Vale a pena pensar nisto!

fonte: eurostat

fonte: eurostat

Este mapa é elucidativo da percentagem de jovens de adultos europeus, com idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos, que ainda vivem em casa dos seus pais.

O mapa evidência as manifestas diferenças de comportamentos entre os jovens do Norte e do Sul e os do Leste e do Oeste da Europa.

Em minha opinião, que é também partilhada por outros sociólogos, estas diferenças evidenciadas pelo mapa podem ser explicadas fundamentalmente pelas seguintes razões:

A primeira é que nos países mediterrânicos, como Portugal, a Itália e a Grécia, o valor família tem uma grande importância, sendo esta vista como um pilar fundamental da sociedade, por isso, não existe o estigma associado ao facto de um jovem adulto continuar a viver em casa dos pais.

A segunda é que a crise financeira em que a Europa tem estado mergulhada, nos últimos anos, é com toda a certeza também responsável por esta situação atendendo que os países que foram e continuam a ser mais atingidos pela crise têm coincidentemente números mais elevados de jovens adultos a viverem em casa dos seus pais.

Com base nestes dados, fornecidos pelo Eurostat, salienta-se a Eslováquia que tem a maior taxa de jovens adultos a viverem em casa dos seus pais, com um valor que atinge os 56,6%, por sua vez, a Dinamarca tem a menor taxa com apenas 1,8%.

Em comparação com estes dados dos paises europeus temos os EUA em que 13,9% da população, em análise, vive em casa dos pais.

Em Portugal 44,5% dos jovens adultos portugueses vivem ainda em casa dos seus pais. Estes números são também assustadores para o nosso País.

Estes dados deveriam merecer uma análise profunda dos politicos europeus, sendo que os politicos portugueses deveriam também olhar para este problema com muita preocupação, olhando para esta questão como estrutural da nossa sociedade.

Uma sociedade em que os jovens se autonomizam mais tarde será sempre uma sociedade mais envelhecida. A Europa vive num rigoroso ” inverno demográfico “, por isso, entendo que é  urgente que os políticos tomem medidas no sentido de rapidamente se inverter esta situação.