O maravilhoso mundo do ensino publico…

Um aluno imbecil deste calibre merecia uma bofetada do professor, porque a mesma não seria agressão, mas legítima defesa. E obviamente processo disciplinar, seguido de expulsão do estabelecimento de ensino e consequente reprovação do ano lectivo, que seria obrigado a repetir no próximo, noutro estabelecimento.
Não me venham com conversas da treta sobre perigo de exclusão social, alunos problemáticos e outras teorias que acreditam no homem novo ou amanhãs que cantam. Não pode haver tolerância com rufias ou arruaceiros. De uma vez por todas, ou se encaram de frente estes problemas, ou se abrem portas a extremistas e populistas, porque a população está farta do estado de bandalheira a que chegámos…

P.S. – Link colocado às 19h00.

Comments

  1. Fernando Manuel Rodrigues says:

    Aguardo a sentença de que será alvo este aluino, e o “coro de indignados” no Facebook sobre a mesma.

    Será que lhe vão aplicar “pulseira electrónica”?

    • António de Almeida says:

      Um processo disciplinar, expulsão e repetição do ano noutra escola, seria mais que suficiente…

      • ZE LOPES says:

        Concordo, desde que a repetição de ano seja no Colégio Planalto. Ou Restelo. Ou S. João de Brito. Lá fazem milagres de ajustamento de imbecilidades de calibres vários.

        • ZE LOPES says:

          Aliás, é notório o baixo grau de imbecilidade e o elevado calibre das nossas elites empresariais e tais. Vêm de lá! Com uma passagenzinha pelas nossas universidades privadas e católicas, só para aperfeiçoar. O calibre.

      • Fernando Manuel Rodrigues says:

        “Um processo disciplinar, expulsão e repetição do ano noutra escola, seria mais que suficiente…”

        Não, não seria. Um processo cível contra os pais, responsabilizando-os pelo comportamento do filho, e obrigando-os a indemnizar a escola e o professor agredido (uma indemnização a sério), isso sim, seria dissuasor, e um aviso para futuros comportamentos deste tipo.

    • Tom irónico a inclinar-se para a patetice.

  2. Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

    Este problema nunca se resolverá enquanto as causas de raiz, as verdadeiras causas de raiz, não forem devidamente analisadas, em vez de andarmos todos a fazer de conta que tudo isto é democracia.
    Os sábios gregos diziam que a democracia é tudo aquilo que decorre nos limites da lei e não fazer-se o que nos dá na real gana.
    Os responsáveis por um comportamento demente como o protagonizado por aquele aluno são, primeiro de tudo, os pais. Eram esses que deveriam ser chamados à justiça, se é que a justiça é responsável.
    A destruição das ligações de responsabilidade – coisa em que esta democracia de merda tem como lei fundamental – é o ponto de partida para a análise que refiro.
    A comunidade assiste, impávida e serenamente, à onda de desresponsabilização que começa nos representantes estatais, passa pelas instituições, nomeadamente pelo ensino, pela finança, continua pela igreja e pela sociedade em geral, como se constata por este exemplo.
    De nada adianta o professor pagar na mesma moeda a agressão de que foi vítima. A resposta só geraria mais confusão e abriria precedentes escusados.
    A verdadeira resposta deveria basear-se na responsabilização dos actores. Um miúdo de 12 anos é menor e como tal, responde a uma tutela. É aí que se deve atacar, porque a educação começa no berço.
    E concluo: a exclusão social na grande maioria dos casos é proferida por esta sociedade mentecapta, a mesma que elege Bolsonaros e afins.

    • António de Almeida says:

      Caro Ernesto
      Não escrevi que o professor deveria ter espancado o aluno, como é óbvio. Mas fosse comigo, em qualquer circunstância, poderia até ser na via publica, não se livraria de chapada que o colocasse na ordem, já que o paizinho não o faz…

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Caro António.
        Eu também não disse que era a sua preferência 🙂
        Apenas referi o facto, porque aparece escrito no seu texto.
        Em boa verdade eu não antecipo a minha reacção se o caso se tivesse passado comigo. Só esperava é que, na distribuição das salas me não calhasse dar aulas fora do rés do chão 🙂

    • JgMenos says:

      As causas de raíz, a raíz das causas, as sementes da raíz, o fruto que deu as sementes….e quatro chapadas a tempo e horas e um pontapé no cu e o grunho esquecia as raízes e preparava-se para o futuro.

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Resposta musculada…
        Bolsonaro não respondia melhor, sobretudo sobre a filosofia das causas e das sementes. E eu junto, dos frutos.
        E a propósito de fruto, todos sabemos que de um limão jamais sairá sumo de laranja …

      • ZE LOPES says:

        Nem mais! Também há disso para gestores “ongoing” de sucesso (CTT e EDP incluídos), banqueiros e salazareiros? O meu apoio seria mais que total!

  3. Luís Lavoura says:

    De que fala este post? Não há um linquezinho para a situação a que se refere?

  4. Fernando says:

    António de Almeida abre o jornal e pensa:

    “qual é a merda que aconteceu recentemente nos hospitais, escolas ou outros serviços públicos para que eu possa escrever qualquer coisa contra a existência dos mesmos”

    • António de Almeida says:

      O texto não visa criticar o ensino publico, mas a falta de disciplina. Numa escola privada o aluno seria expulso. Numa escola publica, também o deveria ser…

      • Anonimus says:

        Não tenha tanta certeza disso.

      • Fernando says:

        O título que escolheu indica o oposto…

        Há quem critique o que está mal na escola pública, no SNS para que estes serviços melhorem e depois há quem critique estes serviços porque quer que eles desapareçam.

        E “todos” já sabem que o António não acredita que o Estado deva providenciar serviços sociais.

        • António de Almeida says:

          Nada a ver uma coisa com a outra. Estado prestar ou não serviços públicos, seria outra discussão, irrelevante para este post. Imaginemos por 1 segundo que o Estado nem sequer tinha escolas e existia um cheque-ensino, bastaria que existisse uma cláusula no contrato que impedisse as escolas de expulsar alunos, por exemplo ficarem as sanções a cargo de direcções regionais que em nome da tal inclusão tolerariam tudo, para justificar este post. É capaz de separar os temas? Sabe que até assumo as minhas posições, não tenho agenda encapotada nem recebo encomendas, precisamente porque não sou político, nem aspiro a sê-lo…

      • ZE LOPES says:

        Sim, seria expulso e colocado….numa escola pública! Às vezes a única causa da expulsão é, aliás, “agressões graves ao ranking”.O ranking é uma das principais vítimas de bullying, como se sabe.

        Mas também já vi o contrário. Alunos com problemas nas escolas públicas que acabam em alguumas das “melhores” privadas. Mas aí é exigido “mérito”. É um termo bastante usado por lá para significar “conta bancária recheada de pai rico”.

        • António de Almeida says:

          “O aluno não gostou da advertência, disse que não pagava e, mesmo sabendo que é proibido usar o telemóvel dentro da sala, ligou para o pai.”

          Bem sei que a posse de telemóvel está longe de ser um sinal de riqueza, mas nada indica (nem desmente) que o aluno seja um coitadinho. Quanto a mim a situação sócio-económica é irrelevante para o caso.
          E sim, se aceitamos que exista escolaridade obrigatória, o aluno mesmo que expulso e perdendo o ano, terá que forçosamente repetir o mesmo no ano seguinte. Se o quiser fazer no ensino particular, ok, nada contra. Mas enquanto existir escola publica, não estou a discuti-la neste post, a mesma terá que aceitar a sua inscrição. Mas para que exista sanção, deveria mudar de estabelecimento de ensino…
          Por acaso leu a notícia? Bola na sala de aula, uso de telefone, agressão ao professor, vangloriando-se do acto a funcionários…

          • ZE LOPES says:

            Já li a notícia, mas faltam pormenores importantes para ajuizar devidamente: teelemóvel? De que marca? E a operadora, qual é? E a marca das sapatilhas? E são públicas ou privadas? Esta questão, principalmente, é deveras importante!

    • Arre que o gajo é burro. O homem não fala contra a existência das escolas mas opina com direito sobre a tolerância sobre
      comportamentos rufias.

      • ZE LOPES says:

        Dizer que “um gajo é burro” é fácil. Mais difícil, isso sim é descobrir que “um burro é gajo”. É o que acontece lá em sua casa, sem V. Exa. se aperceber. Lamenta-se, ó “E u”.

        Aliás, lá ne minha terra há um diatdo que diz “E u, E u, cuidado cuidado que ainda levas no…esternocleidomastoideo”. É o que dizem. Lá na minha terra!

    • Texto para armar ao pingarelho. Rasteiro.

  5. Rui Naldinho says:

    Presumo que este post fala de um daqueles “putos maravilha”, que na minha profissão se designa por “terrorista”, o qual terá agredido um/a professor/a, não sei ao certo, porque só ouvi uns bitaites, colaterais, sentado à mesa do café.
    “A Escola pública é mais ou menos como os clubes de futebol”. Mas para melhor, diga-se.
    No universo da escola pública, e porque é uma escola massificada, é bom lembrar este pequeno “pormenor”, 80% das pessoas que ali interagem, são do melhor que há. E nisto incluo os professores, os funcionários administrativos, e como é lógico, os alunos, que aqui funcionam como os aficionados. Se quiserem, como os atletas. O problema são os 20% de pessoas cujo registo comportamental é disfuncional, nas suas várias dimensões. E aqui incluo o professor baldas, o aluno mal educado, indisciplinado e agressivo, ou o funcionário sem paciência, que se marimba para as suas obrigações.
    Como é óbvio, se numa escola perfeitamente estabilizada, não sei se era este o caso, houver um “turra” que se insurja contra um professor, por qualquer motivo disciplinar, até uma simples reprimenda, o “turra” vai fazer asneira da certeza.
    O ideal era o professor “acerta-lhe o passo”. Mas não se pode acertar o passo, porque aquilo não é a “tropa”. Logo, estamos perante um “trilema”. Não se pode dar uns corretivos, porque é violência. Não se pode chumbar, porque é antipedagógico. Não se pode expulsar o aluno, porque é segregacionismo.
    Então como é que se resolve isto?
    É capaz de não ser assim tão difícil. Mas primeiro vamos deixar que os jornais esqueçam o assunto. Porque enquanto eles se interessarem pelo tema, ninguém se vai meter nele, a sério, para a seguir ser trucidado na imprensa.
    Aliás, estou convencido que em face do mesmo problema, se em vez de ter sido o “puto” de 12 anos, a pontapear o professor, de 63 anos, tivesse sido o professor, a espetar duas lambadas no “puto”, por este ter jogado à bola na sala ou no corredor, e ter partido uma lâmpada, a nossa comunicação social vinha a terreiro atacar o professor, por violência sobre uma criança indefesa, de 12 anos. O que é preciso para esta comunicação social da treta, é arranjar um assunto. Se não é do cu é das calças!
    Que tal virarem-se de novo para os familiares, dos familiares, da quinta geração dos ministros? Quem sabe o António Costa não era heptaneto do Camões? E só por isso, conseguiu com um só olho, por a direita fora do poleiro?

    • António de Almeida says:

      O problema são os 20% de pessoas cujo registo comportamental é disfuncional, nas suas várias dimensões.

      Caro Rui
      Da mesma forma que uma bofetada neste miúdo teria sido bem merecida, umas bastonadas nas claques de futebol, começando precisamente nas do meu clube, só se perdem as que acertarem na atmosfera. A tolerância provoca mais tarde casos como a morte de um adepto numa rixa entre claques, ou o triste episódio do infame ataque a Alcochete. A origem está na impunidade que sentem, para não ir mais longe, hoje foi um acidente no metro do Porto, esta semana o Tribunal, bem a meu ver, decidiu não levar a julgamento um revisor da CP que fazia o seu trabalho…

      • ZE LOPES says:

        É assim mesmo! Temos que construir vigorosamente a nossa sociedade liberal! Só devemos parar quando a tarefa estiver terminada. O lema é” quer tu queiras ou não queiras hás-de ser liberal”. E a seguir deve vir logo lambada ou bastonada para endireitar os relapsos!

        Aliás, há um grande exemplo na História: o regime de Salazar. Hayek até lhe escreveu a avisá-lo para os excessos da democracia, não fosse ele deixar a malta alargar-se! As duas Grandes Sumidades da História do Nosso Tempo, concretamente Vasco Pulido Valente e Rui Ramos, que não podem ser contrariados por manifesta improcedência de qualquer crítico que se atreva, já disseram que o regime de Salazar não era fascista. Era liberal, mas mal compreendido pela populaça, mal habituada que vinha da Primeira República a bastonadas muito mais suaves. A resposta de Salazar terá até sido nestes termos: “Não se preocupe, ó Frederico! Portugal será liberal, de Lisboa ao Tarrafal!”.Bons tempos!.

  6. Anonimus says:

    Curiosidade, antes de mais, em perceber a posição dos pais.
    Depois, soluções.

  7. Julio Rolo Santos says:

    “Já lhe parti o focinho” foi do que se gabou o aluno (correcio ?) aos funcionários. E o que fizeram estes funcionários? E o que fez a diretora de turma após lhe ter sido entregue o aluno? Para que estas coisas aconteçam só demonstra que o ensino funciona em roda livre e que nem funcionários nem diretores sabem o que fazem na escola. Já agora e a propósito, por onde anda a polícia da “escola segura” ? Alguém os vê junto às escolas? Muito dinheiro gasto sem resultados visíveis.

  8. António de Almeida says:

    Julgo que o policiamento escola segura funciona apenas no exterior. Poderiam obviamente ser chamados e identificar o agressor, que é menor. A não ser que o historial obrigue a qualquer tipo de institucionalização compulsiva, que só pode ser deliberada em Tribunal, quer-me parecer que é um assunto do âmbito escolar. Não se pode é assobiar para o lado e fazer de conta que não aconteceu…

    • ZE LOPES says:

      É verdade, sim senhor! A “escola segura” só funciona no exterior. Os guardas, aliás, estão fora da cerca, muitas vezes na tasca, e só quando alguém se porta mal pegam num megafone e dizem: “aluno Mário, aluno Mário, é favor vir aqui para fora a fim de ser detido”.

      Isto porque a escola é pública. No São João de Brito, pelo contrário, estão lá dentro. Costumam ver-se vários guardas de farda preta com aolarinho branco a percorrer os corredores. Se algum aluno pisar o risco então é logo encaminhado para o Inferno, perdão, para a escola pública. É tudo muito mais eficiente!

  9. Julio Rolo Santos says:

    Porque razão estes assuntos só acontecem na escola pública? Insisto de que a “escola segura” é uma balela, se há escolas aonde funciona, na maioria não existem, mas que os há, há, eles são frequentemente vistos a passar muito longe do perímetro escolar no carro com o logotipo “escola segura”. As casas de correção existem, se é que ainda existem, para encaixotar estes “heróis” do faz de conta.

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