O estranho fenómeno da twitterização da vida e do desfasamento das novas gerações

Dizem que são “luxury lovers”, ouvem podcasts sobre economia onde jovens brancos mimados que não entendem um cu de economia debitam alarvidades, nunca abriram um livro nem sabem o que é um “relatório” ou uma “ficha técnica”, rejeitam todo e qualquer meio de comunicação tradicional com a premissa de que é tudo “um lixo”, mas adoram youtubers e tiktokers com discursos vazios de “auto-ajuda” e acham que o MaisLiberdade é o pináculo da “literacia financeira” e da independência (spoiler alert: há gráficos para tudo, consoante o que se quiser mostrar e não, não é independente, é da IL) e que o Ventura até diz as verdades (spoiler alert: um relógio parado está certo duas vezes por dia). Acham que comportamentos racistas, xenófobos ou homofóbicos são mera “liberdade de expressão”, e exercem-na no Twitter ou no Facebook, porque nunca leram a Constituição para perceberem que tais actos são crime, não opinião e que liberdade de expressão é outra coisa.

Admiram o Elon Musk de cada vez que este se peida, acham que o Raul Minh’Alma é o melhor escritor português e o Cristiano Ronaldo é o role-model das suas vidas, consomem Prozis porque vão ficar muito bombados (e assim sempre estão na moda), acham que são os impostos o grande flagelo das sociedades, acreditam piamente que uma taxa plana de 15% num ordenado de 1000€ os vai deixar milionários, são contra taxar as grandes fortunas mas ganham menos de 1000€/mês… e vivem num T1 em Gueifões pelo qual pagam quase um ordenado mínimo, compram na Zara e conduzem um Ford Focus…

Não admira que a Iniciativa Liberal tenha tantos bots que a apoiem, quando vende a política como se de um sonho se tratasse, achando que riqueza é mero sinal exterior de quem “lutou muito para lá chegar”, mas depois quem tem de levar com um barbeiro que cobra 8€ por corte e que paga 600€/mês pelo arrendamento de um espaço comercial, mas que acha que vai ser milionário a trabalhar, na caixa de comentários de um qualquer jornal português sou eu.

Dito isto, como não ser a favor de que os putos fiquem sem telemóveis e internet em certos períodos do dia enquanto estão na escola? Sou todo a favor, pois foi muito por essa loucura que é o “se está na internet, é porque é verdade”, que muitos miúdos, hoje já com 18/19/20 anos, acham que a internet, por si só, é o garante do “livrai-nos de todo o mal, amém” que salva as almas “rebanho”, sem se aperceberem, eles mesmos, que tudo o que admiram os torna em ovelhas de um rebanho que não questiona e que aceita passivamente que a classe mais alta vá vencendo a luta com a sua conivência. Isto, numa época em que seria importante incutir nas novas gerações o valor da memória, da cultura, das várias teorias económicas para lá do estudo neo-liberal que é impingido nas faculdades de economia… e, sobretudo, da empatia.

O capitalismo selvagem, a mão invisível que todos vemos actuar, as redes sociais como substitutas da vida activa: há que parar para reflectir se estamos a ir no caminho certo. Até porque, hoje, entrar numa rede social é atrevermo-nos a ler os pensamentos que, outrora, julgávamos que, quem os tinha, os guardasse para si porque deles se envergonhava. O que o capitalismo sem trela produz não é riqueza, mas ricos. Ou gente de classe média-baixa que se acha rica. E muita, mas muita (muita mesmo) mediocridade, alienando as massas com festivais, vales de desconto, jornadas mundiais da juventude… num mundo onde, cada vez mais, estamos todos numa discoteca duvidosa com o David Guetta a tocar muito alto, todos muito bem produzidos, achando que somos únicos e especiais.

É tempo de parar para pensar.

Comments

  1. Carlos Almeida says:

    Bem vindo á pós pós adolescência.
    Mas não era mau que os meninos de 35 / 40 anos pensassem como tu em vez de se preocuparem em pintar as patas com desenhos idiotas ou não.idiotas.
    No meu tempo pintava-se o numero da companhia ou batalhão quando se estava no mato da Guine.

    Mas tens razão.
    “É tempo de parar para pensar.”

    Mas para isso não chega ter o HW. Com o Firmware corrompido por terceiros, o HW só serve para criar piolhos

    Carlos Almeida

  2. Agradeço a dica do Mais Liberdade, saquei mais uns PDF para ler mais tarde……..

    • POIS! says:

      Pois tá bem!

      E aqui o ditado aplicável será…

      “Mais vale nunca do que tarde”.

      Aceite o conselho. É de borla!

    • POIS! says:

      Pois, mas porque não vai antes ler…

      Nenhuma das obras primas do Raul Minh’Alma?

      Ainda não devorou o sublime “Durante O Voo Aprendi A Cair, Mas Parti Uma Rótula e Dei cabo de Três Costelas”?.

      Nem o colossal “Se Me Amas, Não Te Demores, Que Eu Tenho Uma Reunião Às Três Com O CEO Da Editora E Mais Dois Livros Para Escrever Até Amanhã”?

      Já para não falar da sua primeira e seminal obra “Desculpa Mãe, Mas Quem Ganhou A Corrida Dos Espermatozoides Fui Eu”?

      Não leu? Francamente! Que falta de cultura, ó GG!

      • Somos livres……..Raúl ou outros, o que é necessário é podermos escolher e sobretudo haver. Ainda sou do tempo que havia filas para comprar leite, racionado e não chegava

        • Solnado says:

          Estou livre, estou livre ….

          Leva-me ao Estádio da Luz

          Raul Solnado

          • Alguns preferem o tabaco, outros heroína, o futebol também faz parte do leque, haja escolha e dinheiro para pagar os gastos……..

          • Futebolista amador says:

            Estimado GI

            Em que clube de futebol joga ?
            Em que lugar ? E defesa ou avançado ?

        • Paulo Marques says:

          Portanto, foi ao Reino Unido?

        • POIS! says:

          Pois a falta do leite deve ter sido deve ter sido…

          Quando os produtores resolveram emigrar em massa para o Vale do Cõa, para se dedicarem á arte da gravura na pedra.

          Mas houve outra crise, pouco depois, quando o Oliveira da Cerejeira disse que o vinho é que dava de comer a um milhão de portugueses, o que estimulou uma reconversão agrícola
          acelerada, quando milhares de lavradores mataram as vacas e plantaram vinhas.

          Foi, aliás, por essa altura que, por ordens emanadas do Cardeal Cerejeira, o vinho substituiu o leite na missa.

          Resta saber a qual delas Vosselência se refere, para ficarmos melhor esclarecidos.

          • O passado deste país para certos iluminados termina no fascismo.
            “Portugal foi fundado em 1143”, são 839 de bem estar e prosperidade………..

          • POIS! says:

            Pois estou a ver, ó Gqualquercoisa

            Refere-se Vosselência à crise leiteira coincidente com o reinado de D. Afonso Henriques? Parece que o problema, nessa altura, foi a de que os leiteiros eram mouros e os Portucalenses desataram a matá-los para lhes roubar as vacas. As conquistas davam muita fome e a tropa só trabalhava a lume de bifes (1)! Chamem-lhes lá parvos!

            Nessa altura, houve severo racionamento de produtos láteos, que só terminou quando o D. Dinis publicou a “Lei das Seis Marias”, assim chamada em homenagem às amantes que mantinha num paço nos arredores de Leiria, para onde se pisgava sempre que a D. Isabel iniciava uma nova época de milagres.

            Vosselência deve, realmente, ter passado um mau bocado nessas filas de racionamento, até pelas dificuldades de aquecimento. Por tal provação, por favor aceite o nosso respeito e solidariedade.

            (1) Obviamente, mal passados. Aliás, não há guerra que não dê em sangue!

  3. José Ferreira says:

    Muito bem, acho pena chamarem a IL podiam ter chamado o PS e o seu socialismo de todos diferentes todos iguais nivelar por baixo ficamos todos iguais não é? essa pobreza franciscana é a inveja que vos corrompe…

    • Paulo Marques says:

      Chamou a IL porque descreveu a IL, da mesma forma como não podia descrever o PS como defendendo igualdade nenhuma porque tem alguma coisa na cabeça.

      • Anonimo says:

        Descreveu a IL… nada como a ideia da homogeneidade, e de que os nossos é que são bons e virtuosos. Realmente o mundo fica mais fácil de perceber. A religião sempre teve o seu quê de simples e simplista.

        • Paulo Marques says:

          Homogeneidade? Onde? Entre trotskistas, anarquistas, marxistas-leninistas, democratas socialistas e sociais-democratas?
          Em que é que os betinhos a vender a banha da cobra, que já nem sequer os beneficia de tão bem que corre, não são isto?

          • Anonimo says:

            Diziam que vender banha da cobra era a definição de político. Agora é exclusivo liberoca. Eles no fundo gostam é de monopólios, até este…
            Achar que os “alienados” das redes, youtubers e festivais de Verão são os “IL” é o mesmo que dizer que todos os que votam no Trump sao os cis white racistas.

          • Paulo Marques says:

            Certo, por isso a descrição é um pouco mais ampla, não detêm o monopólio de nenhuma. A começar pela TINA neoliberal.

    • Tuga says:

      “PS e o seu socialismo”

      O estimado Sr Ferreira, tem vivido onde. ?

      É emigrante nos Estado Unidos ?

      ” é a inveja que vos corrompe…”

      Olha que a inveja é um pecado mortal, dizem os Srs Padres

      Tente agora uma frase com nexo para ver se eu entendo

  4. Anonimo says:

    Os bots só apoiam aqueles que os criaram. Nem votam coitados.
    Felizmente a IL jamais chegará a lado agum, Portugal está a salvo.
    Entretanto parece que os festivais de Verão estão à pinha. Ao contrário de outros tempos. Veremos a taxa de ocupação do Algarve.

  5. Camaradas says:

    É verdade nesses países ultra , neo , mega , liberais até constroem muros para impedir o povo de fugir do inferno ultra , mega , neo , liberail para o paraíso socialista, viva a RDA e a URSS.

    PS= Mata-te

    • POIS! says:

      Pois…será que não é…o burreiro?

      Eh, pá! Pois é! É o burreiro camuflado!

      É que ninguém diria, tão bem disfarçado está!

      Não admira! Aprendeu com um tipo do grupo Wagner que ficou desempregado e agora anda com ele nas obras.

      Pois…para a RDA, ainda vá que não vá, tá-se bem.

      Agora para a URSS, desculpe lá estragar-lhe a profecia, é que a malta não vai. Aquilo é uma confusão pegada, russos contra ucranianos, ucranianos contra bielorrussos, transnistrios contra moldavos, arménios contra azerbeijões…

      Ná! Não é sítio para umas férias sossegadas! Claro que não se compara com Albufeira cheia de ingleses à noite, mas mesmo assim…

    • João L. Maio says:

      Ó Luís, por que é que tem comentado com outros nomes?

      • POIS! says:

        O burreiro está a testar uma forma avançada de camuflagem porque vai aproveitar as férias para se juntar à ofensiva ucraniana. Vai ter mesmo de ir bem camuflado, ou os russos concentram logo o fogo onde ele estiver, aterrados que estão com tão grande militante anti-soviético.

        O problema foi o “Mata-te”, a terminar o comentário. Denunciou-o logo! Agora estamos arriscados a que caiam bombas russas por todo o país! Lamentável!

    • Nortenho says:

      “É verdade nesses países ultra , neo , mega , liberais ”

      Camarada ou burreiro, ou seja lá quem for :

      Quanto é que a canalha liberoca te paga para vires para aqui vomitar asneiras,

    • Paulo Marques says:

      Não, militarizam a polícia mesmo.

      • Copacabana says:

        Oi ?

        • Paulo Marques says:

          Oi o quê? Qual é a dúvida que militarizam a polícia contra protestos de independência, ambientais, cortes laborais e sociais, anti-racistas, e por aí fora? Ainda estão aqui as fotos dos agentes provocadores nos protestos contra Passos e a troika, que os nossos são pés rapados.

          • Salgueiros says:

            Militarizaram a Policia.
            Esta a falar de que ?. Dos civis armados que não se vêm, porque devem passar o tempo a jogar as cartas nas esquadras, porque civis armados não têm quarteis e pagos com o dinheiro dos nossos impostos. ?
            Estão sempre prontos para ir ás manifestações dos neonazis do Chega

          • Paulo Marques says:

            Os nossos são pés rapados, estamos sempre décadas atrasados, outros têm polícia de choque bem armada e protegida chamada a qualquer situação onde já vai sendo proibido greves e manifestações, mas os nossos ídolos superam tudo ficando com as sobras do sempre renovado exército mais caro do mundo.
            https://en.wikipedia.org/wiki/Militarization_of_police

  6. JgMenos says:

    Quem defende a ‘igualdade, porque sim’ vem depois espantar-se desta adesão massiva a ‘ondas’ comportamentais e de ‘likes’.
    Como a ‘igualdade’ pode promover a responsabilidade individual de definir um caminho próprio?
    E sempre os ‘ricos’ colocados em lugar de destaque, num pacote de uma qualquer outra ‘igualdade’, quando os há na diversidade que sempre se quer negar para fomentar um ódio que, em final, a inveja transforma em culto.
    Enfim, sem novidades…

    • POIS! says:

      Pois citando Menos…

      “Como a ‘igualdade’ pode promover a responsabilidade individual de definir um caminho próprio?”.

      É uma questão que terá de ser, certamente, e como todas, resolvida através da aplicação da Lei da Oferta e da Procura.

      O problema é que pode haver, pelo Menos, um excesso de oferta de igualdade. Se assim for, a curva da Oferta desloca-se para a direita, afastando-se da origem e, coeteris paribus, o ponto de equilíbrio passará a situar-se abaixo do primitivo, ou seja, a cotação da igualdade baixa.

      O que poderá colocar-nos num paradoxo: quanto Menos igualdade houver, mais valiosa esta se torna. Surpreendido? É o mercado a funcionar!

      Realmente, a Mecânica Racional aplicada à Economia é uma verdadeira maravilha!

    • Tuga says:

      JgMenos

      “E sempre os ‘ricos’ colocados em lugar de destaque,”

      Os ricos é que se colocam sempre em lugar de destaque mas não gostam que se saiba.

      O lumpem sempre a defender os ricos, confiantes que estes depois de comerem o bife do acém lhes dêem algum osso para roer.

      Decerto no tempo do Botas já eras assim, um rafeiro lambe botas para teres direito a um osso.

      • JgMenos says:

        Julgas-te feroz como o outro animal das berças?
        Acredito que o fosses se pudesses meter a mão ao prato.
        A tua cambada é que está sempre a propagandear a riqueza, sem esconder a valia que lhe atribuem; rafeirada invejosa e venal!
        Tudo medido por camadas de rendimento, o dinheiro por valor primeiro, o consumo como manifestação do ser, o ter ou não ter como medida.

        • Tuga says:

          Nem todos gerem o comportamento da sua vida como o faziam os PIDES como tu, Salazarento Menor, que eram capazes de vender a família para defesa da ideologia do Estado Novo

        • Tuga says:

          “Julgas-te feroz como o outro animal das berças?”

          Qual será o animal das berças de que estas a falar ?

          O de Santa Comba, mais exactamente do Vimieiro ?

          Que falta de respeito, Salazarento Menor !

          Não se fala assim de um morto.

        • POIS! says:

          Pois ficamos todos, pelo Menos, a saber uma de duas coisas…

          (1) que para meter “a mão no prato” é preciso ser feroz.

          ou…

          (2) que quem mete “a mão no prato” fica feroz.

          Agora se compreende a algazarra que vai lá por casa do Menos a toda a hora. É só urros e pratos partidos! Uma verdadeira desgraça!

    • Paulo Marques says:

      Se deixarem de açambarcar a comida, a saúde, o trabalho, e por aí fora, perdiam o destaque, que para se definir o caminho tem que este existir, mas deixavam de ter lambe-botas também.

  7. Figueiredo says:

    São cada vez mais – felizmente – as pessoas que não possuem perfis nessas empresas a que chamam de “redes sociais”, e ainda bem, aquilo não serve para nada, é só trampa.

    • Tuga says:

      O Fakebook, Tweet e os outros foram desenhados, projectados e implementados para os ToTós que os bandidos donos dessas empresas sabiam que existiam aos milhões na Internet.
      O sionista já tem 3 redes especialmente dedicadas a tansos.
      Não sei se estão a diminuir, talvez do fakebook, emigrem para o inst+** e deste para a nova que o sionista abriu há 1 semana.

      Com tantos totós na Internet é grande negocio, para gente para cujo deus é o dinheiro

      • Anonimo says:

        Não é na “Internet ” que estamos? Ou os blogs sao a aldeia gaulesa dos não totós?

        • Tuga says:

          Tenho conta de acesso à Internet desde 85, na velha Telepac

          Ganho a vida graças à Internet. Felizmente a Internet é muito mais ampla e útil do que os fakebook e outras chamadas redes sociais, onde a concentração de totos é enorme

          Mas cada um está onde se sente acompanhado

          • Anonimo says:

            A superioridade moral é top.
            Contra mim falo, tive esse mesmo discurso da concentração de totós quando vi na tv a recepção ao DiMaria, e depois as reportagens do Nos Alive. Onde “eles” estão é só totós. Aqui, ou no meu sofá, é só malta esclarecida.
            E não, excelso, não tenho qualquer rede social. Não porque não seja totó, que sou, mas apenas porque não descobri ainda utilidade das ditas.

        • Paulo Marques says:

          Embora tenha havido tentativas, não há algoritmos nos blogs a forçar a interação em nome de aumentar os lucros com anúncios, onde por sua vez é sempre possível encontrar falhar por parte de quem tem capital para investir em que nada mude. Pentelhos comparado com o lobbying, como diria o negociante com a troika.

          • Anonimo says:

            Claro, as plataformas em que os blogs estão são boazinhas.
            Os algoritmos não forçam a interacção, embora promovam outras coisas.

          • Anonimo says:

            O mecanismo de dependência (ou “interacção”) está mais relacionado com o interface, não com o chamado algoritmo. O algoritmo tem como base manter-nos satisfeitos e seguros. Obtém-se conteúdo à nossa medida, e que no fundo promova a ideia de que o mundo é como nós o pensamos. Gerar uma espécie de fidelidade, mas não o uso continuado, que até se sobrepõe a outras actividades simultâneas, como ver tv ou futebol.
            A usabilidade, scrolling, resposta imediata, notificações, sons, cores. Tudo feito para aumentar o tráfego. As redes não inventaram o sistema, os casinos usam-no há anos.
            O que não faltam aí são pessoas dependentes (adicionadas, ou aditadas, ou o que dizem agora) das redes, no conceito clínico. Algumas, ainda que pouca, devem ser de esquerda.

          • Paulo Marques says:

            Os algoritmos escolhem os posts que aparecem na feed/timeline/… de forma a aumentar o número de interacções. Para a teoria de que “promov[em] a ideia de que o mundo é como nós o pensamos”, falta explicar como é que um misero erro de ver um vídeo da direita radical para ficar inundado de recomendações “anti-woke”.
            Até tem nome e tudo, e assumido por vários. https://en.wikipedia.org/wiki/Alt-right_pipeline

        • Figueiredo says:

          Os blogues metem num bolsinho as chamadas “redes sociais”, infelizmente caíram em desuso mas podem voltar a ressurgir, pois são a melhor forma de divulgar e produzir conteúdo digital, de comentar, extremamente úteis e práticos – assim como as «newsletters» – basta ter qualidade no conteúdo que se publica e não bombardear os Leitores(as) com publicações e «e-mails».

          Bons tempos os da Blogosfera onde pessoas interessantes e mulheres bonitas, publicavam e comentavam com grande qualidade, sem fotografia, e com pseudónimos ou o próprio nome.

          • Tuga says:

            Tens razão, mas há um problema. Em blogs com este por exemplo, mesmo que não tenha grande dotes de escrita, pode sempre escrever uma linha ou duas a dar a sua opinião, mesmo que depois eventualmente receba respostas de não concordância.
            Mas nas redes sociais, por exemplo no fakebook, a maior parte das respostas que recebe dos inteligentes que por la pastam é um like e nada mais.
            É que nem para vender qualquer coisa aquilo presta

          • Paulo Marques says:

            Acho que não ressurgem como tal, não estou a ver a recuperação da audiência, mas espero que a promessa (original) da Web2.0 descentralizada e conectada ao gosto do utilizador há-de se tornar viável. Só não sei como, que o que existe não é viável ou sério.
            Por outro lado, o Medium, Substack ou Unherd existem, embora o último… não tenha as almas mais abençoadas, digamos assim.

        • Tuga says:

          O Fakebook, Tweet e os outros foram desenhados, projectados e implementados para os ToTós que os bandidos donos dessas empresas sabiam que existiam aos milhões na Internet.

          • Paulo Marques says:

            E para os esquemas, não se esqueça dos esquemas. ₿

      • Tuga says:

        Ainda tive uma conta no Linkedin, que era uma rede para profissionais mas acabei com isso quando os bandidos da Microsoft a compraram e como sempre destruiram tudo.

    • Paulo Marques says:

      Não se percebe o ódio, é uma excelente forma de propaganda e marketing, e controlada como tal. É mesmo ao jeitinho dos seus.

  8. Tuga says:

    Seca em Espanha: locais e animais sem água, mas turistas com piscinas cheias

    https://sicnoticias.pt/programas/reporteres-do-mundo/2023-07-08-Seca-em-Espanha-locais-e-animais-sem-agua-mas-turistas-com-piscinas-cheias-edcf98fb

    E o mercado, dirão os liberocas

    O mercado é o Deus dessa gente

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