Quem ache que um défice orçamental de zero se obtém sem mudar o cerne do funcionamento dos ministérios e do poder local que se desengane.
INEM demora oito minutos a atender chamadas
Tempos de atendimento das chamadas dispararam no mês de junho. Houve alturas em que os operadores levaram, em média, seis a oito minutos a atender uma chamada
Assistimos desde a vinda da troika a um ainda maior corte dos meios necessários ao funcionamento dos serviços públicos, o que tem consequências bem práticas. No entanto, a orgânica dos ministérios e do poder local mantém-se inalterada. O bolo do orçamento continua a ser repartido em função do modelo de gestão do tempo das vacas gordas dos governos de Cavaco e Guterres.
O INEM garante que se trata de “situações absolutamente pontuais que representam exceções àquela que é a atuação dos CODU”.
Felizmente que a morte é reversível. Caso contrário, um sistema incapaz de responder a situações pontuais seriam uma bela chatice.
Quão pontuais são essas situações que levam até 8 minutos de espera? Não estamos a falar de uma passagem de 13 segundos, valor indicado pelo INEM em Maio de 2018, a 30 ou 60 segundos. Em causa está um aumento de quase 37 vezes. Até porque não é a primeira vez que estes atrasos são assunto.
Quem não tem condições para exercer o cargo tem sempre a opção de não compactuar com a situação, sr. Luís Meira.
Imagem: SAPO
Enquanto o INEM tiver por base a rede do sefardita, também conhecida por Altice, vulgo Meo, não vai funcionar.
E os bandidos dizem que não têm culpa e ninguém os responsabiliza.
A mesma treta do Siresp
O habitual discurso dos governantes: “Não sabia de nada”. “Não tive culpa de nada”. “Não sou responsável por nada”.
Ou então, e como corolário… “Não me lembro”.
A caça ao SNS continua…
Onde houver uma falha lá estará alguém para a documentar e a imprensa para a apresentar como se fosse a norma.
Assim, seria igual em todo o mundo (Suécia, Dinamarca, Finlandia,etc. etc.)
Uma falha? É o próprio Luís Meira que admite a existência de dificuldades. Ver imagem supra.
Continuem a enterrar a cabeça na areia.
A ler:
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2019/07/o-outro-ps.html
Claro
O que pretendem é abrir espaço para o negocio dos Hospitais da Luz e similares, se possível com o modelo que os Jesuitas amarelos, exploraram para o ensino privado: ser o Estado a fornecer-lhes e pagar os seus clientes.
É um grande negocio, alias foi sempre o maior dos negocios: “roubar galinhas e vendê-las ao dono”
A generalização das greves no SNS não visão senão, a desastibilizacao do sistema. Todos falam na falta de investimento em equipamentos e em recursos humanos mas ninguém fala da desorganização que reina no sistema. Há equipamentos que avariam sistematicamente por falta de especialização de quem os utiliza. Há falta de pessoal, nomeadamente médicos e enfermeiros, porque continua a ser permitido que estes profissionais possam acumular com o privado. O que se está a verificar é o assalto do privado ao SNS com a conivência dos próprios profissionais do público e o Zé é a cobaia deste pingue-pongue vergonhoso. E o governo olha com passividade para o desmoronar do SNS para gáudio de uns tantos a esfregarem as mãos de contentes.
“Há equipamentos que avariam sistematicamente por falta de especialização de quem os utiliza.”
E quem contratou os supostos “especialistas” que não são capazes de operar os equipamentos para cuja operação foram contratados? Podem ser despedidos?
Num prédio de sete andares, onde habitei durante alguns anos, os elevadores (2) estavam frequentemente avariados e isto porquê? veio a saber-se que os condóminos eram os próprios responsáveis pelas avarias porque carregavam nos botões, para os fazerem andar, faziam-no a murro e isso trazia consequências, como é óbvio. Um médico de um certo serviço pediu um determinado aparelho e quando o dito chegou, o médico apressou-se a liga-lo sem ver previamente as características do mesmo. Era no tempo em que ainda havia diferenças de voltagens nos vários países, 110 ou 220 Voltes. O aparelho vinha ligado para 110 Voltes e tinha que se rodar o botão para 220 Voltes que era a medida usada em Portugal. Conclusão, o aparelho queimou.Tenho conhecimento de que há exames, sobretudo de radiologia, que no público estão sistematicamente avariados levando ao adiamento dos exames, são públicas as queixas de utentes, porquê?
Porque o equipamento passou o prazo de vida. Se nos transportes se dá a volta, porque o equipamento é simples, macroscópio e mecânico, nesse caso é radioactivo e com altas voltagens, convém não inventar muito.