Sara Marujo

a132t5_3bCastro Marim, 2001 in História para Vivos

Basilius

basilius

Joaquim Vieira Basílio de seu nome, anda desde 1959 nas andanças do teatro amador. Em 1992 criou o Mendigo Basilius, personagem que vai percorrendo recriações históricas (nasceu na Feira Medieval de Coimbra) em Portugal, Itália e Espanha.  

É um mendigo muito peculiar: as esmolas que recolhe são oferecidas a uma instituição de solidariedade, como costuma dizer o Mário da Costa devolve a generosidade que cada terra tem.

Finalmente homenageado pela Câmara Municipal de Coimbra, estas fui eu que as fiz, com uma máquina fotográfica.

Conversa de moucos

Mário da Costa
A relação dialógica de uma Companhia de Teatro com uma Direção Regional de Cultura

E assim ficam registados estes factos para descarga fisiológica da minha consciência e memórias vindouras.

A meu pedido, fui recebido pela Directora Regional da Cultura do Centro, em Coimbra.

Estranhou ver-me, alegando como saudação que se faziamos 25 anos de existência e nunca tinhamos pedido nada à Secretária de Estado da Cultura, estando a fazê-lo agora só podia ser sinal de estarmos a perder qualidades.
– Como assim, perder qualidades?
– Se vocês como Companhia de Teatro se conseguiram “desenrascar” durante tanto tempo, sem precisarem de “pedinchar” e agora o fazem, só pode significar que já não têm o mesmo talento.
– Talento artístico, quer a senhora dizer?
– Não, talento para se safarem. Encontraram um nicho de mercado que vos satisfez e agora que as câmaras estão “tesas” é que nos vêm apoquentar. [Read more…]

A minha vida sexual com José Hermano Saraiva (com vídeo)

Na primeira vez que fui aos Dias Medievais de Castro MarimJosé Hermano Saraiva constava do programa. Ainda lhe escutei parte de uma oração na capelinha do castelo, irritei-me e saí. Como qualquer ex-aluno da FLUC, com formação em História ou Literatura, via pela primeira vez ao vivo aquela fantástica capacidade de transmitir, e aquela total ignorância no saber.

Ignorância que hoje se designa revisionismo histórico, coisa que ingenuamente e ignorando a existência de um tal Rui Ramos me parecia na altura definitivamente arrumada a um canto.

Ora na manhã seguinte, descíamos a encosta para a manhã no século presente, com chuveiro, pequeno-almoço e tudo, ia respondendo a alguém que não considerava um jurista de seu nome José Hermano Saraiva com habilitações para historiador, quando choco com o destinatário a meio metro (quem conhece o cotovelo que defende o castelo percebe). Acontece. Olhámos um para o outro, e cada um seguiu o seu caminho, tendo ficado claro que o convidado a orador não estava habituado a ouvir de voz viva uma evidência repetida em qualquer corredor de universidade a sério. O problema da historiografia portuguesa é esse. [Read more…]

Os cavaleiros e o mendigo