Portugal não é a Hungria

Sinto a minha inteligência insultada, verdadeiramente insultada, sempre que me tentam vender a narrativa da imprensa nacional no bolso de Costa, ou dependente das suas ordens, ou condicionada na sua actividade pelos humores do Partido Socialista. Bem sei que o poder, aqui como em qualquer lado, tem algum ascendente sobre algumas redacções, e Portugal não é excepção, mas basta olhar para quem manda nos jornais, rádios e televisões, analisar para que lado do espectro pende a maioria dos cronistas, perceber o fosso que existe, nas TVs, entre a quantidade de comentadores afectos aos partidos de esquerda e aos partidos de direita (com os casos gritantes de CDS e PCP, o primeiro por ter uma presença largamente superior à sua representatividade, o segundo por praticamente não existir, apesar de ser a quarta força no Parlamento e a terceira ao nível autárquico), entre outros aspectos – cuja enumeração exaustiva não pretendo fazer, por não ser disso que se trata esta pequena posta – para perceber o que realmente se passa neste país.

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