Haja caras que digam

Não é só três, como houve um cara que disse. (*)
… no gramado — como vocês dizem, eu digo relvado —, no gramado… (**)
— Jorge Jesus (*, **)

Pirate punk politician
I got you in a bad position
—  Perry Farrell

Blow, bugle, blow, set the wild echoes flying,
Blow, bugle; answer, echoes, dying, dying, dying.
Tennyson

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Vida nova pára Casillas no FC Porto ou vida nova para Casillas no FC Porto? Trânsito pára em Lisboa esta sexta-feira à tarde para deixar passar Eusébio ou trânsito para em Lisboa esta sexta-feira à tarde para deixar passar Eusébio? Bloqueio nos fundos da UE pára projecto de milhões na área do regadio ou bloqueio nos fundos da UE para projeto [perdão] de milhões na área do regadio? Tribunal pára despejos num dia em que uma morte trava uma vitória ou tribunal para despejos num dia em que uma morte trava uma vitória? Ninguém pára a “Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto” ou ninguém para a “Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto”? No regresso para em Lourenço Marques para visitar uma irmã ou No regresso pára em Lourenço Marques para visitar uma irmã? Ninguém para o Benfica ou ninguém pára o Benfica? André Horta para um mês ou André Horta pára um mês? Ninguém para para o socorrer ou ninguém pára para o socorrer? Alto e para o baile ou alto e pára o baile? Para o bailinho ou pára o bailinho? Uma legislatura perdida para a Educação ou uma legislatura perdida pára a EducaçãoSalvio para a história ou Salvio pára a históriaMourinho para Portugal ou Mourinho pára Portugal (DDD, pp. 49-50)? Ah! O acento (e o assento). Ah! A Vida Nova. Ah! O Diário da República!

Efectivamente, no sítio do costume, é a vida velha:

Como diz Ana Cunha,

Este é um trabalho que está em curso, que continua.

De facto, está em curso, continua, não pára:

Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.

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Estamos a pagar para destruir a Natureza

 

João Vasco Gama

O património natural tem um valor instrumental estimável (cuja destruição causa danos materiais e humanos quantificáveis) e um valor intrínseco inestimável (quanto é que a extinção dos Koalas vai custar? O impacto na actividade económica pode ser reduzido, mas isso não quer dizer que não seja uma perda relevante…).

O debate racional sobre os impactos ambientais da actividade económica deveria encontrar-se entre dois extremos. Um extremo daria um valor infinito ao valor intrínseco e consideraria qualquer impacto ambiental da actividade económica inaceitável – seria voltar para as cavernas, por assim dizer. O outro extremo daria um valor nulo ao valor intrínseco e consideraria que apenas nos importa maximizar o lucro no longo prazo, considerando aceitável toda a transacção económica que produzisse uma mais valia superior ao dano ambiental na componente “instrumental”. Seria só ver cifrões à frente, e só querer saber do consumo (no longo prazo). As posições não extremistas mas racionais estariam algures entre estes dois extremos. [Read more…]

Uma legislatura perdida para a Educação

[Santana Castilho]*

O último debate da legislatura sobre o estado da Nação, que hoje terá lugar, glosará certamente a questão: estamos melhor ou pior do que estávamos em 2015? É facilmente percepcionável o que resultou de Tancos, Pedrogão Grande, da degradação dos serviços públicos (Saúde e transportes, particularmente), da austeridade embuçada ou do nepotismo do Governo. Mas passarão anos até que se tornem evidentes os resultados dos erros cometidos em matéria de Educação e a sociedade seja confrontada com os custos de tanta ilusão e de tantos sofismas. [Read more…]

A ler

O recuo dos rendimentos do trabalho, por Alexandre Abreu.