Quantas mais vezes terá que vencer Rui Costa para ser destaque na imprensa portuguesa?

É português, é um dos desportistas mais consagrados do desporto português da actual geração, já foi campeão do mundo de estrada (foi o único português a conseguir o feito), já venceu por 3 vezes a geral da prova que serve de antecâmara ao Tour de France, a Volta à Suiça, já venceu etapas no Tour entre outras vitórias em etapas em várias provas, e anda sempre a lutar pelas vitórias nas clássicas da primavera, em especial, na Flèche Wallone, na Liège-Bastone-Liège e na Amstel Gold Race. É chefe-de-fila absoluto das equipas por onde passa há 4 anos.

Ontem, Rui Costa voltou a vencer, desta feita na Volta à Abu Dhabi, prova categorizada como World Tour (a categoria máxima do ciclismo mundial) na média montanha, derrotando a nata dos trepadores da actualidade, ou seja, Contador, Aru, Quintana, Dumoulin, Zakarin, Samuel Sanchez, Bauke Mollema, entre outros, arrebatando a liderança da prova. O que é que o ciclista português terá que fazer para ser primeira página de um jornal português?
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Diz-me quem visitas dir-te-ei quem és

«Eh, isto no fundo o Dubai é o Algarve, o que é que com prédios mais altos...»

«Eh, isto no fundo o Dubai é o Algarve, o que é que com prédios mais altos…»

Portugal, cavalos lusitanos, sol e gajas boas encaixa perfeitamente num dizer de Aníbal Cavaco Silva, vendendo-nos aos ditadores árabes. O homem que denunciou a sogra à PIDE continua em forma.

Mas o dizer tem ocultado muito pior. Quem ocupa o lugar de Presidente da República foi visitar uma ditadura.

Escondido atrás das fachadas luxuosas dos arranha-céus e dos sorrisos seguros dos funcionários de direitos humanos dos Emirados Árabes Unidos (EAU) existe um péssimo registo de direitos humanos.
Nos EAU de hoje, tortura é aplicada quase impunemente e os ativistas da oposição, incluindo prisioneiros de consciência, são frequentemente detidos e mantidos sob custódia – alguns durante vários meses – sem acusação nem julgamento. Em 2011, cinco dissidentes foram condenados a penas de prisão.
Os direitos fundamentais continuam a ser recusados a trabalhadores estrangeiros, as mulheres sofrem discriminação na lei e na prática, e a pena de morte continua a ser imposta.
Em janeiro de 2012, o Conselho de Direitos Humanos da ONU escrutinou a situação de direitos humanos dos EAU, depois de em 2008 ter apelado para que fossem realizadas mudanças significativas. Na noite antes, 94 ativistas tinham sido levados a tribunal por criticarem o governo. A coincidência destes dois eventos chamou a atenção para as promessas que, até agora, têm sido apenas superficiais.
Fonte: Amnistia Internacional.

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