via Expresso
O BES, o banco mau e o banco bom que daí resultaram, o Banif, o periclitante Montepio, os sucessivos buracos e empréstimos estratosféricos concedidos pela CGD aos Berardos desta vida, não raras vezes sem contrapartidas. Carlos Costa está há quase 10 anos à frente do Banco de Portugal, que supostamente deveria regular o sistema bancário, e as tragédias sucedem-se. É caso para dizer que poderá estar a receber acima das suas possibilidades. E das possibilidades do país.
Chamem-lhe populismo, mas não é nada fácil justificar os 16,9 mil euros mensais que este senhor aufere. Até porque a regulação bancária, como se tem visto, é anedota nacional. E o papel do Banco de Portugal, em particular no caso BES, foi absolutamente irresponsável, a roçar o criminoso. Depois admirem-se que o discurso dos venturas pega. Ninguém, pelo menos no mundo real e face às circunstâncias conhecidas, compreende um salário destes.
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P.S: A imprensa nacional destaca o facto de Carlos Costa não ter sido aumentado, depois de três anos consecutivos de aumentos salariais. Eu, no lugar dele, entrava em greve por melhores condições laborais.
Fazer greve? O Carlos Costa? Mas ele já nem cumpre os serviços mínimos!
“A imprensa nacional destaca o facto de Carlos Costa não ter sido aumentado, depois de três anos consecutivos…”
A Imprensa Nacional é uma vergonha e um dos suportes deste corrupto regime. O jornalismo morreu há muito.
Em “defesa” do pobre coitado, grande parte das asneiras são ordens do patrão. Não sei é porque somos nós a pagar os custos.
Carlos Costa é um manipulador de matérias perigosas. Tão perigosas que quase nos levou ao afogamento por incompetência, ou pior ainda, por subserviência. Nada que o seu antecessor já não tivesse dado provas similares.
Tal como os motoristas, também esta gente deveria ter um ordenado base não muito superior ao de um camionista, e se quisessem levar os 16,9 mil euros para casa, o que até nem discuto, era em função dos resultados práticos do seu desemprenho como regulador do mercado bancário, e não por estatuto.
Pois eu, caro Rui, discuto mesmo.
Sou trabalhador do privado e se tivesse, no meu desempenho de gestor um “curriculum” do quilate desse coveiro, já tinha sido despedido e não teria hipóteses, face aos crimes encobertos, de ter uma segunda hipótese.
Esse homem deveria ser afastado e pago na conformidade… se me entende.