Boa sorte, Portugal

Marcelo fez, julgo eu, a coisa certa. Manter o governo em funções, após tantos casos, casinhos e agora este casão, seria a falência total do sistema.

Sim, apesar da maioria absoluta.

Porque a maioria absoluta, tendo legitimidade, não se sobrepõe ao normal funcionamento das instituições.

E faz tempo que as instituições não funcionam forma normal.

Seria, aliás, incongruente. Porque Marcelo garantiu, na tomada de posse do terceiro governo Costa, que o governo estava vinculado à sua permanência. E foi António Costa que decidiu que era o fim da sua própria linha. Repetir a solução Durão/Santana Lopes, que nos deu a maioria de José Sócrates, seria demolidor para a democracia.

Seguem-se 4 meses de guerrilha política como nunca vimos.

Boa sorte, Portugal.

Comments


  1. Não só fez bem, como a decisão como todo era uma reforma estrutural que faz falta.
    Sobre a descascadela ao MP é que desconfio que não se vai ouvir falar muito.


  2. Creio o processo democrático em Portugal está totalmente pervertido.
    O nosso regime não é presidencialista, mas parece cada vez mais …

    • Figueiredo says:

      É da máxima urgência a convocação de um Referendo para que os Portugueses de Raça/Sangue possam escolher a forma de Governo e o Regime que pretendem para Portugal: Presidencialismo-República-Regionalização/Federalismo ou manter o actual Parlamentarismo/Liberalismo.

      O regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974 não tem legitimidade assim como a Constituição de 1976 que não foi sufragada, ao contrário do Estado Novo e da Constituição de 1933 devidamente legitimado e votada pelos Portugueses.

      • POIS! says:

        Pois….

        O “Estado Novo” sufragado???

        Ahhhhhhhh! Ahhhhhh! Ah! Ah! Ah!Ahhhhh!

        Ai que o Figueiredo é tão cómico! Ai que não posso parar de rir! “devidamente legitimado”…Ahhhhh! Ahhhhh! Ahhhh!

        É certo que legitimação não faltou! Até os defuntos votavam a favor! Ahhhhh!

        Bem, ao menos eliminava-se a abstenção! Ahhhhhh! Ahhhhhh! Ahhhh! Já não me ria tanto desde que o outro caiu da cadeira!


      • Este bot faz sempre o mesmo comentário. Como é que isto passa pelo filtro de SPAM?

        • POIS! says:

          Ai o “Figueiredo” afinal é um “bote”?

          A remos ou à vela? Ahhhhh! Ahhhh! Ahhhhh!

          Bem, se for, ainda serve para qualquer coisa. A malta pode saltar-lhe para as costas que ele leva-nos a atravessar o rio.

          Em Lisboa é capaz de ser muito útil, principalmente nas greves da Transtejo Soflusa. Ahhhhhh!

    • Anonimo says:

      O ps tinha legitimidade parlamentar… onde estão os que defendem que não elegemos Governos?
      O Costa afinal é um bocado totó. Não percebeu que o Socas e amigos andavam em negociatas, não percebeu que estes amigos andavam em negociatas… para um tipo tão astuto, algo se passou.
      E as alternativas? Ora, é citar Eça…

      Ao contrário do troikismo, em que a coisa estava mal, a conjuntura para governar e se governar é excelente

    • Janita says:

      O nosso regime político não é presidencialista, mas é semi-presidencialista. O PR tem toda a legitimidade de intervir e agora chegou a hora de o fazer e usar de mão firme na pouca vergonha que tem vindo a acontecer no governo.

  3. JgMenos says:

    A governação parece-se cada vez mais com um recreio de imbecis.
    Quanto ao MP vai demonstrar, a par dessa bandalheira, toda a imbecilidade de condenar que um ministro trabalhe à hora de almoço sendo a conta paga pelo interlocutor.
    Talvez uma cantina em cada ministério resolva o problema…

    • POIS! says:

      “Um recreio de imbecis”? Pois tá bem!

      E ainda não convidaram Vosselência para brincar? Ai os malandros! Bem se pode queixar de discriminação! Ou melhor, de quartopastorinhofobia!

      • POIS! says:

        Pois desconfio…

        Que seria a este comentário que Vosselência queria responder, e não ao de baixo, não é?

        Afinal não há discriminação. Os do recreio apenas interditaram a presença de Vosselência Suína por motivos de higiene.

        São imbecis, mas limpinhos!

        • POIS! says:

          Ah! E só mais uma coisinha…

          Continue, ó Menos, a balelar papaias insultuosas, que a malta quer-se divertir.

          Marre Vosselência à vontade, que as touradas ainda não foram proibidas. E apetrechos não lhe faltam no bestunto! Está muito bem armado!

  4. POIS! says:

    Por que razão caiu Costa? Pelo que se sabe? Claro! De poça em poça, as patas não aguentaram!

    Mas também por outro fator muito relevante: foi a mais recentemente vitima do conhecido “Síndrome de Tavares”.

    E de que se trata? Ora, de um fenómeno amplamente estudado como “case study”. Em tudo o que se mete o Rui Tavares, acaba mal. Exemplos?

    Primeiro o atual: o homem veio a terreno com aquela conhecida cantiga de não ser do “botabaixismo” e até aceitar uma negociaçãozita à mesa do Orçamento. Foi o que se viu.

    Mas antes…vamos ver as argoladas de que me lembro…

    Primeira: quando Tsipras ameaçou enfrentar a UE, tavares logo lhe mandou dizer que estava com ele para dar o peito às balas. Foi da maneira que o Tsipras despachou o Varoufakis e resolveu ceder aos ditames teutónicos.

    Segunda: Em 2015 fez a campanha do “Livre/Tempo de Avançar” (onde agregou uma data de “ilustres de esquerda”) contra o Bloco e o PCP, que apelidou de botabaixistas e partidos de protesto, por não serem capazes de viabilizar soluções. Resultado: não foi eleito e formou-se a Geringonça!

    Terceira: porque julgava que era uma mais-valia exótica, empurrou a Joacine para o Parlamento, escolhida por umas “primárias” meio anedóticas. Foi o que se viu.

    Quarta: voltando à Grécia e arredores, assim que o Varoufakis quis encabeçar um movimento europeu a “Frente da Desobediência Realista Europeia”, logo Rui Tavares o apoiou com desbragado entusiasmo. Resultado: zero deputados nas eleições europeias e, atualmente, está inclusivamente fora do parlamento grego…

    Quinta: Fez uma coligação com o PS para a Câmara de Lisboa, na lista encabeçada por Medina. Tinha até já um lugar de Vereador afiançado. Resultado: o PS perdeu as eleições.

    Sexta: fartou-se elogiar a postura dos “Verdes” alemães que, após uma longa e exigente negociação, foram para o governo em conjunto com os partidos Social Democrata e Liberal, com um projeto político, disse tavares, claro e progressista.

    Resultado: o governo não funciona, devido a constantes desacordos sobre tudo e mais alguma coisa, os partidos que o suportam afundam-se nas sondagens e a extrema-direita cresce exponencialmente (já é o segundo partido, com mais de 20% dos votos). Ultimamente vêm tomando medidas cada vez mais reacionárias, para ver se apaziguam a Direita (sei o que digo, tenho uma filha a trabalhar na Alemanha…).

    Bem sei que homem até é um ótimo investigador de temas históricos (tal não está em causa, já li e vi coisas brilhantes) mas não sei, depois destas argoladas quem é que arrisca a entrar num carro se ele for o condutor…

    • JgMenos says:

      Fica-te pelo humor imbecil, que sempre te disfarça a imbecilidade.

      • Carlos Almeida says:

        Estimado Salazarento

        “Fica-te pelo humor imbecil, que sempre te disfarça a imbecilidade”

        Mesmo em momentos importantes, a única coisa a comentar é com o insulto ?

      • POIS! says:

        Pois, pois, ó Vosselência parvalha!

        Vossel~encia “afinou”? Então foi “na mouche”!

        Infelizmente para Vosselência, não há humor que chegue para lhe disfarçar o que quer que seja.

        Pode o humor livrar Vosselência suína do cheiro? Duvida-se!


  5. “o governo estava vinculado à sua [de António Costa] permanência. ”

    Tenho uma dúvida que considero legítima.

    Este argumento, entre aspas acima, gostaria de saber como iria funcionar na hipótese de 8 meses depois das eleições António Costa, salvo seja, tivesse sofrido um xlop, ou caísse num buraco e de lá não saído, ou se lhe caísse um raio em cima, e ficasse muito mal a ponto de não poder exercer funções. Iríamos logo a correr para eleições?

    É que não está escrito em parte alguma da constituição que a demissão do 1º ministro ou do governo implica a imediata dissolução da AR.

    Em relação ao “normal funcionamento das instituições” teria de ser mais concreto. Não sei como por artes mágicas uma nova AR e uma nomeação de um novo governo irá provocar por magia um “normal funcionamento das instituições”.
    O apelo à consequência Sócrates do governo de Santana parece ser um argumento ad terrorem.

    Como já escreveram, isto cheira mais a uma tentativa indirecta de fazer o regime mais “presidencialista”.

    A maioria absoluta eleita democraticamente é garantia de estabilidade governativa para 4 anos. Os votos ontem apresentados no conselho de Estado revelam isso mesmo, não é uma decisão nada, mesmo nada, pacífica.


    • Tendo em conta a experiência anterior, e a palhaçada britânica, antes a instabilidade, sff.
      A estabilidade governativa do governo unipessoal mais à esquerda de sempre também não inspira outros sonhos, lamento.

  6. Pimba! says:

    Então o Marcelo garantiu, na tomada de posse do terceiro governo Costa, que o governo estava vinculado à sua permanência… e ninguém disse nada?

    Ainda para mais quando o PS conseguira (infelizmente) uma maioria absoluta? Mas está tudo parvo? Entäo o Martelo näo era uma constitucionalista ou lá o que era?

    Nas legislativas näo se elegem PMs, elegem-se deputados. Esse alvitre martelista deveria ter logo soado os alarmes sobre o anormal funcionamento das instituições.

    Bem, teremos o que o Martelo desejava, as celebrações dos 50 anos de Abril com um governo com ministros fascistas do Xega…

  7. Garrote says:

    “MP atribui a Galamba favorecimento da Start Campus com portaria que afinal nada tinha que ver com o centro de dados
    Procuradores do Ministério Público detetaram comunicações que mostram o envolvimento da Start Campus num projeto de portaria para que os cabos de fibra do centro de dados pudessem passar pelos terrenos onde estão os gasodutos da REN. O MP diz tratar-se da Portaria 248/2022, mas o documento nada tem a ver com a concessão de gás da REN”
    In Expresso

    • Tuga says:

      “MP atribui a Galamba favorecimento da Start Campus com portaria que afinal nada tinha que ver com o centro de dados”

      E uma cachopada.
      Ou então estavam pressionados pelos aflitos com falta de poder.

      Será que ja chegou á Europa o modo da direita fazer politica., para retomar o poder que perdem em eleições livres. Há uns anos era só na America Latina( Peru p. ex) que os bata pretas substituiam as botas cardadas nos golpes de Estado

      Ainda me vou fartar de rir quando chegarem a conclusão que têm um saco de provas cheio de nada

      Mas os bandidos liberocas ja estão a afiar a facas

  8. Nortenho says:

    Paulo Portas

    “A responsabilidade do fracasso desta maioria absoluta é do primeiro-ministro, não dos magistrados”

    Sim porque de magistrados, sei muito bem, do que estou a falar

    https://tvi.iol.pt/noticias/videos/a-responsabilidade-do-fracasso-desta-maioria-absoluta-e-do-primeiro-ministro-nao-dos-magistrados/655143960cf25f99538ad829


  9. Vai-se a ver, é um processo à base de más vibes e pouco mais.
    Minto, e um saneamento que não se fez em Abril.

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