Esta semana foi bastante animada. Uma semana em que eu acabo a dizer “que é impossível este Governo bater mais no fundo”. O impressionante, e que é de dar mérito, é que nos conseguem sempre surpreender.
Foi notícia por todo o país a presença de António Costa na comissão de honra na candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. Gostei de ver que apenas uma situação foi capaz de expor o lixo que temos na nossa política. Por incrível que pareça, eu não acho que um político não se possa envolver no futebol. Não me parece correto limitar essa liberdade. É lançar suspeitas para uma certa área, neste caso, o futebol. António Costa não integrou a comissão de honra de um simples candidato, integrou a lista de um dos maiores devedores à banca que há em Portugal. O Primeiro-Ministro que os portugueses escolheram gozou com a cara destes mesmos, ao apoiar alguém com responsabilidade em enormes dificuldades que muitas famílias passaram e passam. Mas este raciocínio parece muito complexo, quando tens um lugar para defender. Da esquerda à direita, tivemos pessoas a defender o PM e alguns em silêncio. Sim, porque defender o povo português contra a corrupção é bonito, menos quando me pode afetar para sempre. André Ventura é exemplo disso.
O mais bonito no meio disto tudo, foi ter sido Luís Filipe Vieira a retirar o Primeiro-Ministro da comissão de honra.
Tudo isto é bastante confuso, mas há certezas que ficam. Há uma enorme promiscuidade entre o PS e o Benfica de Vieira, com o consentimento daqueles que não querem enfrentar instituições tão poderosas. A esquerda não quer perder o poleiro e por isso assiste tranquilamente a estes tiques anti-democráticos. O principal partido de direita, o PSD, é um tentáculo do PS e não é capaz de fazer oposição séria. Esta falta de representação dos interesses do cidadão leva a revoltas que se refletem no crescimento de um partido sem ideias, o Chega.
Os portugueses continuam a achar isto normal e correm o risco de um dia acordar a pensar no tempo em que era possível mudar isto. Enquanto um ministro dizer de forma inocente que tem uma aversão ao azul revoltar mais do que este despotismo da classe política, estamos mal. São estas coisas que me fazem quase querer desistir de Portugal. A diferença está no quase.
Por isso, obrigado PAOK por teres derrotado o clube que tanto mal faz ao meu país. Em 2023, é a nossa vez. (Não escondo que me ri baixinho, devido à confiança que tenho no atual país)
Bonito !
A “moirama” toda caladinha !
Aposto que estão todos a pensar se de facto o Nietzsche tinha uma grande paixão pela irmã,ou se Deus em vez de morto,está apenas adormecido.
É gente muito pensadora.
Ena! Um apoiante do Chega.
Quando António Costa chegou ao poleiro pela mão do BE e PCP, pondo fim ao reinado da Troika, pela mão do Pedro Passos Coelho e do irrevogável Paulo Portas, Populista Mor do Reino, “pensei eu de que”, alguma coisa iria mudar neste PS, em termos de postura individual e colectiva, como estrutura partidária. Um partido dizimado no plano ético e moral, já nem falo no plano da Justiça, pelo desastre que foi a governação de José Sócrates durante sete anos.
Os políticos contrariamente ao que muita boa gente pensa, são bem mais “burros” do que o comum cidadão, apesar de muitos deles estarem carregados de canudos universitários e pós graduações em toda fanfarronice que hoje campeia nas academias. Confundem a capacidade técnica e intelectual que dispõem, por mérito próprio, maioria das vezes, com valores bem mais importantes nesta vida, que são a honestidade, a justiça, o bom senso, a humildade, o pragmatismo, a parcimónia, entre muitos outros atributos que fazem um cidadão responsável.
Se é verdade que o PS numa primeira fase da Geringonça, percebeu que sem o apoio dos outros partidos à sua esquerda, jamais governaria a legislatura anterior, mal as coisas começaram a melhorar, depressa se esqueceu dos companheiros que lhe deram a mão, mas, pior ainda, reencarnou logo que se sentiu seguro com as sondagens, no seu velho registo e praxis política: “Eu quero, posso e mando”.
A sucessão de episódios de endogamia dentro da administração pública é um bom exemplo, ultrapassando os limites do razoável.
As eleições autárquicas com uma vitória estrondosa no plano regional e uma derrota desastrosa do PSD, o pior resultado de sempre, foi o ponto de viragem no comportamento dos socialistas, com uma sobranceria nunca vista, da sua parte.
Uma das coisas que o PS também nunca percebeu foi que as eleições autárquicas se diluem nas eleições legislativas, e com isso, para se alcançar uma maioria absoluta é necessário uma votação maciça num determinado projecto político com números bem mais altos do que nas autarquias. Cavaco perdeu umas autárquicas e a seguir alcançou uma maioria absoluta, com dois anos de espaço temporal.
Esta atitude de António Costa ao aceitar entrar na comissão de honra da lista de Luís Filipe Vieira, demonstra acima de tudo uma enorme falta de sensatez, mas também de vergonha.
Mas eu até percebo as razões pela qual Costa e Medina deram este passo. Espero que em falso. Como também percebo os passos anteriormente dados por Fernando Gomes, ex Presidente da Câmara do Porto, e por Rui Moreira, actual Presidente, da mesma edilidade.
Há uma turba no futebol com enorme peso eleitoral. Essa turba não está nem nunca esteve preocupada com a situação do país. Muitos deles até nem votam. Vivem da sua paixão clubista. Alimenta-se desse fervor e dessa raiva como uma espécie de estimulante para o espírito. São muitas vezes irracionais. Apontam o ” roubo de Catedral ” num qualquer fim de semana aos outros, mas esquecem-se de que foram beneficiados na semana anterior. Admitem todo o tipo de tropelias e sacanices, contra o adversário, desde que isso lhes traga a glória. No futebol ainda vivemos na Idade Média. Há que ganhar a batalha a qualquer custo e fazer o respectivo saque no final.
Sabendo que tudo isto funciona no plano psicológico e social desta forma, em vez de se comportar como um cidadão de bem, com responsabilidades políticas acrescidas por ser o PM de Portugal, António Costa numa atitude oportunista e irresponsável resolveu deitar tudo para trás das costas, ingressando na turba. Quem sabe pensando que com isso uma hipotética maioria absoluta se torne mais fácil, da próxima vez, não porque os sócios e simpatizantes do SL Benfica lhe reconheçam o mérito de ser o mais competente e o melhor, nos destinos do país, mas porque como simpatizantes do clube encarnado, António Costa ajudará a blindar o clube e os seus dirigentes das ações da Justiça e do Fisco.
A turba Benfiquista, pelo silêncio ensurdecedor que vai nas redes sociais; estamos a falar do maior clube nacional em número de adeptos, demonstra bem como António Costa é também ele um calculista. Não dá ponto sem nó.
Esperava-se um movimento de indignação em massa, mas não.
Portugal bem pode choramingar todos os dias pelas crises económicas sucessivas, sem fim à vista, pela pobreza endémica em que sempre vivemos, com melhorias pontuais, aqui e acolá, mas nunca sustentadas numa verdadeira mudança de paradigma. Vamos sempre de arrasto pela mão dos outros.
Tudo isto porque estamos sempre preocupados com “o cisco no olho do vizinho”, mas nunca olhamos para as nossas próprias fragilidades, com especial incidência a nossa enorme falta de coerência nos actos que praticamos.
António Costa sabe isso e resolveu explorar essa vertente. O nosso pior lado.
Mas o PSD teve maior oportunidade do que o PS para governar e não conseguiu, porquê? simplesmente porque não teve capacidade negocial para fazer aprovar o seu orçamento. Em democracia, governa quem tem maioria parlamentar e não quem ganha eleições, sem maioria absoluta. No tempo da outra senhora é que se governava independentemente de se ganhar ou não as eleições.
Costa e Medina, Costa e Medina, Costa e Medina…
É impressionante a desfaçatez desta gente, comentadores, jornalistas, televisões, todos.
Nunca mais citaram Duarte Pacheco e Telmo Correia, etc.
Só Costa e Medina, Costa e Medina, Costa e Medina…
Tamanha desfaçatez parece ser a sua, quando pretende colocar Duarte Pacheco, Telmo Correia ou mesmo Fernando Medina, no mesmo patamar do que António Costa.
Mas ainda assim, o PS fez logo questão da apoiar Luís Filipe Vieira com duas figuras de peso. “Um Camião TIR e um veículo pesado”. Os outros dois não passam de momento, de dois veículos ligeiros a precisar de um restyling, dada a conversinha fiada a que nos habituaram. Não estou com isto a desvalorizar a sua participação nesta traficância medonha entre a política e o futebol, onde quase todos os grandes clubes procuram alavancar-se, em especial com autarcas. Mas sejamos intelectualmente honestos. Dois políticos, um sentado na cadeira do governo, como mais alto titular deste, e outro sentado na cadeira da maior autarquia do país, em contraponto com dois homens cujo peso se dilui no meio de 230 deputados, não é a mesma coisa.
Isso sim é um exercício de hipocrisia.
Sempre detestei a direita pelo seu falso moralismo, ou pelo branqueamento dos seus roubos e falências fraudulentas, mas jamais venderei a alma ao diabo, para defender este comportamento irresponsável e desavergonhado de António Costa. Mais até do que o de Fernando Medina.
Se queremos que Portugal saia deste pântano em que se atolou nas últimas décadas, temos de começar por mudar os nossos próprios comportamentos, combatendo este tipo de expedientes que só nos diminuem como povo.
Há uma turba no futebol com enorme peso eleitoral. Essa turba não está nem nunca esteve preocupada com a situação do país. Muitos deles até nem votam. Vivem da sua paixão clubista. …
Apontam o ”roubo de Catedral” num qualquer fim de semana aos outros, mas esquecem-se de que foram beneficiados na semana anterior. Admitem todo o tipo de tropelias e sacanices, contra o adversário, desde que isso lhes traga a glória. No futebol ainda vivemos na Idade Média.
Outra vez carregado de razão, Naldinho.
Só falta perceber, ou querer perceber, que para o PS, o António Bosta e o Merdina isto é a pontinha do iceberg. E que o iceberg é do tamanho de Portugal.
Nada em Portugal, nem sequer a Laranja Podre, é mais podre que o PS. O Trafulha 44 não foi um acidente; foi um corolário.
Outra coisa: nesta partidocracia só carneiros ainda votam. A menos que votem NULO. O voto nulo é o único voto útil.
.Filipe Bastos “A menos que votem NULO. O voto nulo é o único voto útil.”. Ou seja, traduzido por miúdos, APOIAR MATEMÁTICAMENTE o P”S” + P”S”D. Não! Muito obrigado.
“Em 2023, é a nossa vez.”. Como disse? O vinho do Porto anda marado. (Por isso é que temos todos de pagar este ano para os sustentar no ” armazenamento” do tintol ás ” buonas famiglias do Norte, que têm de manter os seus preços do Barca Velha tão acessíveis mas ,isso é outra conversa !) Ora não querem lá ver; As putas ofendidas… agora devem de ser todas manicuras! Como é possível estes alarves cuspirem pró ar e pensarem que os escaros não os atingem? Onde têm andado? Aceitaram
e Aceitam tudo de um bandido ” o quinhentinhos” do Porto com dentes de marfim, o barão de Braga, o Valentão, o canalha de Guimarães, o Arcos de Valdevez, etc, etc.
Lavam alarvemente a boca ainda cheia de francesinhas, como se aquela merda fosse gourmet ! Vem-lhes logo o ranço suado á moda ” do norte”. São uns escravos plenos de clubismo agudo. Um alarve fala da ” moirama”… e é português!?? O dono da postada? Uma bosta trauliteira que só vê meio país … e outro que dispara ” inocentemente” em tudo que mexe… e, é curioso quando se poe a fazer” comparações”! Como se não fossem TODOS UMA MERDA com camarotes GOLD! Badamerda.
Para este jovem o Chega não tem ideas . Tem ideias e ideais . Fascistas .
Depois para sua informação Portugal não é só o Ps , o PSD e o chega . Há mais mundo .