Willkommen!

Sejam bem-vindos, ó profissionais de saúde alemães.

Antes de mais, pedimos desculpa pelo facto de se saber primeiro na Alemanha que vocês vinham para cá ajudar, sem que aqui se soubesse ainda.

É que isto sem a pandemia já era um pandemónio, com a bronca de um ucraniano a morrer às mãos do SEF, um Presidente a fazer striptease em campanha por uma vacina que depois não houve, uma candidatura martelada ao lugar de Procurador da União Europeia, entre outras cenas tipo.

E aquela coisa do Cavani não ter vindo para o Benfica, também não ajudou nada.

Enfim, tem sido só scheisse.

Mas, como podem ver, tivemos o cuidado de vos colocar num hospital privado.

O que não é para qualquer um.

Olhem que nesta terra, recorrer aos privados só mesmo depois de esgotar o parque automóvel das ambulâncias às portas das nossas urgências.

E, também, porque há sempre comunicação social e sociedade civil a meterem nojo.

Compreendam que os nossos recursos são parcos, e se queremos continuar a ser o país que menos gasta com a pandemia, temos de manter este esforço.

Atenção que não é austeridade. É esforço.

De qualquer forma, vindos de tão longe, era só o que faltava se iam agora andar de ambulância em ambulância para assistir ao povo, às portas das urgências do Santa Maria.

Ainda para mais com este tempo.

Mas, dizia eu, que são muito bem-vindos.

Fazem-nos um jeito do caraças.

Imaginem que temos imensos profissionais de saúde a trabalhar no estrangeiro. Principalmente enfermeiros. Que foram para fora à procura de melhores salários e progressões na carreira e outras coisas assim.

E nenhum parece estar com ideias de voltar para cá e dar uma mãozinha.

Malandros!

Mas, o que importa é vocês estão cá. E até trouxeram material auxiliar.

Pena não ter sido no Natal, pois faziam de Reis Magos.

De qualquer forma, se precisarem de alguma coisa, seja o que for, até mesmo umas sandes de pernil, é só dizerem.

Estejam à vontade e obrigadinho.

Breve pensamento avulso sobre a corrupção

Pensamentos lapidares de uma cultura nacional que vai custar muito mudar, para se conseguir melhores níveis de exigência e, também, de conduta:

  • Rouba mas faz obra.
  • São todos iguais.
  • Todos querem mama.
  • Se estivesses lá fazias igual.
  • Se eu pudesse também comia.
  • Não vai dar em nada.

E o mais lapidar de todos:

  • Estou-me a cagar.

Mudar isto é o grande desafio, pois não bastam leis. É preciso gente com vontade e com poder para o fazer.

Até lá, resta o estado de alerta reactivo da sociedade civil.

Em causa: a coragem dos Ministros da Energia em relação ao TCE

Ontem e hoje está a decorrer a reunião do Conselho de Ministros da Energia da UE. Em cima da mesa, devido à enorme pressão da sociedade civil, está o Tratado Carta de Energia (TCE) – o maior obstáculo à luta contra as alterações climáticas na Europa.

É este um momento especialmente explosivo, dois dias antes da Conferência da Carta da Energia, que se realiza quarta-feira/quinta-feira desta semana.

Conseguirão os Ministros aprovar uma estratégia para a retirada colectiva da UE do TCE?

Até agora, os governos têm-se remetido para o processo de modernização do TCE que está em curso. Mas as alterações relevantes ao tratado exigem unanimidade dos membros, o que, segundo revelam as negociações, não é atingível. [Read more…]

Saúde, meio ambiente e clima não são negociáveis!

Os receios em relação à receptividade do novo comissário europeu para o comércio, Phil Hogan, para vergar os padrões europeus ao interesse superior do grande negócio, revelam-se, deploravelmente, mais do que fundados.

O novo comissário parece, sem escrúpulos, querer superar o desembaraço da anterior Cecilia Malmström – que, pelo menos, sempre cumpriu as ordens do Conselho da EU. No contexto das mais recentes negociações, Phil Hogan, confrontado com as exigências dos EUA de mudar as regras da UE sobre resíduos de pesticidas nos alimentos, tratamento químico de aves de capoeira (‘galinhas cloradas’) e OGM declarou que vai procurar soluções para essas “barreiras regulatórias”. Ou seja, no maior secretismo, a Comissão está a pôr em cima da mesa o sector que não faz parte do mandato das actuais negociações, nomeadamente agrícola e alimentar. E a preparar-se para dar mais um chuto ao princípio da precaução.

Tudo para agradar a Trump e evitar que este realize a sua repetida ameaça de impor taxas aduaneiras aos automóveis europeus.

Mais de 100 organizações da sociedade civil de toda a Europa alertaram, numa declaração conjunta, para o perigo de as negociações comerciais UE-EUA virem a pôr em risco medidas adoptadas pela UE para proteger padrões de qualidade, a saúde pública e o meio ambiente, bem como o seu próprio “Acordo Verde Europeu”, por exemplo no que toca aos pesticidas.

Assim: [Read more…]

Prepotência em defesa do modelo neoliberal

De 10 a 13 de Dezembro terá lugar a 11a Conferência Ministerial da OMC (Organização Mundial do Comércio), em Buenos Aires, Argentina (a primeira vez na América Latina). Como em todas as anteriores, está prevista uma forte presença de centenas de organizações da sociedade civil que, com manifestações, workshops e debates protestam contra a dominância dos interesses económicos de poderosos bancos, fundos de investimento e multinacionais nesta organização que visa a liberalização e desregulação dos mercados e a privatização de bens públicos. A contradição entre os objectivos de sustentabilidade globais da UN e o desregulamento comercial multilateral é varrida para debaixo do tapete, o combate à pobreza não tem lugar na agenda.

Desta vez, e pela primeira vez na história da Organização Mundial do Comércio, o Governo do país anfitrião, chefiado por Mauricio Macri, decidiu à última hora revogar as credenciais de dezenas de activistas e observadores da Europa, Ásia, África e da América Latina que tinham já obtido a sua acreditação junto da Organização Mundial de Comércio, impedindo-os assim de participar e recusando-lhes a entrada no país. Obviamente, está-se perante um grave precedente em matéria de relações internacionais e de uma violação dos termos do acordo com o país anfitrião que, conforme numerosas ONGs exigem, não pode ser aceite pela OMC.

Sem sequer apresentarem razões formais para a revogação das credenciais aos representantes das ONGs, as autoridades argentinas alegaram no entanto “preocupações de segurança”, devido a “incitação à violência para gerar caos” supostamente ocorridas nas redes sociais. [Read more…]

Se puder, vá mesmo!

Foto de Paulete Matos

É conhecida a enorme dificuldade da sociedade civil portuguesa em articular-se de forma organizada. Interpretações das causas há várias; ocorre-me a recomendação da Carla para a análise em “Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos Últimos Três Séculos”, lembro-me da de José Gil, em “Portugal, hoje – o medo de existir”. Elementos úteis para perceber esta carência de cidadania; e outros haverá. Tenho para mim que uma das causas é a aversão intrínseca dos portugueses à organização; organizar-se é abdicar de um pedacinho de individualismo por mor de uma causa cívica – uma cedência inadmissível para grande parte dos portugueses (sendo-lhes mais fácil tratando-se de uma causa caritativa). Poderia sugerir várias outras razões que contribuem para essa letargia cívica, mas vou directa ao assunto que aqui me traz:

Incitei aqui à participação numa manifestação por uma justa causa – e foi tão justa que foi noticiada a nível internacional. Incitei à participação nesta, porque era esta que se ía realizar nesse dia, como já incitei à participação noutras. Pois não faltaram comentadores a perguntar: então e contra a “irresponsabilidade que permite que morram mais de cem pessoas em incêndios?“; então e contra a corrupção? Isto para já não falar no carimbo de “manifestações idiotas”. [Read more…]

Demo.cratica

O Demo.cratica é mais uma iniciativa de serviço público feita sem qualquer apoio do estado ou dos partidos políticos. É um projecto independente, livre e autónomo dedicado a oferecer uma nova visão sobre o Parlamento Português.


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O Pai Natal Está Para o Imaginário Crédulo Infantil Como A Civilidade Sueca Está Para O Imaginário Fantasista Dos Humanos Na Idade Adulta.

Acompanhem com alguma atenção y cuidado o alto trabalho da Polícia Sueca no caso Assange, depois pensem duas vezes: a primeira (por favor esforcem-se) sem as palas de que é uma sociedade civilizada que está a proceder a acusações; a segunda, que não sendo uma sociedade paradigma de civilidade coisa nenhuma, o que é que tal sociedadezinha é capaz de engendrar, à laia de ser mundialmente apontada como paradigma para a humanidade de excepcional exemplo social?  Y se vos sobrar tempo: economizem-no, poupem-no a tecer imaginações Y fantasias sobre a tal, dita, Sociedadezinha.

É bem melhor Y honesto deliciarem-se com estes produtos magníficos da Hardcore fofo cuja foto do Post é 1 dos exemplos da BOA civilidade ( Sim, a nossa) Made In Portugal. Y sim!: limpem o pó às vossas crenças sobre os tais altamente civilizados. É só imaginação.

SCUTS – residentes não pagam!

Aí está a proposta de Sócrates, quem reside na área ou trabalha na área não paga bem como as empresas. É fácil de implementar, trata-se de uma discriminação positiva que parece razoável e sensata.

Não se percebe ainda se as SCUTS serão estendidas a todo o país ou se esta proposta é para fazer passar as do norte.Se for este o caso é um presente envenenado que os nortenhos devem ,de imediato, repudiar. Principios são principios e a universalidade é a base da justiça, no caso.

SCUTS em todo o país com discriminação positiva para quem vive e trabalha na área! Vale a pena a sociedade civil  lutar, teríamos um país bem mais justo com uma sociedade civil forte e empenhada!

Mais 50 anos de paz com desenvolvimento!

Os últimos 50 anos de paz e progresso na Europa constituem um feito inigualável na história da Humanidade! Pela mão da Social-Democracia Europeia.

Hoje o que está em discussão é a possibilidade de termos mais 50 anos de paz e desenvolvimento, o que passa pelas seguintes opções:

Mais e melhor cidadania – a construção da UE não pode fazer-se ao arrepio dos cidadãos, apresentando factos consumados e sem participação na tomada de decisões que diz respeito a nós todos.

Controlo das contas nacionais – os déficites soberanos são passíveis de serem atacados pela especulação financeira com prejuízos de uma dimensão ainda não totalmente percepcionada. Há que acabar de vez com o “casino”, com os riscos não controlados, com as off – shores, com os edge funds….

Desenvolvimento – mas tudo isso tem que ser feito sem matar o desenvolvimento, sem abafar a criação de riqueza, que na Europa passa por uma economia apoiada na inovação, na investigação e no conhecimento.

Como quem está de boa fé pode constactar, nas outras partes do mundo, apesar do crescimento a dois dígitos, a miséria atinge a esmagadora maioria da população, porque a sua economia assenta nos baixos salários e na inexistência de apoios sociais. Os níveis de produtividade são fundamentais para que as pessoas vivam melhor num mundo globalisado e onde os mercados são cada vez mais competitivos.

Não se progride nem se mantem a paz com a miséria e a exploração, os apoios sociais e um salário digno são ingredientes fundamentais sem os quais as sociedades não progridem. Longe de serem custos, são antes alavancas essenciais à paz e ao progresso. Sem justiça social criamos sociedades violentas ou ditaduras como é exemplo  tudo o que não passa por uma democracia, um estado de Direito e uma economia social de mercado.

É do que se trata hoje nos areópagos de Bruxelas, o que vejo com apreensão, pois os líderes actuais são medíocres .

e(Nobre)cer a sociedade civil

Talvez se inicie aqui a construção de um pilar essencial de qualquer Estado moderno. Uma sociedade civil, esclarecida, com efectivo poder de influenciar as decisões políticas que dizem respeito a todos nós (é preciso lembrar uma e outra vez) capaz de escrutinar o “regabofe” a que chegou a vida partidária.

O sufoco da vida partidária sobre a sociedade civil, os seus cidadãos, contribuintes e eleitores, atinge hoje um desaforo de quem se sente impune, esboroados que estão os pilares do Estado de Direito, que começam com a separação dos poderes democráticos.

Hoje já ninguem duvida que os poderes legislativo, executivo e jurídico são uma e a mesma coisa, com os mesmos actores, a mesma indiferença pela Justiça, pelo inclusão social, pela igualdade de oportunidades. Tudo sob o manto da partidocracia que ganhou “freio nos dentes” por circunstâncias que têm a ver com quarenta anos de “partido único”. Essas circunstâncias já não são hoje correctas, chegou o tempo da sociedade civil se libertar desse jugo infernal que empobrece o país e nos trás na lama dos escândalos!

O facto de um homem que não é nem nunca foi militante de um partido sentir que tem condições de se apresentar a eleições para o único orgão do Estado que ainda mantem alguma autonomia é, só por si, um sinal de esperança!

Os boys e as girls afiam as facas, vasculham carreiras, vida pessoal e amizades, vem aí a difamação, o seu recado vai ser ” nós somos maus mas não há melhor”!

Cumpre-nos ter a oportunidade de mostrar se sim ou não somos uma sociedade civil madura!

A lógica do Estado corporativo

O referendo é a instituição democrática por excelência e praticamente a única que temos em Portugal. Mesmo as eleições, são de tal maneira formatadas pelos directórios partidários, com candidatos tão afastados do povo e dos problemas, que pouco significado democrático têm.

Mas o que se vê é que nós portugueses, pouco poder  democrático temos e, mesmo esse, rapidamente o transformamos em qualquer coisa pouco credível, ao sabor dos interesses de classes, de pessoas e de corporações.

Há casamento gay? Porque não o referendo? Logo vêm à liça os que querem que a Lei passe, interessa lá o referendo! Regionalização? Venha lá a regionalização e depressa que isso do referendo só atrapalha. E o referendo? Não interessa nada, “eles” resolvem, os tais que passamos a vida a criticar, os tais que não têm credibilidade nenhuma, “eles” tratam, e nós, cidadãos, somos pelas nossas mãos os verbos de encher que merecemos ser! [Read more…]

Tony Blair a contas com a Justiça

Um juiz Inglês aceitou a acusação formulada por um magistrado contra Tony Blair por, enquanto Primeiro Ministro, ter mentido ao povo inglês acerca das razões que o levaram a envolver o país no ataque ao Iraque!

Os que acham que a Democracia e o Estado de Direito não é o melhor dos sistemas para governar um país deveriam reflectir sobre esta notícia.

Enquanto cá, em Portugal e na UE, um dos homens que mentiu a tudo e a todos, Durão Barroso, recebeu como prémio ser promovido a “grande irmão” como paga por estar ao lado dos “Bush” deste mundo. Na velha e democrática Inglaterra, que se vê atacada por terroristas que se acolhem nas sua generosidade democrática, um ex-primeiro- ministro é chamado à Justiça. Por ter mentido ao seu povo!

É capaz de não ser necessário mais argumentos. Quem não quer entender a diferença jamais entenderá…

E já se tinha percebido, para quem quer ver, porque perdeu Tony Blair a corrida à Presidência da UE. Foi o seu próprio país que não o apoiou. É fácil, muito fácil, ignorar o que faz a diferença, mas é mais dificil perceber que o Estado de Direito dá muitas garantias de exercício dos Direitos cívicos. Nós, cá em Portugal, não temos uma sociedade civil forte, que se faça ouvir. Temos esse direito mas não o exercemos. É mais fácil colocar postes como este.

E dizer mal dos países democráticos!

Entretanto, vamos dando toda a simpatia a sistemas que mantêm os seus povos na idade média, as mulheres humilhadas, que apoiam ataques terroristas, que dominam as manifestações populares com assassínios e prisões em massa, sem qualquer garantia de verem os seus direitos defendidos por um advogado ou por uma imprensa livre (ou perto disso).

Os US nem sequer têm um sistema de saúde para proteger os seus cidadãos, usam a força (o mais poderoso usa a força, sempre!) é quase um pais desumano pela competitividade desenfreada, é tudo isso, mas lá os direitos são exercidos.

E os senhores do Iraque um dia destes vão responder em Tribunal.

As falências não falecem

Todos os dias temos notícia de falência de empresas deitando para a o desemprego milhares de trabalhadores.

 

Inexoravelmente, a crise, pese embora a propaganda e os números falsos atirados contra a miséria, vai fazendo o seu caminho, perante a incapacidade dos governantes. Da mesma forma que nada são capazes de fazer contra o desemprego, tambem nada são capazes de fazer a favor do emprego, criar postos de trabalho, criar riqueza, única forma de manter o nível de vida das pessoas.

 

Milhões atirados para cima dos bancos, que supostamente chegariam às empresas, pouca relevância têm quando o que está em jogo é a dura realidade do mercado de trabalho, dos mercados que deixaram de comprar ou dos preços que deixaram de ser competitivos.

 

Bem podem os políticos socialistas colocar os seus nas empresas públicas, controlar bancos e escolher a dedo os negócios que ajudam ou os que deixam cair, que não substituem a iniciativa da sociedade civil na produção de bens transaccionáveis e exportáveis e que substituem importações.

 

Endividar o país e construir pontes e autoestradas é fácil , muito fácil. Daqui a dez anos estamos tão pobres e sem tecido empresarial como estamos agora e aí íniciaremos um novo ciclo de obras públicas e assim sucessivamente. Alimentar a besta insáciavel.

 

Desde " o condicionamento industrial de Salazar" que é assim, o Estado e a visão centralista de meia dúzia de grandes grupos económicos, a ganhar dinheiro em monopólio

e/ou em cartel, sem risco, abafando a iniciativa privada, tolerando aqui e ali iniciativas mas nunca fazendo delas " a paixão" de governar.

 

Todos os dias fecham empresas, apesar dos milhões disponibilizados, das medidas gritadas aos quatro ventos, dos 600 000 trabalhadores no desemprego.

 

Percebi bem esta incapacidade quando o ex-Presidente Eanes dizia, que o que mais o horrorizava no poder ,apesar dos imensos meios colocados à sua disposição, era a incapacidade de poder resolver os problemas concretos das pessoas.

 

Ninguem diz a Sócrates que é mais fácil calar uma voz incómoda na TVI do que criar um único emprego?