Pensamentos lapidares de uma cultura nacional que vai custar muito mudar, para se conseguir melhores níveis de exigência e, também, de conduta:
- Rouba mas faz obra.
- São todos iguais.
- Todos querem mama.
- Se estivesses lá fazias igual.
- Se eu pudesse também comia.
- Não vai dar em nada.
E o mais lapidar de todos:
- Estou-me a cagar.
Mudar isto é o grande desafio, pois não bastam leis. É preciso gente com vontade e com poder para o fazer.
Até lá, resta o estado de alerta reactivo da sociedade civil.
Não bastam leis, mas sem elas fica impossível.
E a matilha não passa de anúncios a que se seguem enganos!
Não bastam regularizações, é preciso que os dados não desapareçam. E que as dívidas à SS não expirem.
comentários populares sobre a torre bela:”os javalis estragam tudo,se fosse eu fazia o mesmo e ficava de barriga cheia,os empreendedores querem dinheiro já,e arvores há muitas(eucacliptos,olival intensivo,amendoal intensivo,que dá tudo muito dinheiro,e seca as fontes,mas água que se lixe,aliás há muita),uma cunhazita para 775 hectares não é nada,e os coelhos morreram por causa da doença(os caçadores nunca fizeram nada),e os tordos são todos apanhados na fronteira,ora por espanhois ora por marroquinos.SOMOS TODOS IGUAIS.
“gente com poder para o fazer” não chega. Tem que ser gente que tenha poder e queira fazer, também.
A corrupção já é parte integrante da norma democrática (de inspiração anglo saxónica).
Uma democracia aonde o sistema judicial não protege a presunção de inocência, é própria de uma república das bananas.
Uma liberdade de informação que mente por conta de quem beneficia dessa mentira e não é sancionada, é própria de uma república das bananas.
Uma empresa que foge ao fisco usando bancos offshore e não é multada ou fechada, é própria de uma república das bananas.
Conclusão: muitas das repúblicas que se dizem democráticas não são senão repúblicas das bananas.
Bons exemplos, mas não são todos iguais. Estes são cúmplices ou coniventes, logo condenáveis:
— Rouba mas faz obra.
— Se estivesses lá fazias igual.
— Se eu pudesse também comia.
Já estes, quando aplicados à classe pulhítica, banqueira e pseudo-gestora, são meras constatações:
— São todos iguais.
— Todos querem mama.
— Não vai dar em nada.
E é por estas últimas que surge a lapidar:
— Estou-me a cagar.
Quem conclui, geralmente após décadas de revolta e frustração, que vive numa partidocracia podre e a saque, tolerada por uma vasta maioria de carneiros apáticos, que mais pode fazer senão cagar-se para ela? Desatar aos tiros? Às bombas?
Movimentar e organizar a classe para ir para a rua, à grande e à francesa. Como é areia a mais para a minha camioneta, mas esperança e alternativa faz parte do processo, mesmo sendo irrealistas.