Para quem não está a ver como é a vida na cidade que viu nascer a tal de praxe, passo a narrar. Quinze dias do ano em particular, e muitas das terças e quintas em geral, as leis por aqui não são iguais para todos.
Hordas de bêbados atravessam as ruas a qualquer hora da noite berrando, no intervalo de elas em coro exigirem mais caralho que as foda e eles mais cona que os satisfaça, Coimbra é nossa. Todas as regras sobre ruído e manifestações públicas são mandadas às malvas com a cumplicidade amedrontada da PSP, Polícia Municipal e Ministério Público.
Este estado de excepção leva a que o sono dos indígenas e aqui emigrantes seja um direito perdido num território com uma constituição à parte, a que podíamos acrescentar a esterqueira em forma de vómitos e detritos vários que temos de suportar na manhã seguinte. Mas é considerado normal numa cidade onde por exemplo o saque e a vandalização não são perseguidos, um longo historial de burlas nas contas das festas académicas não é investigado, um simples roubo no Museu Académico é narrado ao contrário. [Read more…]
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