A paz num abrir e fechar de olhos

(Era assim, há uns anos, quando Marcos Cruz escreveu este texto)

Há um antes e um depois do respirar fundo assim que se chega ao cais de embarque para a Afurada. Podem o dia ou a noite, dependendo dos casos, ter sido cansativos, frustrantes ou até deprimentes, que ali, massajada pelo bater de asas das pombas, pela bricolage sonora das tainhas nas águas marginais (como elas), pela placidez distante da povoação em frente e pela milagrosa frescura de toda aquela velhice, uma pessoa esvazia-se de tudo. Sobretudo de si. [Read more…]