Frederico Bruno Varandas de Carvalho

A declaração à imprensa de Frederico Varandas no final do jogo entre o FC Porto e o Sporting é um verdadeiro tratado de manipulação. Expectável e até compreensivo.

O ainda presidente do Sporting vive na angústia e no medo. Não é fácil ser presidente de um clube do tamanho do Sporting, o terceiro maior clube português tendo contra si a principal claque do clube, a Juventude Leonina. Uma claque conhecida pela sua violência, cujos acontecimentos de Alcochete vieram apenas sublinhar o que todos no mundo da bola já sabiam. Ora, Varandas ganhou as eleições com um discurso duro contra os membros desta claque a quem apelidava de guarda pretoriana do anterior presidente, Bruno de Carvalho. Após a sofrida vitória, procurou cortar o mal pela raiz. A juventude leonina nunca lhe perdoou. Mesmo com a vitória no campeonato a coisa amainou mas não acabou. Temos que ter a noção de que não é fácil para a família de Varandas conviver com o medo, com as constantes ameaças e o perigo que é estar na mira dos elementos mais violentos do futebol. Quem conhece o mundo das claques dos grandes clubes percebe melhor do que estou aqui a falar.

Ora, Varandas precisava desesperadamente de algo que fizesse aproximar as partes. É preciso encontrar um inimigo e transforma-lo em inimigo comum. A vitória nas próximas eleições internas está mais que garantida mas a paz com os elementos mais violentos do clube ainda está longe. Ou estava. 

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O Conde das Forças Armadas e a velha questão do Criador e da Criatura

Ontem foi dia de jogo grande. O que começou por ser um jogo de futebol, acabou numa batalha campal. No jogo jogado vimos uma equipa a tentar ganhar, o FC Porto e outra a procurar não perder o campeonato logo em Fevereiro. Pelo meio um árbitro sofrível que conseguiu prejudicar as duas equipas. Propositadamente? Não me parece. Não é fácil para ninguém este tipo de jogos. E se os jogadores falham…

Não vou discutir a grande penalidade não assinalada nem o amarelo mal dado. Não. Nem vou discutir a batalha campal final. Foi feia? Foi. Mas quem não? Caso único? Não. Nem é um exclusivo nosso e nem será a última vez.

Depois de tudo isto ter acontecido e quando as coisas estavam mais calmas, com os dois treinadores a colocar água na fervura e ambos a explicar que tinha sido uma vergonha e que todos tinham culpa no acontecido, o presidente do Sporting vai à conferência de imprensa e acrescenta gasolina a um fogo que estava quase extinto. A que propósito? O “Conde das Forças Armadas”, no seu subconsciente, não acredita na capacidade da sua equipa para recuperar os seis pontos de atraso. Só isso justifica o triste papel representado. Um bom exemplo do “calimerismo” nacional que tantas vezes o Fernando Nabais descreveu aqui no Aventar.

Os adeptos do Sporting gostam? É possível. Bater em Jorge Nuno Pinto da Costa é um dos desportos preferidos de muito boa gente. Culpar o FC Porto de tudo e um par de botas, também. O problema é saber se resulta. Não me parece. Até pela forma como o FC Porto se une nestes momentos. Só que não deixa de ser de uma irresponsabilidade tremenda. Um momento ao mais puro estilo Bruno de Carvalho.

O Conde das Forças Armadas fartou-se de criticar o seu antecessor mas ontem provou que é uma mera cópia do outro. Os longos tempos em que trabalharam juntos, em que Varandas tanto o bajulou para depois o deixar cair com estrondo não foram inocentes. O que ontem vimos foi a criatura. O criador está no BB Famosos. Tudo farinha do mesmo saco.

Com o pé que está mais à mão – A trajectória do Sporting desde a contratação de Rúben Amorim até ao presente

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