquer.
Só que neste exemplo, a ignorância do condutor é determinante. No caso de Lagarde, essa é uma desculpa que lhe está vedada. Primeiro porque a Senhora não deve nem pode ser completamente destituída de conhecimentos técnicos. Segundo porque as centenas de pessoas que trabalham no BCE não devem nem podem ser completamente destituídas de conhecimentos técnicos. Terceiro porque a evidência nada tem de silenciosa e fala alto. Muito alto.
Portanto, o que pretendem Lagarde e o BCE com esta obsessão?
E se a resposta a essa pergunta pode ser controversa, já o facto do chão europeu estar a ficar pejado de vítimas inocentes, tem muito pouco de controvertido.
Será verdade que foram dez os aumentos da taxa de juro mas, como esses aumentos foram todos muito pequenos, o resultado final é que a taxa de juro somente subiu (creio eu) 2,5%. O que não é propriamente um aumento avassalador.
Acresce que a taxa de juro permanece inferior à taxa de inflação, o que na prática quer dizer que quem empresta está a perder dinheiro. O que não me parece uma situação muito saudável.
Não só “não parece saudável” como não é essa a situação: o banqueiro (o dono privado da banca comercial) não tem de escolher entre emprestar dinheiro ou ir comprar couves com ele: está, apenas, a cobrar juros sobre o empréstimo de uma coisa que acabou de criar (para novos empréstimos) ou criou há 40 anos (para empréstimos “antigos”) e sempre autorizado pelo banco central. Ou achas que a banca empresta com o dinheiro dos depósitos? Se fores à “banca de investimento” ou ao prestamista percebes que o juro é muito mais alto. Vai ver o que significa economia monetária de produção.
Depende
Eu empresto dinheiro ao meu banco, através de um depósito a prazo, e recebo juros muito abaixo da inflacção. O banco não acha isso pouco saudável, bem pelo contrário
Não só “não parece saudável”como não é essa a situação: o banqueiro (o dono privado da banca comercial)não tem de escolher entre emprestar dinheiro ou ir comprar couves com ele: está, apenas, a cobrar juros sobre o uma coisa que acabou de criar (para empréstimos novos) ou criou há 40 anos (para empréstimos antigos) e sob autorização do banco central. Ou achas que a banca comercial empresta com o dinheiro dos depósitos? O juro cobrado pela “banca de investimento” ou pelo crédito ao consumo é muito mais alto. Ver o significado de economia monetária de produção.
Pois é!
Isto de não introduzir a necessária austeridade, negando-a, ou pelo menos com um discurso piedoso e choroso, é muito feio.
Pondo lá o Costa resolviam esse problema…
Austeridade = menos consumo = recessão.
Juros altos = menos consumo = recessão.
A Alemanha não gosta de inflação, mas também não gosta de recessão.
O Salazarento Menos deve viver a p
ao e água para gostar assim tanto da miserabilização a que chama austeridade. Os aumentos que no dizer de outro arista são coisita pouca já se traduziram em aumentos de mais de 200 paus em prestações de 660. Coisita pouca, devem andar a ganhar bem.
Quanto á senhora ser psicipata ela já o provou quando disse aquela baboseira que todos sabemos acerca de crianças que desmaiavam de fome na escola. Mas como agora nos estamos a ver gregos pela Europa toda é que toda a gente se lembra que a senhora é uma psicopata de merda. Vão ver se o mar dá choco.
Os aumentos […] já se traduziram em aumentos de mais de 200 paus em prestações de 660.
Isso é para compensar o valor das casas, que também aumentaram devido à inflação.
As pessoas queixam-se das prestações maiores que estão a pagar, mas também têm que ter em conta que a casa que compraram por 200 mil euros vale agora 300 mil. Ou seja, há inflação no preço das casas, logo é natural que também paguem mais por elas.
Só é pena que isso valha zero a quem precisa dela para viver; não lhe adianta vender se tem que comprar outra inflacionada; já quem nunca esteve perto fica cada vez mais longe, e quem vive de ser parasita é recompensado.
Só conhece, mas também só tem, uma ferramenta, por obra dos heróis europeus que acharam a moeda única o caminho para a prosperidade – das suas carreiras e lugar na história, bem entendido.
Isso e o resto existe para conseguir captar a finança Alemã, para que pudesse despejar os seus problemas no que achava que seriam eternamente dependentes, e não ultrapassada pela total falta de vergonha e controlo de vendedores de tulipas, agrilhoando a eurolândia à total falta de compreensão de porque aconteceram episódios hiperinflacionários. Instabilidade por instabilidade, paga quem trabalha que será recompensado no céu, como bons protestantes. Com ou sem Lagarde, sempre será isto, como Monti iniciou; mas o resultado será inevitavelmente o mesmo falhanço e irrelevância do velho continente. Como, de resto, bem planeado por quem nos mostrou a salvação com umas bases bem colocadas.
É o que dá ter à frente de uma das mais importantes instituições políticas da UE (se não a mais importante) alguém não eleito pelos cidadãos. Democracia precisa-se.
Se a chefe do Banco Central Europeu fosse democraticamente eleita, como o António Costa, tê-la-íamos ali a dar “ajudas” a toda a gente, ajuda aos que pagam o gasóleo muito caro, ajuda aos que pediram um empréstimo para comprar uma casa para legarem aos filhos, ajuda para estes e mais para aqueles, tudo com dinheiro criado do nada, como foi feito durante a pandemia, com a consequência de que a inflação na Europa seria a mesma que na Turquia ou na Argentina.
E pergunta para um milhão de euros, se a inflação dos ordenados fosse igual à inflação do cabaz, qual era o problema? Os lucros ficavam a perder? Que azar…
Mais vale empobrecer-mos mais uma década graças a mais um “percalço” do lado da oferta.
Pois vamos a uma fábulazinha fabulosa:
Madame Cristina vive tranquilamente no segundo andar de um pacato prédio numa das mais pacatas zonas da cidade pacata onde vive.
A vida pacata acabou quando foi viver para o terceiro andar um desconhecido russo que, por desentendimentos relacionados com o condomínio, resolveu declarar guerra ao resto do prédio.
Para que os outros acredirtassem na ameaça, resolveu mandar uns tiros para o ar. Madame Cristina pegou na caçadeira que tinha em casa e, espreitando à janela, viu o vizinho do rés-do-chão sentado no terraço e, “pum”! mandou-lhe um par de tiros que o deixaram mais para o morto.
Entretanto apareceram as autoridades que lhe perguntaram porque tinha atirado no vizinho de baixo, quando o responsável era o de cima. A resposta foi esta:
Olhe, porque esta caçadeira é a única arma que tenho e o de baixo era o que estava ao alcance da mira! E ele que se cuide, que isto não vai ficar por aqui!
Foi assim que ficou conhecida pela Madame Cristina Lagardére…
Há duas coisa que não enganam. O algodão e a penca
…..
Pereira anónimo ?
Pois…
Foi assim que a reconheceram quando assomou à janela. A penca apareceu ainda antes do cano da caçadeira…
De facto o que é importante, é o que está por detrás das pencas.
Mas nós todos sabemos quem é, ou não sabemos.?
Pois sabemos.
Aliás, achei piada que as bojardas à inflação tivessem ficado suspensas durante o mês de agosto. A “penca y sus muchachos” estavam de férias…
Por falar em obsessões criminosas, temos mais um crime – a juntar a tantos outros – que vai ser praticado pelo Executivo liberal/maçónico do «Porto, o Nosso Partido/Porto, o Nosso Movimento/Aqui Há Porto»:
Matadouro de Campanhã terá nova esquadra e cave logística
https://www.jn.pt/2132286904/matadouro-de-campanha-tera-nova-esquadra-e-cave-logistica/
Vão ser demolidos dois edifícios históricos sem que exista qualquer fundamento, qualquer justificação válida e racional para o efeito, à boleia de um projecto medíocre, mal concebido, parolo, e muito feio, que vai edificar em Campanhã outro mono a juntar ao Terminal Inter-Modal de Campanhã.
O Terminal dá jeito para as correntes migratórias.
Todos aqueles estrangeiros que trabalham no Porto necessitam da mesma.
Dá jeito? Na Cidade do Porto desde 2014 que não há trabalho.
Só se for útil para o tráfico de Seres-Humanos ou para o tráfico consumo/droga.
Pronto, emprego…
Você não está a perceber, trabalho e emprego é mesma coisa.
Caro Figueiredeo
“trabalho e emprego é mesma coisa.”
Infelizmente neste País, há muiiiitosssss casos que não é assim
Era bom que tivesse razão
Nunca foi a mesma coisa em lado nenhum, que ninguém me paga o trabalho que dá aturar-vos.
O balio, vai lá balir para outro lado. Gente que viu aumentar a prestação 200 paus foi mesmo gente que estava a pagar 600 e começiu a pagar 800, pela mesma casinha, ao mesmo preço. E outros só não estão nesse embrulho porque lá foram negociar prestações fixas assim que a psicopata começou a subir juros porque viu logo que a senhora grande vaca da merda não ia parar por aí. Percebeste ou queres um desenho? Quanto ao vizinho russo declarou foi guerra aos nazis dos vizinhos do lado,Antes que lhe caísse um tiro dentro da sopa. se o resto do prédio decidiu ficar do lado dos nazis o problema foi deles. Ou sejam, é nosso. Quanto a subsídios porque o gasóleo está caro, porque não? O Balio sabe o que é trabalhar a 50 quilómetros de casa e não haver transportes públicos para lá? Sabe o que é ter uma prestação que terá de pagar até aos 83 anos se não morrer antes? Porque é que não foicam calados e vão ver se o mar dá choco?