Trump admitiu que a Rússia o ajudou a ser eleito. E, depois, negou-o.


“I had nothing to do with Russia helping me to get elected.”

Negou-o a seguir, em declarações ao New York Times, passado uma hora.

“No, Russia did not help me get elected,” Mr. Trump told reporters as he departed the White House for Colorado Springs. “I got me elected.”

O bronco tinha estado no Twitter a bater no procurador especial que o investigou, Robert Mueller, o qual tinha ontem afirmado que a sua investigação não tinha ilibado Trump de crime algum.

Acontece, quando a boca foge para a verdade.

Não é enternecedor?

Um site, que é uma fossa de mentiras, mereceu a atenção do Observador para constatar que tinham publicado uma mentira.

Que inesperado!

Na verdade, esta pseudo-verificação de factos, funciona como publicidade ao esgoto chamado Direita Política. E, é factual, há uma maioria que prefere a mentira. Tem uma certa dose de ironia, mas vamos supor que a manobra resultou da indigência editorial do autor.

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À espera de Marcelo

Banco de Portugal faz diferente interpretação sobre lei dos grandes devedores

“Por carta remetida ao gabinete do governador, o gabinete do presidente da Assembleia da República levou ao conhecimento do Banco de Portugal a deliberação da conferência de líderes, a qual, por consenso, entendeu interpelar a instituição para que esta dê cumprimento ao estabelecido na lei e publique no seu sítio da Internet o relatório a que está obrigado por força do disposto no n.º 3 do artigo 4.º da Lei n.º 15/2019, de 12 de fevereiro”

Peça-se um comentário a Marcelo, o falador.

Diz que a Geringonça…

… vai ser substituída pela PANs & Company.

Director-adjunto do Expresso

Tout se vend, tout s’achète: les enfants, le sperme, les pailletes, le ventre des femmes, les utérus, toutes ces choses-là. Allez hop! Allons-y! Ça se vend, ça se loue, ça s’achète, ça se prête: c’est la grande marchandisation du capital.
Michel Onfray

Il y a dictature quand il y a péril pour la liberté. Et il me semble qu’on est en train d’assister à une civilisation, on fabrique une civilisation, dans laquelle il y a péril pour la liberté.
Michel Onfray

***

Expresso, sabe-se, é extremamente versado em pronunciar-se acerca de assuntos ortográficos, ao ponto de até dar aulas de Português. Todavia, pelo caminho, vai tendo recaídas (aqui, ali, acolá…) e dando alguns tropeções (acolá, ali, aqui…), engrossando as fileiras da diáspora.

A grafia exibida pelo Expresso é a prova acabada quer da hipocrisia ortográfica instalada, quer da inutilidade do Acordo Ortográfico de 1990.

Efectivamente, quem se dá ao luxo de ter um director-adjunto no dia 29 de Maio de 2019, quase nove anos passados sobre o anúncio da poupança de letras, demonstra em última análise que o Acordo Ortográfico de 1990 não faz falta absolutamente nenhuma e que o cê, esse sim, dá imenso jeito.

***

Villas-Boas «aponta a um ataque comedido ao mercado de verão»

O novo treinador do Marselha não se pronunciou sobre os mercados de verei, verás, verá, veremos e vereis.

Putin e os eurofachos

Salvini teve uma vitória estrondosa. Marine Le Pen venceu em França, Farage no Reino Unido e Orban, do respeitável PPE, confirmou o domínio absoluto sobre a Hungria. O que une estes quatro vencedores das Europeias, dois dos quais em estados fundadores da Comunidade que deu origem à União?

Para além da preferência pelo fascismo, une-os um ideólogo, Steve Bannon, incansável durante os meses que antecederam a eleição e focado em destruir o que resta da União, e um líder, função que, em alguns casos, acumula com a de financiador. O seu nome é Vladimir Putin.

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Joana Marques Vidal BEM

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Nas Conferências do Estoril, mesmo na cara do Sérgio Moro. Respect!

Poderia ter sido um bom tema para a campanha eleitoral das europeias 2019

É quando o chão treme que mais importa que as fundações de uma edificação sejam sólidas e resilientes. E se o terreno da diplomacia tem sido abanando durante o reinado de Trump. Está a Europa preparada para a instabilidade americana?

Nada existe para sempre, se bem que, no curto hiato temporal da nossa existência, por vezes tal pareça ser um truísmo. E, no entanto, basta olhar para as últimas décadas para constatarmos que a mudança tem sido uma constante em diversos níveis: O trabalho tem vindo a transformar-se em colaboração; a imagem, em fotografia e em vídeo, deixou de contar como testemunho; a Internet está a um passo de se transformar em jardins murados; e a tecnologia, que poderíamos julgar de todos é, como tem ficado claro que nem água, em grande parte dos americanos.

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Há vida além da sexão: o regresso da seção

Now, some people call that a theory of everything. That’s wrong because the theory is quantum mechanical. And I won’t go into a lot of stuff about quantum mechanics and what it’s like, and so on. You’ve heard a lot of wrong things about it anyway.
Murray Gell-Mann (15/09/1929—24/05/2019)

***

Efectivamente, depois das ocorrências de seção da semana passada, houve a habitual interrupção do fim-de-semana, com a irrupção dominical de sexão.

Hoje, tudo voltou ao normal, com o regresso da seção:

Os fatos também deram o habitual ar da sua graça:

Nada de novo a assinalar: tudo como dantes, no sítio do costume.

***

Chama-se Democracia e Estado de Direito

Assédio moral: corticeira condenada a pagar 31 mil euros a trabalhadora. Os mercados devem ter ficado irritadíssimos.

Que se lixem as eleições!

A participação de Passos Coelho na campanha prejudicou ou beneficiou o PSD?

É hora de refazer as análises eleitorais

PS não elege 10.º deputado. CDU garante dois lugares no Parlamento Europeu

O custo do voto

Uma análise interessante.

Rescaldo eleitoral

Os resultados são o que são e não o que gostaríamos que fossem. A abstenção continua a crescer, mas existiu uma alteração técnica, porque ao inscrever de forma automática os titulares de cartão de cidadão, aumentou exponencialmente o número de eleitores. Faltando ainda contabilizar o voto nos consulados, os números não estão completamente fechados, na prática está em causa saber o número final da abstenção e o destino do último deputado eleito, provavelmente cairá para o PS, mas ainda existe a possibilidade de cair para a CDU.
À esquerda o PS cresceu em número de votos, apesar da abstenção e número de mandatos, muito provavelmente alcançará os dez deputados. Ficou em primeiro lugar, por isso ganhou as eleições, afirmar qualquer outra coisa é falsear os números.
O BE mais que dobra a votação anterior, dobra o número de deputados, passando de um para dois. Tem um resultado muito positivo.
A CDU perde quase metade dos votos, diminui de dois para um deputado, é o grande derrotado deste acto eleitoral.
O PAN quase triplica o número de votos, faz eleger pela primeira vez um deputado, é claramente um vencedor nestas eleições. Não sendo possível extrapolar resultados de europeias para legislativas, a verdade é que em caso de repetição destes números em Outubro, o PAN poderia eleger quatro deputados em Lisboa e dois no Porto. Têm legítimas razões para sonhar.
À direita existe uma dificuldade de comparar resultados, porque PSD e CDS agora concorreram separados, em 2014 foram coligados. Mas é permitido tirar algumas ilações. Considerando a soma dos votos em ambos os partidos, tivemos ontem um crescimento pífio de 25 mil votos. Pior, ambos os partidos estão agora na oposição, quando em 2014 governavam coligados, intervencionados pela troika. O resultado que obtiveram em 2014 foi o mínimo histórico, muito pior do que o obtido nas legislativas em 2015. Por isso reclamar qualquer razoabilidade quando se está perante este cenário, é enterrar a cabeça como a avestruz. Em número de mandatos ficaram iguais, o PSD com seis deputados, o CDS com um, menos que isto é caminhar para a irrelevância.
Uma última palavra para os pequenos partidos, Aliança, Livre e Basta, teriam ontem elegido deputados se estivéssemos em eleições legislativas. Iniciativa liberal e Nós cidadãos ficariam muito perto de o conseguir em Lisboa. Veremos o que conseguem em Outubro, mas boas campanhas em Lisboa e Porto podem aumentar o número de partidos representados no parlamento.

Longa vida ao PAN

PAN

Fotografia: Lusa@Sapo24

É oficial: o PAN elegeu Francisco Guerreiro, o primeiro eurodeputado português a sentar-se no grupo europeu dos Verdes. Um sinal claro de que as mudanças na política não se resumem à ascensão da decrepita extrema-direita, que em Portugal foi eleitoralmente reduzida à sua insignificância, mas também a novas sensibilidades e formas de abordar e fazer política. Longa vida ao PAN!

Algumas notas breves sobre os resultados das Eleições Europeias

Tendo em conta tudo o que aconteceu antes e depois da campanha eleitoral:
– Uma vitória «poucochinha» do PS;
– Uma extraordinária vitória do Bloco de Esquerda e sobretudo do PAN;
– Uma estrondosa derrota do PSD e do CDS;
– Uma pequena derrota da CDU.
No final, temos aqui que a Esquerda venceu estas Eleições Europeias de forma muito clara. É possível que em Outubro haja de novo uma Geringonça, desta vez com novos participantes. Parece que estamos livres de uma perigosa Maioria Absoluta do PS.
Temos também que a Direita sofreu uma derrota enorme, muito para além do que era esperada. Se a do PSD é humilhante, a do CDS é apenas o constatar de uma realidade – é isto que o Partido vale sozinho: Um táxi.
Boas notícias são também aquelas que dão menos de 2% aos dois Partidos fascistas, o Basta de André Ventura e o PNR. Por agora, a extrema-direita em Portugal continua a ser meramente residual.
A abstenção chegou aos 70%. Os políticos fingem-se preocupados. Mas no fundo, para eles, é mais um dia no escritório.

A quem se deve a abstenção?

Aos que se abstêm.

Eleições Europeias 2019: primeiras projecções

RTP

Abstenção:65% a 70%

SIC

Abstenção: 66,5% a 70,5%

TVI

A TVI optou por caprichar pouco na abertura e nem um grafismo de com previsões apresentou. Poderão ter pensado por lá que, dada a previsível abstenção na casa dos 70%, talvez a escolha televisiva dos portugueses não seja a noite eleitoral.

A seguir na noite eleitoral:

  • O desenrolar da fábula da rã que queria ser boi e de quanto vale gritar por Sócrates numa campanha.
  • Marinho e Pinho dizia que os eurodeputados ganhavam demais e que centenas de debates no PE são verdadeiros faz-de-conta. Agora é ver se o destino faz a escolha que ele, nestas circunstâncias, deveria ter feito.

A sexão, a secção e a seção

Also, there is much needed research on the intersection of pronunciation instruction and individual differences.
— Pablo Camus

Factos são factos e fatos são fatos: uns à medida e outros sem ser à medida.
Pinto da Costa

***

Uma das vantagens de sexão em relação a secção é a ausência de possibilidade da supressão do cê.

Secção de voto, algures na cidade de Lisboa. Foto: Cristina Carvalho (http://bit.ly/2JGgAo2)

De facto, a adopção de sexão impedirá coisas destas

ou destas

ou ainda destas [Read more…]

A sério, Marcelo?

Acho que os cidadãos têm que perceber que se se abstiverem não têm grande autoridade para criticar os políticos.” [Marcelo Rebelo de Sousa, 26/05/2019]

E os políticos que não respeitem um programa eleitoral têm legitimidade para continuar a exercer o cargo? E se nem discutirem esse programa? E se se calarem quando deviam falar, têm autoridade para criticar quem não lhes liga?

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Os portugueses que vão votar dão uma lição de civismo

Acabo de votar numa das escolas reservadas para o efeito e por verificar, in loco, o civismo de tantos e tantos portugueses no momento do voto.
Ele é estacionamento dos carros em cima do passeio, em cima das passadeiras, nos lugares de deficientes, em segunda fila, enfim, onde calha. Em qualquer sítio que garanta ficar à porta do local de voto.
Ufanos por estarem a cumprir o seu dever, esses portugueses regressam a casa felizes. O seu civismo foi posto à prova e, mais uma vez, a exemplo do seu Querido Líder, ultrapassaram o teste com distinção.

Verifique onde votar nas Europeias 2019

Enviando SMS grátis para 3838 (escrevendo RE espaço nº de BI ou CC espaço Data de Nascimento no formato AAAAMMDD) ou Online, no site do MAI.

Porque vou votar amanhã

Não me deslocarei amanhã até à escola secundária para votar nas eleições europeias porque ela é um belo exemplo (piu!) das renovações da Parque Escolar inventada por Sócrates. Da mesma forma que não o farei por Sócrates não ter saído das bocas do Melo e do Rangel. Nem sequer porque Costa ajudou a transformar as europeias num referendo ao seu governo, tanto pelas suas declaradas palavras, como pela crise que inventou para recentrar a campanha. E muito menos devido ao apelo do Presidente, que receia a maior abstenção de sempre, quando uma campanha de costas voltada para a “europa” convidou os eleitores a fazerem o mesmo.

Vou votar porque esses seres serão eleitos mesmo que os únicos eleitores a votarem sejam os candidatos. De nada importa a abstenção. E nem o voto em branco, já agora. Por isso, vou votar num dos outros partidos, fazendo com que os primeiros tenham menos uma migalha percentual de votos. E, como se sabe, uma uma multidão é composta por indivíduos, pelo que só depende de cada um mudar a sorte dos oportunistas.

Eleições europeias: Sei em quem não vou votar


No Cântigo Negro, diz José Régio que «não sei por onde vou, sei que não vou por aí». Um poema muito conhecido, até por ser o único que o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, parece saber recitar.
Estou na mesma relativamente às eleições europeias de amanhã. Não sei ainda em quem vou votar, mas definitivamente sei em quem não vou votar.
Não vou votar na Direita, como é óbvio. À excepção do PS em 1995, nunca votei na Direita. Jurei para nunca mais. Ideologia dos grandes interesses económicos, do capitalismo selvagem, do deixar gente para trás. PS, PSD e CDS são simplesmente Partidos criminosos.
Também não vou votar naqueles em quem voto desde 1989. Fartinho da cegueira ideológica da CDU, que em 2019 continua a não conseguir dizer que a Coreia do Norte é uma Ditadura abjecta ou que a China é tudo menos um regime comunista. Fartinho do Bloco de Esquerda, que mostrou, com o caso Robles, de que massa é feito. Da mesma massa dos outros.
No momento do voto, não me vou esquecer que estes dois Partidos pactuaram com estes 4 anos de governação socialista. Com uma governação que continuou a privilegiar os benefícios fiscais aos grandes grupos económicos. Que continuou a torrar milhões e milhões no sistema bancário ladrão enquanto os negava aos trabalhadores. Que não mexeu uma palha para acabar com os abusos das rendas excessivas de uma EDP que manda no país e que é responsável pelo pagamento da energia mais cara da Europa.
Também não me vou esquecer que o PAN esteve na Assembleia da República nestes últimos 4 anos.
Sendo assim, o que resta? [Read more…]

A Morte da Floresta Amazônica

Mais um indicador da péssima escolha de brasileiros que votaram 17 na ultima eleição (e também dos que se abstiveram); conforme divulgado pelo Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter) e Jornal Folha de São Paulo, a grande floresta amazônica está sob ataque.  Dados apontam que 19 hectares são desmatados por hora – o dobro do registrado no mesmo período em 2018.

Pelo histórico do presidente e sua atuação a favor da frente ruralista (que é a principal devastadora dos biomas) a preservação do meio ambiente não é prioridade.  Em 2012 Jair Bolsonaro foi multado por pescar em área de preservação em Angra dos Reis. Assim que assumiu o governo passou a atacar orgãos que multam e regulam a atividade predatória. Mês passado alterou um decreto de 2008 que dispunha sobre crimes ambientais e forçou o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) reduzir em 35% o volume de multas aplicadas no primeiro trimestre de 2019 .

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A Amazônia, “o pulmão do mundo”, está sendo sacrificada aos interesses dos lobbies da agroindústria (Reuters/Reuters)

Tudo isso com ajuda do atual ministro do Meio Ambiente (MMA) Ricardo Salles, que já começou a implementar um politica anti-preservação com licenciamentos flexíveis, menor controle de agrotóxicos e leniência com punições. O jornalista Vinicius Lousada escreveu na Revista Fórum  os estragos desse governo em 100 dias.  No meio ambiente as 10 medidas que integram o artigo são:

1) Menos fiscalização

Militantes da causa ambiental apontam o desmonte de equipes de fiscalização. O ministro Ricardo Salles demitiu 21 dos 27 superintendentes regionais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), promovendo exoneração coletiva inédita em 30 anos.

2) Clima

Ainda em janeiro, o governo acabou com a Secretaria de Mudanças do Clima e Florestas. O esvaziamento da pauta é claro entre ministros de Bolsonaro, o que pode resultar na perda de recursos e no não cumprimento de metas firmadas em compromissos internacionais. No Acordo de Paris, o Brasil se comprometeu a, até 2025, reduzir em 37% suas emissões de gases de efeito estufa. O País também havia se comprometido a acabar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.

3) Raposa no galinheiro

O governo transferiu o Serviço Florestal Brasileiro para o Ministério da Agricultura e escalou para chefiá-lo o ex-deputado Valdir Colatto (MDB-SC), que integrou a bancada ruralista e apresentou projeto para liberar a caça de animais silvestres. O órgão é responsável pela gestão das florestas públicas e, antes de Bolsonaro, estava vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

4) Paralisação de projetos

Ricardo Salles congelou a aplicação de R$ 1 bilhão, oriundo de multas aplicadas pelo Ibama, que seriam utilizados em 34 projetos de recuperação das bacias do Rio São Francisco e do Rio Parnaíba – apenas porque não quer mais a participação de Organizações Não-Governamentais (ONGs) em ações federais.

5) Sem participação social

O governo age para desmontar as estruturas de participação social no ministério, em especial o Conselho Nacional do Meio Ambiente.

6) Fundo da Amazônia

A partir de tentativa de devassas nas contas, o governo tem paralisado e atrapalhado o funcionamento do Fundo Amazônia, por ser contra a participação de ONGs e negar as mudanças climáticas.

7) Mais veneno

O Meio Ambiente atuou em conjunto com o Ministério da Agricultura na liberação de 86 agrotóxicos, incluindo substâncias proibidas em muitos países por serem cancerígenas e responsáveis pela morte de abelhas.

8) Caça com cão

O Ibama flexibilizou as regras para a caça de javalis, permitindo também o uso de armadilhas e cães, o que, para muitos, configura maus tratos.

9) Ameaça a garantias

O Ministério do Meio Ambiente está revendo regras para o licenciamento ambiental, sob o pretexto de agilizar a liberação de empreendimentos – o que pode significar grandes retrocessos em garantias socioambientais.

10) Avanço de transgênicos e mineração

O governo estuda a liberação do plantio de transgênicos e da mineração, inclusive em terras indígenas. De acordo com o governo, os povos originais até serão ouvidos, mas não terão autonomia para vetar projetos.

Pelo ritmo de ataques aos santuários ecológicos o legado desse governo será apenas destruição.  Precisamos Salvar a Amazônia.

 

 

Seria o cúmulo da pouca vergonha…

Há uns meses o país ficou indignado com um juíz. Quer-me parecer que se prepara algo pior, diria mesmo, sinistro

Declaração de voto

Há vários anos que ninguém me vê por perto de qualquer assembleia de voto em dia de eleições, pura e simplesmente porque me é indiferente saber quem governa, seja autarquia, Assembleia da República, Presidente da República ou eleger deputados para o parlamento europeu, tenho os políticos em muito baixa consideração e ainda menos estima. Antes de me tornar abstencionista, durante anos votei PSD ou CDS, numa lógica de voto útil, mas a verdade é que a utilidade apenas serviu para eles, porque eu não recebi rigorosamente nada. Aliás, constatei ao longo da vida que foi para mim absolutamente igual ter um governo liderado pelo PSD ou PS. No poder local ainda foi pior, porque de perto vi que são mesmo todos iguais no que toca a favorecimento, compadrio, negócios menos claros, nepotismo, práticas que só ultimamente têm sido denunciadas, mas que há muito estão enraizadas.
Nos últimos anos foram legalizados novos partidos, que agora pela primeira vez se apresentam aos eleitores. Decidi votar na Iniciativa Liberal no próximo domingo, porque me agrada a ideia de ter menos Estado no bolso e nos costumes. Não sou dos que defendem a diminuição do Estado na economia, para depois querer decidir, regular a vida dos outros, prática corrente dos conservadores ou liberais beatos. Sei que não será fácil eleger Ricardo Arroja como deputado ao Parlamento Europeu, mas prefiro entregar o meu voto a alguém coerente, que não está dentro do sistema nem dele vive, aos que estão sempre dispostos a trair os eleitores para sobreviverem politicamente. O espaço político à direita do PS não pode ficar confinado às duas opções históricas, precisa ser renovado, por essa razão domingo voltarei a exercer um direito do qual nunca abdiquei, apenas não o exerci, o que também não deixa de ser um direito.

Dizem que teremos eleições europeias

Tenho acompanhado menos a campanha eleitoral para as eleições europeias e os ecos mediáticos dizem-me que não tenho perdido coisa alguma.

Na verdade, o pouco a que acabo exposto recorda-me Chernobyl. As radiações acabam por chegar e causam náusea.

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Marinho e Pinto sabe do que fala

 

Há centenas de debates no Parlamento Europeu que são verdadeiros faz-de-conta“, diz Marinho e Pinto. E ele sabe do que fala, pois foi protagonista em vários deles quando se discutiram temas como a reforma dos direitos de “autor” levada a cabo pelo Parlamento Europeu (PE). Afirmou em certa altura que não viu nenhuma das cartas abertas que tinham sido divulgadas então, as quais explicavam porque eram erradas as medidas que o PE estava a preparar. O Sr. Eurodeputado tinha, certamente, mais que fazer do que informar-se e contribuir para que este debate não fosse um verdadeiro faz-de-conta. Fez-se de conta que se estavam a defender os direitos de autor, quando, na verdade, foram os interesses dos grupos editoriais que saíram reforçados.

A propósito, no domingo este senhor vai a votos.