Deu-me para revisitar autores de diversas ideologias, desde liberais, social-democratas, socialistas democráticos e, hélas, nem um desses teóricos defende que devo pagar testes que outros necessitam para fins recreativos!
Nada tenho a ver com a vida dos outros e acho muito bem que se divirtam tanto ou mais que eu, mas assim como estou habituado a pagar a minha vida social e recreativa, parece-me, no mínimo, inusitado e até inconstitucional o governo e/ou as Câmaras Municipais oferecerem esses testes, ou seja, obrigarem-me a pagar, o que outros precisam para aceder a locais para esse fim!
É por uma questão de segurança colectiva? Por favor, quem pretender estar seguro fica em casa ou, caso não pretenda, pague a sua opção de lazer.
Talvez na China isso ainda seja possível, mas é o primeiro passo de muitos seguintes…
Compreende-se, também são contra os transportes públicos para aceder a tais locais; estranhamente, não à polícia presente ou às câmaras de vigilância pública, mas as liberdades são mesmo assim.
Há umas eleições legislativas para disputar ali para os finais de Janeiro de 2022. E ele está à porta.
Levar para as urnas a lembrança nas mentes lusas do incompetente Cabrita ou a memória do Pinho Socrático, cujas manigâncias políticas nos puseram a pagar as rendas da EDP, já demasiado mau, quanto mais termos a Oposição a zurzir no governo por mais internados nas UCI ou mortos por Covid 19.
Depois de final de Janeiro alguém pagará a conta às farmácias, laboratórios e hospitais dos excessos. O resto é via aberta pró teste à borla, 4 por mês, alguém credível que o faça e envie os dados para o SNS.
Em Fevereiro acabam-se os testes à borla, pelo menos nesta modalidade.
Se o estado obriga sem alternativa, e bem, temporariamente, faz bem em pagar. E parece que, depois de tanto barulho, nada fica vazio, nem a passagem de ano.
Corre o risco de acabar antes de Fevereiro por falta de necessidade, a ver vamos. No que depende da colónia, pelo menos.
Em vez de se insistir na testagem massiva que não resolve nada, talvez fosse mais construtivo investir nos medicamentos que curam a doença e impedem a transmissão. Ou serei eu o totózinho no meio desta caldeirada?
Ó camarada, tirando o facto de não impedirem, e nem fazermos grande ideia de como o fazer, como é que se compete com os States na compra? Mas aí pagar às farmacêuticas, principalmente a mesma Pfizer, já ninguém se queixa.