Estação da Praia dos Algarves

Santa Apolónia, padroeira dos dentistas.

Cheque dentista – guerra aos desdentados

3 200 dos 7 000 dentistas  existentes aderiram livremente ao esquema, que tem permitido que crianças e idosos recebam cuidados médicos.

 

Como seria de esperar, já há quem esteja contra o sistema, porque só permite três visitas ao dentista por ano, que os níveis etários baixem para dar acesso a mais utentes, que os cheques sejam pagos em tempo e que o valor aumente.

 

E o rabinho lavado com água de azeitonas, como se diz lá na Beira?

 

Para metade dos dentistas este esquema é importante, pois são os que passaram a ter trabalho,  mas a outra metade, só vê nisto mais uma forma de facturação. Se levam cem euros por uma consulta,  como vão eles trabalhar por quarenta euros? Podiam deixar esse nicho de mercado para os colegas mais jovens, mas isso é coisa que  não encaram.

 

Neste país, mesmo as boas medidas governamentais e, esta, é uma boa medida do governo Sócrates, beliscam sempre uns senhores muito importantes que acham que o direito de exercerem a profissão é só deles, o governo tem que atender às suas reinvindicações, tal como o Júdice acha que as três maiores empresas de advogados deveriam ser sempre ouvidas pelo governo e, na função pública, acham que devem ganhar mais, ter mais férias, trabalharem menos horas, que o comum dos portugueses. Porquê? Porque sim!

 

É esta a guerra que se desenvolve entre dois candidatos à Ordem dos Dentistas, um defende a coutada, outro defende os que precisam de trabalho. Afinal, como em todas as Ordens!