Exposições ROOTS e ARTUR, ainda alguns dias para as visitar

As exposições ARTUR – na Casa da Esquina, em Coimbra, até 16 de Março – e ROOTS – na Influx Contemporary Art, em Lisboa, até 17 de Março- ambas resultantes de residências artísticas promovidas pelo LAC – Laboratório de Actividades Criativas na cidade de Lagos, entram agora na recta final de abertura ao público. Faltam poucos dias, [Read more…]

LAC, depois de um bom 2011, um 2012 ainda melhor

Nem tudo corre mal nas áreas da cultura e o LAC, Laboratório de Actividades Criativas, em Lagos, tem consolidado um trabalho iniciado há alguns anos que vem ganhando visibilidade aumentada, mostrando que as centralidades culturais podem afirmar-se também fora das grandes cidades e que as periferias não estão necessariamente condenadas a viver à margem dos processos criativos contemporâneos.

Funcionando numa antiga cadeia reconvertida para o efeito e sendo um projecto essencialmente associativo, o LAC começou por disponibizar espaços de trabalho a músicos e artistas locais, tendo vindo posteriormente a criar e dinamizar eventos de vária ordem e em diversas áreas artisticas. Consolidadas estas vertentes, o LAC lançou um Programa de Residências Artisticas (PRALAC) do qual se destacam dois projectos internacionais de elevada qualidade: o ARTUR e o ROOTS.

É precisamente destes dois projectos que surgem as primeiras boas notícias de 2012.

No campo da street art, a revista P3 elegeu as cinco melhores paredes de 2011, [Read more…]

ARTUR em exposição até finais de Julho

Já aqui falei do ARTUR (Artistas Unidos em Residência). Acabado o programa de residência artística ficam as obras em exposição e, algumas, disseminadas pela cidade de Lagos. Até 31 de Julho no LAC.

“Rest in Pieces” de ± MAISMENOS ±

mais menos“Estalo Novo” de ± MAISMENOS ±

e

“Salazar de Emergência, em caso de falta de Fé” de Jorge Pereira

ARTUR, exposição inaugura hoje no LAC

Após 20 dias de residência artística inaugura hoje, pelas 21 horas no LAC ( Laboratório de Actividades Criativas ) em Lagos, a exposição ARTUR ( Artistas Unidos em Residência ). Até 30 de Julho pode passar pelo LAC e confrontar-se com o resultado desta troca de experiências entre os artistas participantes.

Alexandros Vasmoulakis

Antonio Bokel

Fidel Évora

Jorge Pereira

Paulo Arraiano

±MAISMENOS±

Licença? Eu agarro na licença e deito-a para o rio…

…disse o homem enquanto rasgava a dita cuja, assinada por si, em mil bocadinhos. Depois, entre berros e gritos, ameaçou o artista e, segundo algumas testemunhas, tentou ainda atropelá-lo com o seu vistoso jeep. Juntaram-se alguns populares, género básico estridente, acrescentaram guinchos aos berros do homem, mais ou menos do estilo “primeiro lixo-te e depois lincho-te, estás para aí a dizer que isto é arte mas esta merda não passa de lixo, até eu fazia melhor e nem precisava de abrir os olhos”.

Tudo gente culta e fina, com elevada bagagem crítica e muitos conhecimentos sobre a matéria.

A seguir chegou a polícia, à bruta, “qual arte qual carapuça”, vamos já a tirar esta treta toda daqui, e o artista viu o caso mal parado, deve ter-se imaginado na esquadra, num país estrangeiro para o qual foi convidado, apesar da licença e das garantias que lhe tinham dado.

Finalmente, porque há pessoas previdentes, lá chegou a cópia da licença com a assinatura do homem (proprietário do imóvel abandonado, um antigo hotel), pelo seu próprio punho, a autorizar a intervenção no edifício, mais a cópia da autorização camarária, mais a informação sobre o ARTUR, apoios, patrocínios, etc., etc.

Nessa altura a polícia pôs-se do lado do artista e, luz feita, começou a explicar ao proprietário que sim, que se tratava de arte, que a intenção era assinalar o abandono de edifícios emblemáticos como aquele, que bem vistas as coisas era possível que no final ficasse muito melhor, que o edifício estava realmente decrépito, abandonado e dava má imagem de si logo à entrada da cidade. Isto dito pela polícia, o que só abona a seu favor e, a mim, surpreende. Depois disse que não podia intervir a favor do proprietário, visto estar tudo legal e autorizado também pelo próprio, tentando chamá-lo à razão.

O homem, conhecido pato-bravo, mostrou o significa para si um contrato (serve para rasgar, portanto) expulsando todos com o apoio dos populares mais “esclarecidos” em questões artísticas.

E, se a cidade perdeu uma intervenção de um artista de reconhecimento internacional, Alexandros Vasmoulakis (façam o favor de clicar porque vale a pena), o autor em causa, ganhou uma história para contar sobre a pequenez, a ignorância, o preconceito e a intolerância, além de uma “medalha”: alguma arte, no séc XXI, ainda tem a capacidade de agitar, contestar e fazer surgir emoções profundas nas pessoas. Nuns casos boas emoções, noutros, como neste, o piorzinho que havia dentro daqueles intervenientes. Boa, Alexandros.

ARTUR, Artistas Unidos em Residência, em Lagos

 

Por estes dias, no Laboratório de Actividades Criativas – LAC – em Lagos, começam a reunir-se os artistas que, em residência artística, integram um projecto que envolve alguns nomes da atual cena mundial da arte de rua.

Sete artistas vão, durante 20 dias, compartilhar o espaço da antiga cadeia de Lagos, criar trabalho, trocar experiências, intervencionar espaços, produzir instalações, etc.

António Farto aka Vhils, Jucapinga, Alexandros Vasmoulakis (Grécia), SAM3 (Espanha), António Bokel (Brasil), Jorge Pereira e Miguel Januário são os nomes que compõem esta residência, que culminará com uma exposição de arte urbana (curadoria de Sofia Fortunato) cuja inauguração ocorrerá dia 18 de junho, pelas 18:30 horas, no LAC.

A seguir de perto aqui, no Aventar.