Muito além do peso

Um documentário produzido no Brasil sobre aquela que já é considerada a maior epidemia de sempre a afectar a população infantil: a obesidade.

“Muito além do peso” foi realizado em 2012, pelas Produções Maria Farinha.

 

Brincar na rua

Brincar na rua é importante para lidar com o risco” afirma Rui Matos, coordenador do Centro de Investigação em Motricidade Humana do I. Politécnico de Leiria. Disse ainda: “o que vemos atualmente em muitas brincadeiras, é as crianças, mais do que a brincar com os brinquedos, a ver os brinquedos brincar, ou seja, temos muitos brinquedos eletrónicos que brincam por si só, movem-se e deslocam-se, em vez de ser alguém a empurrá-los ou a interagir mais diretamente com eles”,”Parece-me que as crianças são mais passivas, menos ativas, e isso tem consequências, e já se está a notar aos mais variados níveis, como a obesidade infantil”, acrescentou.

Mais um estudo que não acrescenta nada de novo e as soluções apresentadas são óbvias, embora muitos pais não as ponham em prática…

Jogos sórdidos na blogosfera

 

A teoria de retirar aos pais os filhos obesos, em casos de alegada negligência daqueles, foi anunciada este fim-de-semana pela imprensa.  A autoria é atribuída a um núcleo de “especialistas” do Reino Unido. Sustentam que a medida deveria aplicar-se a pais que sistematicamente ignorem a assistência medicamente recomendada a filhos obesos, destinando-se a proteger as crianças de riscos patológicos graves.

A medida em si é, no mínimo, discutível, como qualquer outra que perturbe a relação entre pais e filhos. Porém, não é esta a questão central do meu texto. O que me traz aqui é a surpresa de, no mesmo blogue e sobre idêntico tema, em ‘posts’ consecutivos, João Miranda escrever: “O título reflecte apenas a opinião de alguns ‘especialistas’; e logo de seguida LR usar o título “O totalitarismo passa por aqui”, acrescentando que “a imaginação socialista, visando a acumulação de poderes (e de despesa pública) não tem limites” – o restante do texto, usando o abominável chavão ‘populaça’, nem merece ser transcrito.

Sou oponente de Sócrates e vários textos publicados no ‘Aventar’ o testemunham. Portanto, sem o estatuto de apoiante do actual governo, sinto ainda assim o dever de, em primeiro lugar, recusar a inquinação da verdade quanto à autoria da ideia – recorde-se, é oriunda do Reino Unido, governado neste momento por uma coligação de conservadores e liberais, que também não sei se a aprova. Sei, isso sim, que o ‘post’ de LR chega ao ponto de acenar o fantasma do totalitarismo socialista, um argumento tão ridículo quanto desonesto. Imagine-se onde podem chegar os jogos sórdidos na blogosfera!?

De totalitarismo real e opressivo, sofreu toda a ‘populaça’ da minha geração décadas a fio. Sempre exercido pela direita, então assumida e agora envergonhada. Tenho de reclamar: “Oh gente não chega catalogar no vago, digam ao que vêm!”.