Passos Coelho vaiado

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‘Quem semeia ventos colhe tempestades’, diz a sabedoria popular. Esta manhã em Gouveia, Passos Coelho foi alvo de estridentes vaias por parte de cidadãos que, assim, reagiram aos nefastos efeitos sociais das políticas de desemprego, de agravamento da carga fiscal e de injustiças sociais na saúde e outros domínios, de que muitas centenas de milhares de portugueses são vítimas. Uns no caminho da pobreza, outros com a miséria a bater à porta ou já dentro de casa. Tratou-se de uma manifestação muito participada, cuja realização, que se saiba, não foi reivindicada por qualquer organização.

Aos políticos, recomenda-se a ida a festas e romarias apenas em tempos de eleições. No poder, a executar uma política sem nexo de dogmática austeridade, é mais indicado que se refugiem em ‘Fortes’, ‘Palácios ou ‘Areópagos de Política Internacional’ – o ‘Paulinho das Feiras’ é que sabe desta poda.

PPC teve o mérito de não imitar Cavaco na fuga à contestação. Afirmou: “Sei que o salário mínimo é baixo”. Eu, pelo meu lado, sei que o descontentamento é enorme e está em crescendo. O povo beirão deu disso um exemplo.

Coelho terá, pois, de cuidar-se, perante a multiplicação de famintos “lobos” que, em número, transcenderam e muito a numerosa comitiva de guarda-costas e agentes da PSP de que se fazia acompanhar. Se provou queijo na feira, é bom que faça um esforço de memória para não esquecer o sucedido, em futuras passeatas.      

O País à rasca saiu à rua em Lisboa

manif1.lisboa

Impressionante! Há anos, muitos anos, que não assistia a uma manifestação em Lisboa desta envergadura – pelo menos 150.000 pessoas compareceram, embora a PSP, dos “secos e molhados”, corrija em baixa (linguagem bolsista) o número de participantes. No Porto, a mesma PSP adianta a cifra de 50.000 participantes; as notícias e imagens, porém, evidenciam a comparência de mais umas dezenas de milhar. Coimbra, Faro e outras cidades, à sua escala, contribuíram também. De realçar que a imprensa internacional, de Espanha ao Brasil, destacam a maciça participação popular.

O País à rasca saiu à rua. Estiveram presentes várias gerações. Os jovens, natural e saudavelmente, em número superior. Mas, o perfil intergeracional do movimento ‘Geração à Rasca’,  de avós, pais, filhos e netos,  a clamar por justiça social, incluiu igualmente um grito de revolta e de inconformismo contra os políticos do poder.  Os actuais e os futuros, embora seja demasiado claro que, por perda de soberania, as medidas de política social, económica e financeira  sejam deliberadas por Berlim – Bruxelas é mera caixa de ressonância, ou nem tanto.

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