A crise e os dividendos

“A BMW pretende pagar dividendos no valor de 1,64 mil milhões de euros – apesar de estar actualmente a receber auxílios estatais sob a forma de layoff. Quem embolsa o dinheiro dos contribuintes durante a crise não pode, ao mesmo tempo, encher os bolsos dos seus accionistas.”

Diz Sahra Wagenknecht, do partido die Linke e acrescenta:

A situação é já bem conhecida: durante a crise, o contribuinte é chamado a desembolsar e, nos bons momentos, os investidores embolsam os lucros. Mas o facto de os accionistas quererem arrecadar, até mesmo nestes tempos dramáticos, é escandaloso. Quem recebe auxílios estatais não pode simultaneamente distribuir dividendos!

Pode alguém, em consciência, ter opinião contrária???

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    Ana, uma coisa são os desejos da Administração ou dos acionistas da BMW, outra coisa é o governo alemão ir nessa conversa. Não a querendo contrariar, tenho muitas dúvidas que Angela Merkel aceite isso de bom grado.
    Por cá, a TAP também tinha a intenção de distribuir dividendos, e ficou tudo em “águas de bacalhau”.
    Os Hospitais Privados também se estavam a preparar para arrecadar umas receitas por quebras na actividade, por conta do Covid 19, e já alguém lhes disse para “tirarem o cavalinho da chuva”.
    A BRISA, que tem uma concessão em moldes diferentes das outras autoestradas, da Ascendi, também me parece que vai ficar muito aquém do que pretende.

    Já agora e para rematar, o nosso BE, irmão português do Die Linke, alemão, também propôs uma ajuda de 15.000.000 de euros para a CS.
    Mas em que moldes? Qual o critério?
    Mas qual Comunicação Social? Os jornais com versões em papel? Ou os digitais, como o Observador? Ou pior ainda, àquelas televisões que pagam uma fortuna vedetas como a Cristina Ferreira ou o Manuel Luís Goucha?
    Bom senso, precisa-se.

    • Ana Moreno says:

      Viva Rui, trarei notícias, caso a distribuição de dividendos pela BMW não for adiante.. duvido muito, mas seria uma óptima notícia. Para isso o governo alemão teria que produzir legislação restritiva em relação ao layoff e a dividendos.
      Sobre o que o BE reivindica para a CS, não sei pormenores, nem subscrevo tudo, seja que partido for.
      Abraço e precaução!

      • Ana Moreno says:

        Aliás, embora sendo do partido die Linke, Sahra Wagenknecht está longe de não ter as suas próprias opiniões, razão pela qual teve sérios problemas com o dito partido.

        • Rita Alves says:

          És mesmo burrinha ou é só por ser canhota?
          Ainda não percebeste que a ajuda não é à empresa mas sim aos trabalhadores, via empresa ?
          É muito difícil perceber caramba!
          Se não houver ajuda a empresa como não precisa de mão de obra ( porque não lhes compram os carros ) terá inexoravelmente de despedir .Não pode deixar lá ficar o pessoal a “coça-los”. Mas deves ficar contente , olha só como será bom pro clima, a Greta deve estar radiante.

          Rita Alves

          • Rui Naldinho says:

            Mais um troll. Este disfarçado de Ritinha.
            Conseguiu escrever um montão de alarvidades em meia dúzia de linhas.
            Diz o troll que as ajudas do Estado, na condição de recurso ao layoff é para os trabalhadores.
            Pudera! Devia ser para quê?
            Mas o melhor vem a seguir:
            “Se a empresa não precisa de mão de obra, porque não lhe compram carros, terá inexoravelmente de despedir”.
            Significa isto dizer, que não tendo receitas, não pode pagar salários, despedindo-os. Coisa essa que até é comum ver-se quando uma marca tem enormes quebras nas vendas. Por exemplo, a General Motors. Nada de novo, que não se passasse antes do Covid 19.
            Só que problema só se coloca, não pelos prejuízos, mas pelo pagamento de dividendos aos acionistas, neste período de emergência.
            Mas sem receitas das vendas de automóveis, ou seja, sem entrada de dinheiro novo, como vai pagar dividendos aos acionistas, não hipotecando o seu futuro?
            Então se não vende, como é que vai arranjar o dinheiro para a seguir prosseguir a sua actividade?

            É lógico que a resposta é muito fácil. Não há troll que não a vislumbre.
            Pede à Ritinha, que é pessoa sabidona, pronta a aligeirar um qualquer truque de engenharia financeira.

          • POIS! says:

            Pois é!

            Para a Ritinha a crise resume-se a dois prementes problemas: os tomates do operariado e as respetivas comichões. Pelos vistos, na indústria automóvel pelo menos, as crises provocam micoses testiculares em cadeia que só podem ser resolvidas com o despedimento dos afetados, a menos que haja alguma ajuda estatal para problemas tão…chatos!

            Deve notar-se que lá no sector só trabalha gente com tomates. Quem não os tem arranja-os como fez a Ritinha que, para os obter, teve mesmo de vender grelo ao quilo no mercado. Ficou a greta mas, no caso em apreço, pouco radiante.

            Por razões ainda mal apuradas a pandemia de micose testicular automóvel não afeta nem os CEOS nem os acionistas, pelo que pode manter-se uma altissima produtividade mesmo sem se fabricar qualquer automóvel.. O que justifica amplamente a distribuição de dividendos.

          • Paulo Marques says:

            O provado é muito eficiente, por isso é preciso ajudá-lo. Como? Cria-se um moeda para serem mais competitivos à força, basta enganar os outros com promessas de coesão. Não chega para garantir o gigantesco lucro? Não faz mal, o estado faz um acordo entre empresas e trabalhadores para garantir que os salários não se mexem. Foram apanhados a quebrar a lei que impede alguns danos ao planeta? Deixem lá, a mãezinha põe dinheiro para continuarem a ganhar bem. Há uma crise? Ora bem, é preciso manter a sobrevivência dos criadores de emprego que não podem fazer face às despesas do seu plano de reforma no Panamá.
            Tanta eficiência mercantil, estes bárbaros.

    • Rui Naldinho says:

      “Pode alguém, em consciência, ter opinião contrária???”

      Pode, claro. Uma série de troll’s que vão aparecer por aqui.

  2. JgMenos says:

    Chamar ‘auxílios estatais às empresas’para que estas mantenham salários a trabalhadores que não trabalham, é a última das acrobacias esquerdalhas.

    Mas na substância compreende-se por um dos princípios fundamentais do esquerdalho: quem investe em acções ou obrigações é ladrão ou descende de ladrões.

    Se por acaso o accionosta é um fundo de pend«sões de esforçados trabalhadores, a coisa complica-se um bocado e o melhor é não falar nisso.

    • POIS! says:

      Pois continuam a ouvir-se…

      Bizarros e lancinantes sons a ecoar na oca cabeça de JgMenos!

      TILT! KLANK! ZINK! PONG! TAPUM!

    • POIS! says:

      Pois pois!

      Citando JgMenos: “Se por acaso o accionosta é um fundo de pend«sões de esforçados trabalhadores, a coisa complica-se um bocado e o melhor é não falar nisso”.

      Fundo de quê? De pensões? Ahhhhhhhh! Ahhhhhh! Ai que o JgMenos é tão cómico! Ai que nem posso! Ahhhhh! De pen…pen…pen…sões?Ah! Ahhhh!Ahhhhh!

      Não me ria tanto desde que o outro caiu da cadeira!

      Vamos lá a ver: desde que começou a treta dos “fundos de pensões” quantas vezes já viu V. Exa. desaparecerem as poupanças dos subscritores? Só nestes últimos 20 anos já são umas quatro vezes, fora uns problemas menores. Não são precisos esquerdalhos nenhuns para os mandar abaixo. Os próprios “mercados” se encarregam disso!

      A paralelipipédica quadratura da cultura económica e política de V. Exa, limitada a um conjunto de ideias feitas cimentadas em conversa de tasca à hora do fecho, de origem salazaresca-cavaquesca-passesca.ainda não lhe permitiram entender minimamente o que se está a passar por esse mundo fora.

      Em breve constatará que o Mundo está dominado por esquerdeiros de todo o tipo feitos a partir da reciclagem de liberais-capitaleiros austeritários, agora com o cuzinho a arder.

    • Paulo Marques says:

      São auxílios? São, pois claro, que o estado não se deve meter na economia. São estatais? Pois, vêm do estado. São às empresas? É na conta destes que cai o dinheiro, sim.
      Independentemente de ser bem feito ou não, são isso que são.
      Mas é bonito ver o Menos a admitir que os fundos de pensão não dão lucro sem o estado, restando a pergunta de para quê as rendas aos intermediários. Fica para outra altura, portanto.

  3. Chega, Menos! says:

    “Se por acaso o acionista é um fundo de pensões de esforçados trabalhadores, a coisa complica-se um bocado”

    Mas algumas acionista é fundo de pensões do que quer que seja?
    Nem para ele, quanto mais para os trabalhadores.
    Acreditas mesmo que algum acionista se atravessa com património próprio? 🖕🖕

    • JgMenos says:

      Pior que burro, é o fiteiro que faz-de-conta que não sabe quando não quer que saiba.

      Este idiota julga que mais algum país alguma vez entrou na cena de pensão igual ao último salário, por conta do contribuinte, como no paraíso falido dos esquerdalhos?

      • anticarneiros says:

        JgMenos

        Essas coisas, tu como guarda livros deves saber.
        Saberá ou é treta de contabilista

      • POIS! says:

        Pois tá bem!

        E o que é que V. Exa. “não quer que saiba”? Qual é o país em que vive? Sim, que neste não é de certeza. Onde será?

        Vamos tentar adivinhar. só pode ser um país para ai…do Médio Oriente.

        Cá p’ra mim V. Exa. tem razão em lamentar-se: deve andar a labutar feito camelo lá pelos orientes e ainda tem de gramar os olhares trocistas dos exploradores petroleiros reformados. Sem dúvida que é injusto!

  4. Katrin says:

    Das Support-Geld, das Sie erhalten, wird verwendet, um Mitarbeiter von hier aus zu bezahlen (aufgrund von CoronaVirus). ist die Spezialität der Linken überall, immer lügen und verwirren.

    Katrin

    • British says:

      What ?

    • JgMenos says:

      Dizes muito bem, Katrin.
      São uns treteiros.

      • POIS! says:

        Pois boa!

        Se a Catarininha fizer como JgMenos. e meter o douto comentário do dito no tradutor vai ter cá uma surpresa! Ahhhhhh! Ahhhh! Ahhhhhh!

    • POIS! says:

      Pois is est klar!

      Die Straße hochgehen,
      Eine Schnecke kommt herunter.
      Liebe Katrin vorsichtig! Nicht ausrutschen!
      Das gibt die Sonne auf deinem Rücken!

    • Paulo Marques says:

      Claro, toda a gente sabe que são todos muito obedientes e que nem um cêntimo é gasto em leitões na Bairrada. Pode lá ser.

  5. Julio Rolo Santos says:

    Presumo que não haverá distribuição de dividendos na VW nem em nenhuma empresa num momento de crise sanitária que levará, inevitavelmente, a uma crise financeira severa. Não seria de esperar outra coisa. O que não entendo é o porquê do apoio financeiro às empresas com o argumento destas não procederem a despedimentos o que, para a pouca credebilidade que nos merecem a maioria dos nossos empresários, é dinheiro deitado fora.

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