Antes do luto, saboreie-se a inteligência do homem que partiu.
Foram 95 anos doados à causa pública, como cidadão exemplar, como linguista, crítico e literato. Até como académico, que sempre se recusou a ser.
Diziam que era um homem bom, eu reconheço que foi um padrão seguro para tantos que, como eu, ainda conservam nas suas estantes a inultrapassável História da Literatura Portuguesa, de que foi coautor. Para todos aqueles que se reveem na literatura como alfobre dos saberes e da identidade de um povo.
E saúdo o idealista que nunca fez das perseguições de que foi alvo, por ter uma alma livre, um muro de lamentações.
Boa viagem, Óscar Lopes.
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