Portugal tem uma longa história e uma das suas curiosidades, decerto será a opção pela via férrea como meio de transporte moderno. Há cento e dez anos, tínhamos uma impressionante rede de caminhos de ferro. Assim, os infelizmente cada vez mais improváveis sucessores de Fontes Pereira de Melo, teriam a obrigação de colocar este transporte numa plataforma de primazia, estudando cuidadosamente aquilo que outros países fazem em matéria de mobilidade e poupança. Mas não, por aqui continuamos com a querida e velha mania do cata-piolhos, ou seja, da procura de um homem providencial em todos os escalões da sociedade, seja ele um gestor de fortunas, um “autoador” de multas que interpreta as normas a seu bel prazer, ou neste caso, um revisor que decida acerca dos direitos de um passageiro.
Esta notícia não devia existir, pois cada vez mais nos arriscamos a ficarmos a “ver comboios” em casa, brincando com um ou outro exemplar da Märklin.. De vez em quando, Portugal bem podia rever os conselhos, velhos de décadas, prodigalizados por Ribeiro Telles. Ainda vamos a tempo.
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